Capítulo oito

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Frost

— Mais café? — A mãe de Cookie, Rose pergunta, e eu aceno.

— Da, por favor.

O pai dela, Winter, está do outro lado da mesa, comendo algumas das guloseimas que eu trouxe para eles esta manhã.

— Acho que os de canela são os meus favoritos — ele
decide, mas depois dá outra mordida no de bordo.

— Da próxima vez, teremos que dirigir até o outro lado da cidade.— Me inclino para perto como se estivéssemos compartilhando um segredo.— Ouvi dizer que eles têm um cheesecake de mirtilo.

— Não me provoque, filho — ele ri, mas quando me
chama de filho, algo em meu peito aperta.

Sou próximo da família de Cookie por causa de Miller e Pumpkin. Sou especialmente próximo do pai dela, Winter,por causa do nosso compartilhado amor por donuts.

Ele tem uma queda por doces quase tão grande quanto a minha, mas a diversão está em explorar lugares que se especializaram neles.

Se Cookie não estivesse, eu ainda gostaria de passar um tempo com sua família. O fato de eles serem seus
pais é um bônus adicional. Minha única preocupação é que eles percebam que não sou bom o suficiente para ela e não os culpo. Eu também me preocupo em não ser bom o suficiente para ela.

Eu a ouço descendo as escadas e meu coração aquece.Só de estar em sua casa cercado por aqueles que a amam me faz sentir melhor. Mas vê-la é como respirar ar fresco depois de passar o dia inteiro em uma mina de carvão.

Seu cabelo bagunçado está empilhado no topo de sua
cabeça, e ela está em um roupão velho e surrado. Eu sorrio enquanto me sento à mesa e espero que ela me veja.

— Bom dia — ela boceja enquanto caminha até a
cafeteira.— Eu tenho os piores gases.

Eu sufoco uma gargalhada quando ela se vira e me
encara com uma expressão de horror em seu rosto.

— Bom dia — eu digo, e seu rosto se ilumina quando ela faz uma carranca para seus pais.

— Ninguém podia ter me avisado? — Ela joga as mãos para cima e eu me aproximo para dar um abraço nela.

Ela enterra o rosto no meu peito enquanto seus pais
caem na gargalhada.

— Eu gostaria que o chão se abrisse e me engolisse —
ela murmura contra meu peito.

— Nyet.— Eu balanço minha cabeça quando ela
finalmente olha para mim.— Então você não estaria aqui para eu provocar.

— Você nunca me deixará esquecer isso, né?

Eu sorrio, não respondendo enquanto me inclino e beijo sua testa. Por um momento, ela se enrijece ao olhar para os pais, mas, nesse momento, eles fingem estar preocupados em provar as roscas de donut.

— Por que você está aqui? — Ela se inclina para trás
como se percebesse que estou em sua casa.

— Eu queria passar o dia com você. Sua mãe diz que
você está livre — eu digo com naturalidade.

— Oh, eu estou? — Ela olha ao meu redor. Mas uma vez Rose a está ignorando, cantarolando baixinho para si mesma enquanto limpa o balcão.

— Estou um pouco ocupada.— Ela encolhe os ombros e tenta se afastar.

— Vista-se ou vou levá-la assim.— Eu me inclino para perto e coloco meus lábios em seu ouvido.
— O que eu não me importaria.

Ela fecha o robe e finge bufar, mas posso vê-la lutando contra um sorriso. Eu a deixo ir, e ela sobe as escadas e entra em seu quarto.

Seu biscoito de Natal ( 2 livro da série Abóbora e biscoito )Onde histórias criam vida. Descubra agora