CAPÍTULO 8

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A princípio, a Maiara pensou que tivesse sido apenas outro sonho erótico. Mas, ao acordar na manhã seguinte nua em sua cama, com dores por todo o corpo e exausta, soube que Marilia Mendonça havia estado ali, definitivamente, em carne e osso. E, Deus, que carne maravilhosa. Havia perdido a conta de quantas vezes ela a levara ao clímax. Se somasse cada orgasmo que tivera nos últimos dois anos, provavelmente não chegaria nem perto do que havia experimentado com ela na noite passada.

Ainda assim, desejava apenas mais um ao abrir as pálpebras e perceber, decepcionada, que Marilia não havia ficado. Sua cama estava vazia, a casa, silenciosa. Com certeza, ela havia ido embora durante a noite.

Cansada como estava, Maiara poderia ter dormido o dia todo, mas tinha combinado de almoçar com o Bruno e as garotas; assim, saiu de casa para o centro da cidade, vinte minutos após o meio-dia. Quando adentrou o restaurante em Chinatown, notou que cabeças se viravam em sua direção: olhar delas apreciativas de um grupo de publicitários no balcão de sushi e meia dúzia de jovens executivos bem vestidos que a observaram passar por eles e seguir até a mesa de seus amigos, próxima ao fundo do restaurante.

Sentia-se sexy e confiante em seu suéter vermelho-escuro com gola em V e uma saia preta, e não se importava que estivesse claro para todos no local que ela tinha acabado de sair da transa mais incrível de sua vida.

– Finalmente, ela nos honra com sua presença! – Exclamou Bruno quando a Maiara chegou até a mesa e cumprimentou os amigos com breves abraços.

Maraisa lhe deu um beijo na bochecha.

– Você está ótima.

Bruno concordou.

– É verdade, querida. Adorei o traje. É novo? – Sem esperar pela resposta, voltou a sentar-se à mesa, devorando um bolinho frito de uma vez. – Estava morrendo de fome, então pedimos uns aperitivos. De qualquer forma, onde estava? Eu já estava a ponto de mandar os policiais para lhe procurar.

– Desculpa. Dormi um pouco a mais hoje – respondeu-lhe Maiara com um sorriso e sentou-se ao lado de Bruno no banco de vinil estampado.

– A Bruna não vem?

– Desaparecida em combate outra vez. – Maraisa sorveu outro gole de chá e deu de ombros. – Não que isso importe. Só fala de seu novo namorado ultimamente… Sabe, aquele homem que encontrou no La Notte no fim de semana?

– James – replicou Maiara, coibindo a pontada de desconforto que surgiu com a menção daquela noite horrível.

– Sim, ele. Ela conseguiu até trocar o turno noturno no hospital pelo diurno, para poder passar todas as noites com ele. É claro que ele deve viajar muito a trabalho ou algo assim e normalmente está fora de alcance durante o dia. Não consigo acreditar que Bruna deixe que qualquer um lhe mande na vida desse jeito. Fernando e eu estamos namorando há três meses, mas eu ainda tenho tempo para meus amigos.

Maiara ergueu as sobrancelhas. Dos quatro, Bruna era a mais livre de espírito e não guardava isso para si. Preferia manter um rol de paqueras e tinha intenções de permanecer solteira pelo menos até os trinta anos.

– Acredita que está apaixonada?

– Luxúria, docinho. – Bruno apanhou o último bolinho com o hashi. – Leva você a fazer loucuras ainda piores que o amor, às vezes. Acredite em mim, já passei por isso.

Enquanto mastigava, seus olhos se encontraram com os de Maiara por um demorado instante e logo se detiveram em seu cabelo meio despenteado e nas bochechas que se ruborizaram de repente. Maiara tentou sorrir casualmente, no entanto não conseguiu evitar que seu segredo a traísse no brilho de felicidade em seus olhos. Bruno recostou o hashi no prato. Inclinou a cabeça para ela, e uma mecha de seu cabelo castanho balançou ao lado do rosto.

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⏰ Última atualização: Aug 13 ⏰

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O Beijo Da Meia Noite (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora