Capítulo 8

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Harry teve que admitir, até mesmo na privacidade de sua própria mente, que estava impressionado consigo mesmo. A quantidade e variedade de vezes que Harry montou Draco, e vice-versa, eram impressionantes. Depois de despir Draco no chão do corredor, Harry o preparou sobre o braço do sofá.

Draco o cavalgou depois, com a mão sobre o pescoço de Harry como uma ameaça, destinada a impedir que Harry interferisse enquanto Draco o enlouquecia com o movimento dos quadris. Harry chegou ofegante, e Draco o seguiu, recusando-se a deixar Harry escapar até que Harry tivesse acariciado seu membro até a super sensibilidade.

Eventualmente, eles chegaram à cama, com a cabeça de Harry no peito de Draco. Draco continuou desenhando símbolos estranhos na pele de Harry, letras que Harry não conseguia decifrar em sua mente. Talvez runas antigas.

"A última vez que me senti assim", disse Draco no silêncio escuro do quarto de Harry, "eu pensei que iríamos nos casar."

Harry não tinha certeza de qual pergunta era segura de fazer, então não perguntou nada. Ele beijou o esterno de Draco.

"Há uma teoria de que as pessoas costumavam se unir permanentemente se mordessem seu parceiro durante um ciclo sincronizado", continuou Draco, em voz baixa.

"Uma marca de mordida ainda permanece", disse Draco.

"Isso não é real", argumentou Harry, mas ele sabia quais grupos perpetuavam essas ideias. Grupos sinônimos de elitismo puro-sangue, na maioria das vezes; a antiga turma de Voldemort se sobrepunha a alguns deles muito bem. "Nós não somos realmente construídos assim. Seria apenas o ômega que seria marcado. Como uma marca, para que pudessem ser devolvidos se tentassem–"

"Eu sei disso agora", interrompeu Draco. Sua respiração ficou mais rápida, e Harry passou a mão pelo lado de Draco para acalmar e sentir como as costelas de Draco se expandiam e contraíam rapidamente. "Eu achava romântico na época. Eu não sabia que era um ômega. Me disseram que eu seria um alfa desde criança. Ninguém me preparou para o que eu precisaria fazer se entrasse no cio."

"Isso é–" Harry suspirou, forçando-se a relaxar. "Não havia como alguém saber disso."

"Nossa família não tinha um ômega masculino há quase um século", continuou Draco, displicentemente, como se sua existência fosse inconsequente. "As chances eram boas."

"Você sabe que não é assim que funciona", murmurou Harry, e Draco assentiu, enterrando o rosto nos cabelos de Harry. "Você deveria ter sido avisado."

"Eu não fui, mas não foi tão ruim assim." Draco suspirou, relaxado e satisfeito mais uma vez. Harry foi inundado com a maré crescente da próxima crise, mas ele a transformou em uma centelha de esperança. "Eu ganhei Scorpius com isso, afinal. Não no primeiro cio, é claro, mas ele pensou que me morder significava que estávamos apaixonados."

A quem, Harry não pôde perguntar.

Draco riu, sua respiração fazendo cócegas no ouvido de Harry. "Está te matando não perguntar."

"Mas estou me saindo muito bem", respondeu Harry na pele sensível do pescoço de Draco. Draco era macio ao toque em qualquer lugar que Harry tivesse o privilégio de explorar até agora. "Não estou?"

"Você está pedindo outra recompensa?" Draco provocou.

Harry considerou, passando a perna sobre Draco e descansando nos cotovelos. Ele roçou seus lábios juntos. "Depois, talvez."

"Depois?" Draco perguntou, mas Harry o beijou do jeito que aprendeu que Draco gostava: a provocação da língua e a ameaça dos dentes até Draco ceder a qualquer um, dependendo de sua preferência que parecia mudar a cada hora. "Ah."

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