Filha de uma família rica, Ana Cornell foi criada como uma princesa. Quando se vê, repentinamente, em meio a uma disputa pela herança de sua família que pode acabar com todos os seus sonhos de se tornar uma confeiteira de sucesso, ela se volta à últ...
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Antes que o moço pudesse virar o conteúdo da bebida todo na boca de uma vez, eu fiz outra coisa imatura que reprovei em pensamentos, é claro. A verdade é que se eu soubesse que o desabafo dele iria me envolver tanto assim, teria ignorado sua história desde o começo. É tarde demais agora?
― Me dá! ― tomei a bebida em seu lugar. ― Ah! Nossa desceu ardendo...
Ele ficou me olhando assustado e eu me reprovei outra vez em pensamentos.
― Fiquei comovida com a sua história e por isso achei que não deveria te deixar beber sozinho...
― A senhorita não deveria ter feito isso.
― Eu não sou mais uma criança, e o senhor não precisa se responsabilizar, ok?
― Senhor? Eu estou tão acabado assim para a senhorita em chamar toda vez de "senhor"? ― ele sorriu, e outra vez me lembrei de alguém que conhecia. ― Pela primeira vez acho que estou me desabafando com a pessoa certa.
― Não me diga que o senhor faz isso constantemente? ― sorrio não me lembra da palavra 'senhor' dita por mim. ― É tipo escolher alguém aleatório no balcão do clube para conversar?
― É quase isso. ― ele levantou a mão e o garçom se aproximou imaginando o que seria. ― Na maioria das vezes são os meus funcionários. Acho que eles já estão aborrecidos com a mesma história...
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