𝘈𝘲𝘶𝘦𝘭𝘦 𝘴𝘰𝘳𝘳𝘪𝘴𝘰

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III

Passei o resto da aula sentado ao lado de Dani

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Passei o resto da aula sentado ao lado de Dani.
Ela era uma garota legal, percebi que gosta de falar. Gosta muito mesmo de falar. Mas apesar disso... é uma boa companhia, ela tem algumas amigas mas não me lembro do nome delas. Me lembro vagamente de uma em especial por sua aparência e acessórios exóticos.

Ela tem uma pele morena e as bochechas pouco rosadas. Usava uma presilha de flores para segurar um lado da franja cacheada, seu cabelo longo e castanho como uma nós até a cintura. Parecia tímida e mal humorada. Mas tinha um belo par de brincos do sol e da lua.

— Aquiles! — agora eu percebo que Danielly me chamava a um tempo
— caramba anda pensando no que?
A professora vai começar.

A professora de literatura entrou na sala de aula com uma aura de autoridade, seus passos firmes ecoando pelo ambiente enquanto ela se dirigia ao quadro negro. Confesso que ela me parece autoritária. Ela começou sua aula com entusiasmo, mergulhando na fascinante história da mitologia grega. Era realmente empolgante!

Enquanto ela falava sobre os deuses e heróis lendários, o interesse dos alunos aumentava, seus olhares fixos na figura imponente da professora. Eu ouvia atentamente, cada palavra ecoando em minha mente enquanto eu tentava absorver o máximo de informação possível.

Então veio o momento que mudaria tudo. A professora mencionou os nomes Aquiles e Patroclo, descrevendo sua "amizade" lendária e o papel crucial que desempenharam na guerra de Troia. Meu coração deu um salto quando ouvi meus próprios nome sendo pronunciados em meio às histórias antigas. Essas aspas que ela mencionou fez com que todos olhassem para mim e patroclo, que obviamente estava ocupado de mais em seus desenhos ou oque quer que seja.

Fiquei vermelho quase que instantaneamente.
Um arrepio percorreu minha espinha, e olhei para ele, surpreso com a coincidência. Nossos olhos se encontraram por um breve momento, uma troca silenciosa de compreensão sobre a estranha história entre nós. Não demorou muito para ele desviar os olhos e passar a olhar para a mesa.

Me vire para Dani, que estava sentada ao meu lado, e cochichei baixinho. —Você ouviu isso? A professora acabou de mencionar os nomes Aquiles e Patroclo. Que estranho, não é?

Dani arqueou uma sobrancelha, claramente intrigada com a descoberta. — Sim, é muito estranho.— conheço esse sorriso malicioso —Será que isso significa alguma coisa?
Disse ela com aquele maldito sorriso.

Eu encolhi os ombros, incapaz de encontrar uma explicação. — Não sei, mas parece uma coincidência grande demais para ser apenas isso.

Enquanto a aula prosseguia, minha mente continuava a girar em torno do significado por trás dessa coincidência. Uma sensação de inquietação se apoderou de mim, deixando-me ansioso para desvendar os mistérios que pareciam se desenrolar diante de nós.

 Uma sensação de inquietação se apoderou de mim, deixando-me ansioso para desvendar os mistérios que pareciam se desenrolar diante de nós

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No recreio, decidi falar com Patroclo. Sua expressão fechada e distante me intrigava, e eu precisava entender por que ele parecia tão determinado a manter distância de mim.

— Patroclo, posso conversar com você? perguntei, sentando-me ao seu lado, uma mistura de nervosismo e determinação se instalou em meu peito.

Ele olhou para mim, seus olhos revelando uma mistura de surpresa e cautela. — O que você quer?— sua voz era calma, mas eu pude detectar um leve traço de desconfiança.

— Eu só queria saber... por que você não parece gostar de mim, expliquei, buscando uma resposta honesta.
— Só tentei te ajudar naquele dia e..

— Pois não deveria!— fui grossa mente respondido — estou a anos aqui e sei me cuidar.
— Eu só achei que precisava de ajuda, também não precisa me tratar dessa forma. Patroclo pareceu hesitar por um momento, seus lábios pressionados em uma linha fina.
—Talvez seja melhor assim,ele murmurou, sua resposta enigmática deixando-me ainda mais confuso.

Decidido a quebrar a barreira entre nós, eu me esforcei para arrancar pelo menos um sorriso sincero de Patroclo. Passei o dia contando piadas ridículas, fiz caretas engraçadas e até mesmo tentei ser um pouco bobo, tudo na esperança de que ele baixasse a guarda e se permitisse um momento de descontração.

No início, Patroclo resistiu, sua expressão permanecendo inabalável. Mas aos poucos, vi um leve tremor em seus lábios, uma indicação de que minha perseverança estava dando frutos.

Quando finalmente consegui arrancar um sorriso genuíno dele, senti um calor de realização inundar meu peito.

Seu sorriso começou como uma leve curva nos cantos dos lábios, quase imperceptível, mas gradualmente se alargou até iluminar todo o seu rosto. Transformando-se em uma linda gargalhada.

Seus olhos, que antes pareciam carregar o peso do mundo, agora brilhavam com uma luz renovada, refletindo a alegria que ele relutantemente permitiu-se sentir. Foi como se um véu tivesse sido levantado, revelando uma parte de Patroclo que Aquiles nunca tinha visto antes - uma parte gentil, vulnerável e genuína.

Aquiles sentiu seu próprio coração se encher de calor e gratidão ao testemunhar essa transformação. Era como se, por um breve momento, todas as barreiras entre eles desaparecessem.

Era um pequeno passo, mas para mim, significava muito. — Veja só, você sorriu!— eu exclamei, incapaz de conter minha própria alegria. — Talvez possamos ser bons amigos, Patroclo.

Enquanto patroclo segurava a risada ele diz — É.. só talvez.

𝒜𝑙𝑚𝑎𝑠 𝑔𝑒̂𝑚𝑒𝑎𝑠 「❀」 . .⃗ ༉Onde histórias criam vida. Descubra agora