•Doce Sofrimento Obsessivo •

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Narrador: on

A luz do nascer do sol que irradiava a janela atrás da densa cortina foi o suficiente para fazer Douma abrir os olhos lentamente, seus olhos multicolor sendo iluminados pela fraca luz que entrava. A cortina balançava levemente pelo vento do ar condicionado e então ele leva seu braço tonificado atrás de sua cabeça coçando levemente seu couro cabeludo. Seus olhos então se movem para o lado notando uma figura de cabelos pretos e mechas azuladas com a cabeça descansada no segundo travesseiro que tinha em sua cama. A pequena figura era de fato menor que Douma e seu pequeno corpo estava coberto pela grossa coberta que o esquentavam no clima fresco do quarto. Um sorriso logo se forma no rosto do galego e então ele se vira totalmente com a visão de seus peitos volumosos exposto e o cobertor cobrindo o resto de seu corpo. Ele levanta a cabeça e então descansa a lateral de seu rosto na palma de sua mão que estava sobre o travesseiro que havia dormido, com sua outra mão ele passa os seus dedos grossos e rígidos sobre algumas mechas de cabelo da figura que compartilhava a cama sentindo o cheiro de seu shampoo. Ele leva algumas mechas até seus lábios deixando um pequeno beijo antes dele olhar a figura que não havia se movido nenhum momento.

—Bom dia meu amor, dormiu bem?

—Por que...?—uma voz feminina e fraca disse fazendo os olhos de Douma tirarem o brilho brincalhão e substituindo por confusão.

—Meu amor? Não se sente bem?

—Por que Douma...?

—Minha querida, eu não estou entendendo... Por que o que?—disse ele movendo sua mão agora com um toque suave para virar a figura.

—Por que me matou quando eu estava GrÁvIdA dE sEu FiLhO!!??—a figura se virou assim que Douma a puxou levemente revelando a cena de uma mulher ensanguentada com os olhos arregalados, sua mandíbula torta e seu corpo fraco e desnutrido. Assim que a cena horrorizante se revalava um bebê ainda conectado ao cordão umbilical da mulher subiu pela cama e começou a chorar enquanto se aproximava de Douma. As palavras daquela mulher logo se repetiam como um loop sem fim, ela e o bebê tentavam avançar em Douma que estava horrizado e traumatizado com a cena. Ele se levanta rapidamente da cama e dá vários passos de distância até mãos o agarrem por trás e o prenderem. A mulher se aproxima e então passa as mãos ensanguentadas sobre o rosto de Douma que estava tendo e trêmulo.

—Você disse que me amava... DiSsE qUe IrIa Me AmAr PaRa SeMpRe... SEMPRE, SEMPRE E SEMPRE.—disse a mulher repentindo a mesma frase enquanto o bebê apenas chorava descontroladamente e as mãos avançam por todo o corpo de Douma.

N-Não... NÃO! NÃO!!—ele diz enquanto gritava com toda a força que podia ter.

O mesmo rapidamente deu um pulo da cama ofegante e horrorizado pela cena, ele olha para o lado de sua cama notando não ter nada e ninguém. Ele coloca ambas as mãos na cabeça enquanto olhava para a janela notando ser ainda de madrugada. Seu corpo tremia de medo e suava frio pelo choque da cena, a mulher... O bebê... As mãos, tudo.

—Foi só um sonho... Apenas um sonho... Um sonho muito perturbador... Só um... Pesadelo.—ele diz ofegante enquanto seus cabelos loiros platinados caiam sobre seu rosto e ombros bem largados e definidos. Ele se levanta da cama revelando estar apenas de cueca box preta que realçava o suas nádegas e o volume. Ele logo pegou seu típico roupão de pele de ganso e passou ao redor de seu corpo o amarrando na sua cintura levemente. Calçando suas pantufas ele começa a descer as grandes e luxuosas escadas da sua mansão com o objetivo de ir a cozinha. Chegando na cozinha ele pega um copo de vidro com suas mãos trêmulas e coloca a água gelada a mexendo um pouco antes de finalmente levá-la aos lábios e engolir lentamente tentando se acalmar com tudo que acontecia. Não... Água não iria ajudar, ele rapidamente derrama o restante da água na pia e então abre a grande porta do armário dando acesso a vários tipos de álcool, ele pega o que acredita ser o mais forte e coloca no copo rapidamente o ingerindo. Não achando efeito ele coloca mais e mais para esquecer do que ele havia sonhado, no último gole de sua bebida então ele suspira se sentindo mais leve mas ainda angustiado por dentro. Ele coloca o copo na pia e então guarda o álcool no mesmo local, seus olhos então vão até o seu celular que estava sobre a mesa. Movendo uma mão para pegá-lo ele então abre sua galeria e o vídeo, ele havia esquecido de mostrar ao moreno, a sensação de prazer voltando e então ele se toca o que tinha feito com o menor.

—Eu perdi o controle, de novo...—ele murmura suspirando e aborrecimento e arrependimento enquanto desligava o celular e batia com um pingo cerrado na mesa. Nesse ponto o efeito do álcool já estava começando a fazer efeito. Ele se arrasta para o seu quarto novamente e se joga na grande cama que o deixava mais solitário do que ele se sentia. Ele então lembra as expressões, o mesmo implorando para ele parar e o jeito que ele gemia e apertava seu membro. Tudo isso o fez ficar duro como uma rocha, mas dentro de si algo o corroía fortemente. Era uma mistura de culpa com medo e outra coisa que ele não conseguia desifrar, ele poderia ter impedido uma cena com Rengoku naquela hora mas só de pensar no mesmo ele já sente uma raiva aumentar dentro de si.

—Rengoku... Kyojuro Rengoku...—ele resmunga com os dentes cerrados de raiva enquanto seus punhos se agarravam as cobertas de uma forma agressiva. Ele então olha para o teto movendo seu braço atrás da sua cabeça e com seu punho fechado ele bate na sua cama soltando um rosnado.—Se não fosse você... Ela ainda estaria viva!—ela diz em meio a raiva mas logo sua raiva parece se dissipar enquanto seu punho se abria e seu corpo parecia retirar um pouco da raiva que sentia.—Não... foi eu que a abandonei, eu a deixei vulnerável... A culpa é minha, eu sou um péssimo amante e pai...—ele diz retirando o braço atrás de sua cabeça e então o move sobre seus olhos enquanto começava a soluçar e as lágrimas lentamente começaram a descer pelo seu rosto perfeito, que agora parecia um rosto de alguém quebrado mentalmente...

Narrador: off
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Desculpem pela demora, o bloqueio criativo me pegou de jeito ;)

(Só não do jeito que eu gosto...)

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