Capítulo 8

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Harry tropeça, saindo do Flu. Snape segura sua mão, firmando-o.

— Como você consegue ficar em uma vassoura. — O tom de Snape é afetuoso. Ele passa a mão pela camisa, ajeitando as mangas, antes de tirar o pó do suéter de Harry.

Harry sorri.

— Bem, você sabe o que dizem sobre vassouras...

Snape levanta uma sobrancelha.

— Não, acho que não.

— Eu te conto mais tarde. — Harry inclina a cabeça para beijar o queixo de Snape, deliciando-se em como a pele pálida de Snape fica rosada com a implicação na voz de Harry.

— Severus, querido, é você?

Uma mulher emerge do corredor que leva de volta à parte principal do apartamento. Ela faz uma pausa quando vê Harry.

— Oh — ela diz, seu rosto se iluminando, — eu não sabia que você estava trazendo um amigo.

Eileen Snape está vestida com simplicidade, mas o vestido azul está na moda e fala de bom gosto. Seu cabelo, tão preto quanto o de Snape, está puxado do rosto e preso em um coque elegante.

— Olá, mãe — Snape diz, dando um passo à frente para beijá-la nas duas bochechas. — Este é Harry Potter, meu... noivo.

— Ah — diz Eileen novamente. Então ela ri, um toque de descrença colorindo o som. — Bem, isso certamente exige celebração. — Ela puxa Snape para um abraço. Quando ela dá um passo para trás novamente, Harry pode ver a felicidade em seu rosto. — Você não pensou em me contar? — Ela levanta uma sobrancelha em um gesto verdadeiramente parecido com o de Snape.

— Estamos contando a você, mãe. Estamos contando a você agora. E vamos levar você para jantar.

Eileen sorri.

Eles caminham algumas ruas até um café e sentam-se em uma mesa de frente para a rua estreita.

Snape pede uma garrafa de vinho em francês fluente, e o garçom retorna com três taças e um balde de gelo. A rua é animada. Os compradores andam por aí, com os braços carregados de pacotes. A música jorra de um dos bares no caminho.

Snape puxa sua cadeira para perto de Harry e pousa a mão na coxa de Harry enquanto eles examinam o cardápio. Harry não consegue ler, mas Snape traduz para ele e depois faz o pedido quando o garçom retorna.

Comem bruscheta com tomate seco e queijo de cabra, macarrão com mexilhão e salada com alcachofra e lascas de parmesão ralado.

Snape pede uma segunda garrafa de vinho, e eles conversam sobre seus planos para o início do período escolar, as poções que ele se recusa a preparar e as lagartas que infestaram o jardim de ervas de Eileen.

— E você, Harry — Eileen diz assim que o garçom tira os pratos e Snape pede café para a mesa. — Os jornais disseram que você será um Auror, depois de suas realizações na guerra.

Harry aprecia o tato dela.

— Eu tinha planejado isso. Mas decidi apenas esta semana retirar-me do programa. Estou cansado de lutar. — Ele olha para Snape, e Snape acena com a cabeça, estendendo um braço sobre as costas da cadeira de Harry. — Eu gosto de teoria defensiva, então, quando nos casarmos, acho que continuarei meu domínio.

— Um plano adorável — diz Eileen, esvaziando o vinho. Snape serve outro copo para ela. Ela olha para eles por um longo momento. — Se ao menos seu pai pudesse ver isso. Ele ficaria satisfeito, eu acho.

Snape franze a testa.

— Ele não aprovaria.

Eileen acena com a mão.

A Modest Proposal | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora