Just another day

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oioioi ... boa leitura...

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Depois de fazer sua higiene matinal o mais rápido que pode, S/n agora se movimentava rapidamente ao redor do quarto procurando uma roupa adequada para enfrentar o frio que estava na cidade de New York. Vestiu uma calça jeans preta simples, uma blusa manga longa amarela e um de seus velhos casacos por cima. Pegou seus óculos quadrados de grau, assim como os que o pai usava, e calçou um tênis qualquer. Jogou pelo ombro a bolsa transversal que usava desde o primeiro ano do ensino médio, bolsa essa que guardava um dos seus mais preciosos pertences, sua câmera fotográfica Canon EOS 6D.

Já com seus dezessete anos, S/n estava mais que na metade do quarto e último ano do ensino médio, para finalmente sair da escola e tentar a sorte no curso de engenharia genética na sua tão sonhada Universidade Columbia, a qual ela pretendia pagar usando sua outra grande paixão, fotografia. Sua história ao longo desses anos não é lá muito agradável de ouvir. A garota sofreu e sofre muito bullying, e só algum ser superior para saber o motivo real de tanta crueldade. Quase todos os dias, os garotos ditos mais populares do colégio, faziam questão de jogar alguma raspadinha ou suco em seus olhos, ou levá-la para o banheiro e colocar sua cabeça em algum vaso sanitário e apelidá-la de vários adjetivos pejorativos.

S/n imaginava que isso era motivado por ela ser uma das pessoas mais inteligentes do colégio. Tem quem diga que ela é a pessoa mais inteligente que aquela escola já viu, e isso causa inveja. Também por ser uma órfã criada pelos tios, órfãos nunca são bem vistos. Ou até mesmo por não ser tão bonita como a maioria das garotas, segundo algum padrão idiota imposto. Era franzina e tímida.

(corpo antes)

Todavia, de longe essas eram boas causas para a tortura, mas na cabeça dos brutamontes acéfalos que a agrediam todo dia era uma boa causa

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Todavia, de longe essas eram boas causas para a tortura, mas na cabeça dos brutamontes acéfalos que a agrediam todo dia era uma boa causa.

Porém, ela não ligava tanto para como iria parecer aos olhos de pessoas que não lhe importavam, porque se fosse parar para se importar, com certeza estaria com a vida e os sonhos de futuro estagnados no tempo e frustrados por pessoas que não estariam lá.

Havia apenas uma exceção entre todas as pessoas que ela dizia não se importar, Camila Cabello. Como toda história triste, essa é apenas mais uma de uma garota que se apaixona por outra, mas não tem seu amor correspondido.

Camila namorava e S/n era obrigada a ver as interações entre o "casal perfeito" do colégio, tendo sempre seu coração cortado mais um pouco a cada dia que passava desses três anos e meio que sentia isso pela loira. Ter uma vida social nada agradável na escola se agravava com essa paixão platônica, que ela sempre tentava de alguma forma tirar do peito, mas é como se a cada tentativa, o sentimento criasse raízes mais profundas em seu peito.

S/n correu para o andar de baixo e logo sentiu o cheiro delicioso de bacons embriagando seus sentidos, quase soltou um palavrão por não poder comê-los naquele momento. Entrou na cozinha e viu a tia fritando vários pedaços na frigideira.

-- Querida, você acordou tarde, fiz bacons para o café, sente aí e coma. – Disse May logo que a viu.

-- Não tenho tempo tia, já estou atrasada, só vim lhe dar um beijo e sair antes que perca o ônibus de novo.

-- Nada disso, saco vazio não para em pé, pega pelo menos uma fruta para comer no caminho.

-- Sim senhora. – Bateu continência de forma cômica, fazendo a tia soltar um pequeno sorriso -- Onde está tio Ben? – Perguntou pegando uma maça na geladeira.

-- Saiu cedo para comprar algumas coisas no supermercado, ele vai tentar consertar o vazamento de água no porão. Sabe como é seu tio, não consegue ficar parado por muito tempo. – Murmurou.

-- Velho teimoso. Tenho que ir, tia. – Deu um leve beijo na bochecha da tia e mordeu metade da maça em sua mão.

-- Se cuida pequena... E se correr assim novamente nas escadas, vai levar UMAS PALMADAS NESSA BUNDA. – Gritou a última frase para a sobrinha que saia pela porta da cozinha e corria pelas escadas que dava acesso ao quintal e a rua de trás.

No exato momento em que S/n chegou à rua principal, o ônibus já estava passando, o que fez com que ela corresse o mais rápido que pode para alcançar o automóvel. Alcançou com dificuldade e começou a bater na lataria do ônibus escolar, implorando para que parassem, mas só conseguia ver algumas pessoas nada legais rindo da sua situação constrangedora.

Camila, que estava dentro do ônibus, logo viu o que estava acontecendo. Levantou rapidamente e foi até o motorista, ordenando para que o homem parasse o carro para a garota do lado de fora. Fazendo com que o senhor fizesse cara feia e a contra gosto encostasse o ônibus na esquina. Antes disso a latina já tinha voltado a sentar ao lado do namorado.

S/n subiu pedindo desculpas ao motorista pelo atraso, ele apenas a ignorou ligando o veículo novamente e indo rumo à escola. A garota encarou o corredor e começou a andar, mas várias pessoas colocavam seus livros nos lugares vagos em que ela quase sentava. Até que viu Camila. Sua atenção se voltou totalmente para a latina, que lhe deu um pequeno sorriso, deixando S/n sem chão, literalmente sem chão. Mas por um motivo diferente, porque um dos garotos, que tinha um moicano que mais parecia um gambá morto em cima da cabeça, colocou o pé no caminho e a garota levou seu segundo tombo do dia, só que dessa vez tinha a trilha sonora ensaiada da risada de seus colegas.

-- Seja menos babaca, seu idiota. – Camila praguejou para o garoto que estava um banco a sua frente, ele apenas perdeu um pouco do sorriso, já que Camila era umas das que estavam no "topo" da ridícula hierarquia da escola, e ele não poderia confrontá-la. Não disse mais nada e apenas voltou sua atenção para a conversa com a garota que estava ao seu lado.

Ninguém entendia direito esse lado da latina, ela não tinha que se preocupar com os "perdedores" do colégio, principalmente com a Miller. Seu namorado era o quarterback do time de futebol americano, e que por falar nisso, a olhava com reprovação agora. Nem ele conseguia entender esse lado despreocupado dela. A quem queremos enganar, Brady Finch não tinha muita percepção para muitas das coisas ao seu redor com seu QI bem abaixo da média, apenas para o futebol tinha alguma coordenação.

No começo do ensino médio ele era um grande amigo de S/n, todavia conseguiu uma vaga no time da escola. Para não perder todos os privilégios de um jogador, resolveu se afastar completamente da garota, e como se não bastasse, começou a namorar a garota que ela ama.

Já Camila não tinha medo de demonstrar seu coração bondoso. Coração esse que sempre batia mais forte ao ver certa garota desengonçada. Ela já tinha feito sua imagem e agora tinha respeito na escola, não precisava se preocupar. Além do que a vida não se limita ao ensino médio e suas regras de convivência sem base na vida real.

S/n já estava sentada sozinha no banco de trás do ônibus, mas ninguém tiraria seu sorriso tão facilmente. Hoje era dia de um passeio escolar com objetivo científico pelo departamento de genética de Columbia. Além de Camila ter lhe direcionado um sorriso minutos atrás. Já eram motivos de sobra para ficar alegre.

Spider-Woman (Adaptação Camila/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora