Cap 2 - Ano 1 | O expresso De Hogwarts

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Sirius bufou de leve enquanto sua mãe insistia em ajeitar o seu cabelo para que ele não caísse sobre sua testa, Elladora estava ao seu lado, quase que brigando com a saia do próprio vestido.

—Não faça amizade com sangues-ruins e se comporte.— Walburga mandou, seu típico tom irreversível como sempre.

—Sim, mãe.

—E vá com suas primas no trem, não me desaponte.

—Sim, mãe.

Walburga voltou a falar, mas Sirius parou de olhá-la, o Black suspirou olhando ao redor, a plataforma 9¾ estava cheia de crianças animadas para embarcar no expresso de Hogwarts e ir para a escola pela primeira vez e de alunos mais velhos empolgados para voltar, cheia também de pais claramente eram mais apegados a sua prole do que Walburga.

Sirius observou, ao longe, as outras crianças interagindo com suas famílias, se perguntando como se despedir dos pais devia estar sendo para as crianças que de fato sentiriam saudade.

Um garoto de óculos com o cabelo espetado em todas as direção possíveis estava acompanhado dos pais que, ao contrário dos pais de Sirius, não se incomodavam em tentar arrumar o cabelo rebelde do filho, ao invés disso o pai assanhara ainda mais seus cabelos e a mãe não parava de de o abraçar, ambos sorrindo e conversando com o filho no que parecia ser outra língua.

Uma garota ruiva chorava abraçando os pais enquanto outra garota, que deveria ser sua irmã, a olhava com uma cara azeda, torcendo o nariz, e recusava as tentativas da ruiva de abraçá-la.

Um menino com cara de enjoado se juntou a garota ruiva, então ela finalmente desistiu de abraçar a irmã para falar com ele.

Um menino gordinho estava consolando o irmão caçula choroso que, ao contrário da irmã da ruiva que nem quis abraçar, não queria soltá-lo por nada, embora o menino olhasse para os lados como se procurando alguém, não parecendo muito envolvido no abraço.

Um menino bonito corava enquanto seu pai lhe passava barras de chocolate como se fossem algo ilícito, sem que sua mãe visse, então até avançou para abraçar o pai ao se despedir mas acabou não fazendo e abraçando apenas a mãe.

—Você ouviu a sua mãe, Sirius?— Orion perguntou, e Sirius voltou a olhar para o próprio núcleo, não tinha ouvido uma palavra do monólogo de Walburga.

—Ouvi.— Mentiu. —Vou me comportar.

Embora não pretendesse realmente se comportar, Sirius prometeu que iria, sabia que seus pais iriam esperar o pior de qualquer jeito, começou com a sua pequena rebeldia logo que embarcou no trem, quando avistou suas primas e foi na direção oposta, se enfiando em uma cabine vazia qualquer, Eu não vi Bella e Cisa ele repetiu para si mesmo mentalmente enquanto sentava.

Soltou o ar que nem sabia que estava segurando enquanto brincava com o anel de prata em sua mão esquerda, fazia isso quando estava nervoso, e estava muito nervoso e, sobretudo, ansioso por ir para Hogwarts, por estar longe dos Black, embora seu coração doesse um pouco em pensar a quantidade de tempo que sua irmã ficaria sozinha.

Sirius sentiu os olhos arderem, mas balançou a cabeça, não ia fazer isso, não ia chorar, não mesmo.

A porta da cabine abriu em um baque que fez Sirius dar um salto, o estouro que sucedeu a porta abrindo, no entanto, fez Sirius rir, o garoto que tinha acabo de entrar havia caído e batido com a cara no chão.

Sirius teve que segurar a barriga de tanto rir enquanto o menino se levantava com uma feição irritada, segurando o próprio nariz.

—Cala a boca.— O menino murmurou, envergonhado, enquanto tomava o assento a frente de Sirius. —Doeu.

Marotos: The Golden YearsOnde histórias criam vida. Descubra agora