𝘌𝘭𝘦𝘴 𝘯𝘢𝘰 𝘦𝘳𝘢𝘮 "𝘢𝘮𝘪𝘨𝘰𝘴"?

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VI

Estava deitado em minha cama, o rosto enfiado no travesseiro, sentindo meu rosto completamente vermelho enquanto tentava processar os eventos do dia

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Estava deitado em minha cama, o rosto enfiado no travesseiro, sentindo meu rosto completamente vermelho enquanto tentava processar os eventos do dia. "O que foi aquilo?!" me perguntei pela milésima vez.

Desde que havia conhecido Patroclo, algo dentro de mim parecia ter sido ativado. Não era apenas o nome que compartilhávamos com os heróis da mitologia grega; era uma sensação profunda, quase familiar, que eu não conseguia explicar.

Respirei fundo, tentando acalmar meu coração acelerado. As interações com Patroclo tinham sido desafiadoras, para dizer o mínimo. Ele era fechado, ríspido, e mantinha uma distância emocional que parecia impossível de atravessar. E, no entanto, havia momentos, breves mas marcantes, em que eu conseguia vislumbrar algo além dessa fachada.

Revirei-me na cama, tentando achar uma posição confortável, mas meus pensamentos continuavam a girar em torno dele. A memória de seu sorriso, raro e breve, voltou à minha mente. Aquele momento no pátio, quando finalmente consegui arrancar um sorriso genuíno de Patroclo, havia sido como uma pequena vitória.

— Talvez possamos ser bons amigos, pensei, lembrando-me da sensação de realização que senti quando ele finalmente riu.

Mas então, havia Dandara. Seu comportamento estranho e os olhares de desdém que lançava para nós me deixavam desconfortável. Por que ela parecia tão incomodada com nossa proximidade? Havia algo mais que eu não estava entendendo?

Decidi que precisava de uma distração. Peguei meu telefone e enviei uma mensagem para Dani, perguntando se ela queria conversar. Ela respondeu quase imediatamente, sugerindo que nos encontrássemos na praça perto de nossas casas.

Saí de casa, informando minha mãe rapidamente sobre onde estava indo. A noite estava fresca, e o ar ajudou a clarear um pouco minha mente. Quando cheguei à praça, Dani já estava lá, sentada em um dos bancos.

— Ei, Aquiles,ela disse, sorrindo. —Parece que você teve um dia agitado.

Assenti, sentando-me ao lado dela. — Você não faz ideia.

Ela riu, mas então seu rosto ficou sério. — Quer me contar o que está acontecendo? Você parece meio perdido ultimamente.

Suspirei, olhando para o céu estrelado por um momento antes de voltar a encará-la. — É sobre Patroclo. Desde que nos conhecemos, sinto que há algo... diferente entre nós. E não sei como explicar isso.

Dani arqueou uma sobrancelha, claramente interessada. — Diferente como?

— Não sei, admiti. —É como se houvesse uma conexão, algo que não consigo entender. E, ao mesmo tempo, ele é tão fechado, tão difícil de alcançar.

Ela ficou em silêncio por um momento, pensando. — Talvez você só precise de mais tempo para conhecê-lo. As pessoas têm suas próprias razões para serem reservadas.

𝒜𝑙𝑚𝑎𝑠 𝑔𝑒̂𝑚𝑒𝑎𝑠 「❀」 . .⃗ ༉Onde histórias criam vida. Descubra agora