𝘈𝘮𝘰𝘳 𝘥𝘦 𝘮𝘢𝘦

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VII

Aquiles estava em casa, afundado em seus pensamentos enquanto a música alta reverberava pela biblioteca, tentando abafar o som das discussões incessantes de seus pais

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Aquiles estava em casa, afundado em seus pensamentos enquanto a música alta reverberava pela biblioteca, tentando abafar o som das discussões incessantes de seus pais. Ele aumentou o volume dos fones de ouvido, procurando desesperadamente uma maneira de se desconectar do caos que o cercava.

As notas da música se misturavam aos seus pensamentos, criando uma cacofonia que, de alguma forma, trazia uma sensação de alívio. Aquiles fechou os olhos, deixando-se levar pelo ritmo, enquanto imagens de Patroclo surgiam em sua mente.

Desde a visita de Patroclo, Aquiles não conseguia parar de pensar nele. Havia algo na presença dele que era ao mesmo tempo perturbador e reconfortante. O olhar de Patroclo, a maneira como ele falava, tudo parecia gravado em sua memória.

Deitado no chão da biblioteca, Aquiles olhou para o teto, tentando entender o que estava sentindo. A confusão de emoções era intensa. Ele sentia uma conexão profunda com Patroclo, algo que não conseguia explicar. Era como se uma força invisível os atraísse, apesar das barreiras emocionais que Patroclo colocava entre eles.

Aquiles suspirou, lembrando-se do momento em que havia segurado Patroclo contra a parede, tentando protegê-lo da fúria de seus pais. A expressão surpresa nos olhos de Patroclo, seguida pela compreensão silenciosa, havia mexido com ele. Aquilo não era apenas medo; havia algo mais, algo que Aquiles ainda estava tentando decifrar.

De repente, a porta da biblioteca se abriu, e sua mãe entrou, a expressão de cansaço e frustração evidente em seu rosto. Aquiles tirou os fones de ouvido rapidamente, tentando parecer indiferente.

— Aquiles, podemos conversar? — perguntou ela, a voz mais suave do que o habitual.

Ele assentiu, sentando-se na cadeira próxima. — Claro, mãe. O que foi?

Ela se aproximou, sentando-se ao seu lado. — Eu sei que as coisas têm sido difíceis ultimamente. Seu pai e eu... estamos passando por um momento complicado.

Aquiles mordeu o lábio, evitando olhar diretamente para ela. — Eu sei, mãe. Eu vejo isso todos os dias.

Ela suspirou, colocando uma mão carinhosa no ombro dele. — Eu sinto muito, filho. Não queremos que você sofra por causa das nossas brigas. Estamos tentando resolver as coisas, mas é complicado.

Aquiles olhou para ela, sentindo um nó na garganta. — Eu só quero que tudo volte ao normal. Quero paz em casa.

Enquanto ela assentia, Aquiles notou uma marca roxa em seu punho. — Mãe, o que é isso no seu braço? — perguntou, apontando para a marca.

Ela rapidamente cobriu o punho com a outra mão, desviando o olhar. — Não é nada, apenas me machuquei, — disse ela, tentando soar casual.

— Isso não parece um simples machucado, — insistiu Aquiles, preocupado.

𝒜𝑙𝑚𝑎𝑠 𝑔𝑒̂𝑚𝑒𝑎𝑠 「❀」 . .⃗ ༉Onde histórias criam vida. Descubra agora