Love an art

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Gente, muito obrigada por todos os comentários e curtidas. Vocês são incríveis! Espero que gostem desse capítulo, ele é um pouco extenso, mas necessário para um momento de transição. Não falta muito para o fim.

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Há 11 anos atrás...

Joel Miller sempre foi um homem extremamente inteligente. Era destaque em tudo que se propunha a fazer. E o projeto com aracnídeos foi o mais ousado dentre todos.

Ele trabalhava para a empresa Oscorp, e diretamente com o dono, Norman Osborn. Mas além de inteligente, Joel também era uma pessoa boa. Ele percebeu a tempo, que seu projeto de misturar DNA aracne com o humano e fazer com que doenças fossem curadas, seria usado como arma mortal nas mãos da empresa. Assim como foi com Santos Dumont, que inventou o avião como um meio tecnológico para o conforto humano e velocidade em transporte. Mas sua invenção foi usada na guerra e matou milhares de pessoas inocentes.

O cientista tinha se negado a vender seu projeto e usá-lo como arma química a todo e qualquer país que fosse considerado ameaça. Sabia que agora era só questão de tempo para virem atrás dele e de sua família, limparem qualquer vestígio Miller e se apoderarem do projeto.

Mas ele foi mais rápido! Entrou escondido no prédio da Oscorp, foi para a própria sala e apagou toda a pesquisa dos computadores da empresa. Também matou com veneno todas as aranhas modificadas que estavam ao seu alcance. Sabia que tinham levado algumas aranhas, mas não se preocupava com isso. Ninguém jamais poderia usar o DNA modificado delas, era mais uma carta na manga de Joel.

Saiu da empresa e foi direto para casa. No caminho alugou um jatinho por telefone e dali em diante sua vida jamais seria a mesma. Olhou pela janela do carro e percebeu a chuva forte que começava a cair.

Ao chegar em casa, foi recebido por uma abraço carinhoso de sua pequena S/n. Sua tão amada filha que tinha apenas sete anos. Pegou a pequena no colo e a abraçou forte, sentindo o cheiro dos cabelos ondulados, enquanto os bracinhos curtos apertavam em volta de seu pescoço. Ele amava tanto aquela criança. Ela não poderia passar por uma vida que ele e Tess começariam a viver. Seria difícil, mas necessário.

-- Papai, vamos brincar de esconde-esconde? – Disse balançando as perninhas para sair dos braços do pai. Foi colocada no chão e olhou com olhos suplicantes para o homem, que tinha um leve sorriso de lado.

-- Claro que sim, meu amor. – Agachou-se na frente da filha a encarou por alguns segundos, aqueles olhos azuis... Nunca conseguiria dizer um não para S/n. Arrumou a franja da filha e deu um beijo em sua testa. – Não esqueça que amo você, tudo bem? Agora conte até 100 ali no canto da escada, enquanto vou me esconder.

-- Tudo bem papai, mas se esconda logo! – Correu para o canto da escada e colocou as mãos nos olhinhos para não ver nada. – 1... 2... 3... 6... Errei, vou começar de novo. 1... 2... 3... 4...

Joel levantou e sorriu para a filha naquela posição. Ficou sério novamente e lembrou que tinha que se apressar. Ele correu até o porão, sentou em frente ao notebook e começou a gravar um vídeo. Pouco tempo se passou até Joel ouvir a filha o chamar no andar de cima...

-- ... As pessoas dirão que sou um monstro, por causa do que fiz. E talvez tenham razão. Eu sempre achei que teria mais tempo. – O chamado de S/n pode ser ouvido de maneira mais forte. Joel olhou para o lado e decidiu terminar logo o vídeo. – Me perdoa! – Desligou a gravação e fechou o notebook.

Correu para o andar de cima e encontrou S/n em seu escritório, que mais cedo tinha sido completamente revirado por agentes da Oscorp. Ele passou pela filha assustada e pegou alguns documentos na gaveta da mesa. Colocou tudo na pasta e segurou junto com o notebook.

Spider-Woman (Adaptação Camila/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora