Capítulo 5

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Começa como um dia normal. Harry está na academia do centro de treinamento, esparramado nos tatames depois de uma sessão de combate. Ele sempre se considerou em muito boa forma - jogando quadribol e, bem, travando uma maldita guerra - mas às vezes as sessões de condicionamento que Dawlish os faz fazer com que Harry reconsidere suas escolhas de vida.

Gawain Robards enfia a cabeça pela porta aberta.

— Ei, John. Eu preciso de Potter. — Ele olha para a prancheta que está segurando. — E vou levar Jacobson, Weasley e Ying também.

Dawlish assente, gesticulando com o braço.

— Vocês ouviram, rapazes. Mexam-se.

Harry passa a mão pelo cabelo suado e se levanta, seguindo Robards para fora da sala.

A vigilância detectou um aumento de rumores em Wapping - uma área que Harry sabe que Dolohov e MacNair usaram explosivos durante a guerra. Mas os dois estão mortos e não há nada que indique que alguém tenha continuado sua operação. Ainda assim, é uma boa pista, então eles ouvem o relatório de informações e aparatam para as coordenadas fornecidas por Robards.

Harry percebe que algo está errado uma fração de segundo tarde demais. Ele lança um escudo de amplo espectro, mas a maldição já havia sido ativada. Ela se choca contra ele - com força - e tudo fica preto.

.

Harry pode ouvir a agitação no corredor.

— Senhor! Senhor! Esta é uma ala restrita. Você não pode ir para lá, senhor!

— Solte-me neste momento. Estamos vinculados.

Ouve-se o som de passos apressados ​​com outro grupo logo atrás. E então Snape aparece na porta, cabelos desgrenhados, olhos escuros e selvagens. Ele parece ter corrido para cá.

Harry sorriria, se não fosse pela preocupação no rosto de Snape. Ou o fato de que sorrir doeria demais.

— Você está bem? — Snape pergunta, depois de examinar Harry, confirmado com seus próprios olhos.

— Sim — Harry diz, impressionado com... algo que ele não consegue nomear. — Quer dizer, já estive melhor, mas estou bem. Eu ficarei bem.

Snape ainda parece chocado. Parece que ele quer dar um passo à frente, estender a mão e tocar Harry, mas não tem certeza se deveria.

— Senhor, por favor. — A enfermeira está atrás de Snape. Ela está angustiada, praticamente torcendo as mãos. — Eu tentei impedi-lo. Ele não é... ele não deveria estar...

— Não — Harry diz rapidamente. — Está tudo bem. Eu preciso dele aqui. — Ele olha para Snape. — Afinal, estamos vinculados.

Snape apenas levanta o queixo, recusando-se a parecer envergonhado.

— Bem, então vou chamar o médico.

— Vinculados? — Harry diz novamente, uma vez que ela vai embora. Mas há diversão em sua voz e Snape dá de ombros.

— Perto o suficiente. Além disso, foi você quem conseguiu entrar numa ala restrita. O que você fez? — O tom de Snape é leve, mas forçado, e Harry sente uma onda de preocupação.

— Maldição explosiva — diz ele, lutando para se sentar mais ereto. Ele faz uma careta com a pontada de dor em seu peito. Snape dá um passo à frente, a mão indo para o ombro de Harry enquanto o ajuda a ajustar o travesseiro atrás dele. — Obrigado. — Harry fecha os olhos e respira fundo.

— Diga-me o que aconteceu.

— Tinha uma pista, mas o lugar estava fraudado. Consegui montar um escudo a tempo, mas éramos muitos para cobrir, tive que pegar parte da força.

A Modest Proposal | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora