•Doce Sofrimento Obsessivo•

198 14 11
                                    

ATENÇÃO!!

ESSE CAPÍTULO POSSUI SPOILERS DA 4° TEMPORADA DO ANIME EM SI.
SE NÃO GOSTA, PEÇO EDUCADAMENTE QUE SE RETIRE.
___________________________________________

Narrador: on

Passos ecoavam pelo silêncio da noite, apenas fortes rajadas foram sentidas contra o ser que elegantemente pisava no solo com seus sapatos. A brisa mexia seus cabelos os colocando para trás e suas vestes parecendo que tentava tirá-las. O mesmo permaneceu estóico enquanto andava como se fosse o dono de tudo, ou era isso que ele pensava que fosse. Um relógio de pulso no braço direito que indicava a hora exata, sapatos pretos do couro mais caro e importado, sem contar com o cheiro que deixava no ar. A sua presença exalava um ar intimidante que fazia todo o climar pesar. Assim que se dirigiu a porta foi recebido por uma das empregadas que quando o viu pareceu congelar no lugar. As palavras saiam gaguejadas quase como se não quisessem se formar adequadamente. Com muito esforço se repôs e então rapidamente o levou para dentro mantendo respeito enquanto não se dirigia a olhar diretamente no seu rosto.

—Onde está Kagaya?—pergunga o homem elegante com uma voz grossa e afiada.

—E-Está no quarto... I-irei acompanhá-lo.—gagueja a empregada.

—Não, obrigado.—afirma o mesmo enquanto rapidamente começava a andar com passos elegantes e sofisticados deixando a empregada em choque e perplexa.

Enquanto andava pelos arredores notou o lugar familiar a sua volta. O lugar que sentia nojo e desprezo. Voltando ao seu foco que era o seu destino ele não pode deixar de notar os quadros recentes da família e do cotidiano. Ele para assim que vê um quadro grande onde estava Kagaya sentado a uma cadeira, sua esposa atrás com ambas as mãos sobre seus ombros e seus cinco filhos todos reunidos em volta com uma expressão suave e feliz. Isso o enfureceu. Uma música lhe chamou atenção, uma música suave e calma, uma música familiar. A música vinha de um quarto, um quarto próximo com a porta entreaberta, dentro do quarto lá estava duas garotinhas que cantavam em sintonia enquanto parecia montar uma bandeja de bandagens. Aquela música... Ele apenas ignorou e então voltou a caminhada lenta. Seus passos ecoavam pela casa que estava em silêncio e então podia ver o único quarto com a luz acessa, era ali que ele estava? Conforme andava até o quarto notou que a porta estava aberta com uma pequena brecha e murmúrios baixos. Ela estende a mão e agarra a maçaneta da porta enquanto finalmente a arrastava e entrava se deparando com a cena de Kagaya deitado em sua cama e Amane ao seu lado segurando suavemente sua mão.

—Então você veio mesmo.—disse Kagaya fracamente enquanto sua cabeça ia em direção ao som. Devido a doença sua visão foi lentamente sendo danificada resultando em cegueira completa. Muzan apenas olha o seu estado mas algo dentro dele parece se agitar ao ver o estado de seu irmão mas ele rapidamente ignorou. Seus olhos vai até Amane que mantinha os olhos focados em Kagaya enquanto movia a sua outra mão para retirar alguns dos fios de cabelos do rosto do mesmo.

—Achei que eu tinha especificado que eu pretendia falar apenas com o meu irmão.—fala Muzan enquanto cerrava os seus olhos, o desrespeito notório em seus olhos. Amane ao ouvir as palavras ela olha para Muzan por um breve momento antes de assentir com a cabeça.

—Amane permanecerá aqui enquanto eu estiver conversando com você. Caso algo aconteça ela estará aqui para me socorrer.—diz Ubuyashiki enquanto sorria e então fracamente dava um leve aperto na mão de Amane o que a faz permanecer calada mas mesmo assim amada.

—Acho justo. Vejo que não confia em mim pelo visto.

—Não é questão de confiança eu diria, e sim de cuidados médicos.—responde Kagaya ainda com o mesmo sorriso fraco e genuíno.

—Eu não irei intervir em nenhum assunto que esivere conversando, é como se eu não estivesse aqui.—afirma a mesma enquanto desviava o olhar de Muzan e olhava para o seu marido que continuava sorrindo.

—Que seja. Eu vim aqui para tentar relatar algo na conversa.—afirma Muzan enquanto cruzava os braços sob o peito.

—E o que seria?

—Sua doença. Eu estudei sobre ela e posso afirmar que é um assunto um pouco delicado mas ainda tem cura.—afirma Muzan enquanto começava a andar pelo quarto.—A cura quase ninguém sabe, mas com um dos melhores cientistas eu posso obter para você.

—É uma oferta interessante. Como eu te conheço, sei que vai querer um acordo em troca. Qual seria?—a pergunta de Kagaya faz um pequeno sorriso se formar no rosto de Muzan enquanto ele pensava. Ela coloca ambos os braços atrás do seu corpo e se vira indo até a cama de Kagaya.

—Irei querer apenas uma coisa... Tudo que envolva Takahyto Minakōmi.—as palavras de Muzan saem como uma ameaça afiada que faz Amane rapidamente arregalar os olhos discretamente. Amane abaixa a cabeça enquanto ambas as mãos da mesma seguravam a de Kagaya, Kagaya apenas lhe lança um olhar reconfortante e olha para Muzan com o mesmo sorriso. Antes que alguma palavra fosse dita o som de batidas da porta interrompe a tensão do local. Muzan levanta uma das sombrancelhas curioso da interrupção e ao olhar para a porta nota ser duas meninas iguais.

—Trouxemos o seu chá, papai.—diz uma com um sorriso meigo e inocente enquanto a outra trazia uma pequena mesa.

—"Papai?"—se pergunta Muzan enquanto olhava a cena. De fato elas se pareciam muito com Kagaya mas também com... Amane. Aquela mulher estava o matando de raiva.

—Oh, obrigado.—fala suavemente Kagaya enquanto Amane pegava uma xícara e despejava o chá.

—"Essa mulher... Ela está o enganando, eu tenho certeza. Ela não pode ter alguma relação com Takahyto Minakōmi, mas se não tivesse... Por que tal expressão assim que mencionei o seu nome?"

—Venha irmão, faz um tempo que não ficamos juntos assim, não é? Pegue uma xícara e relaxe, o que conversávamos pode esperar.—afirma o mesmo que estava sobre a cama agora sentado e sendo ajudado a beber sua xícara. Uma das meninas pegava a xícara bem enfeitada de porcelana com o chá e com um sorriso inocente lhe entregava.

—Aqui tio.—fala a mesma enquanto finalmente Muzan cedia e pegava a xícara com o conteúdo dentro. Ele era realmente tio agora... Tio de 2 garotinhas. Talvez então seu irmão tenha conseguido o que queria, mas isso não o deixava feliz. Foi idiotice da parte de seu irmão se render a tentação do amor, Muzan pensava. Ele suspira e então aproxima a xícara próximo prestes a beber mas algo chama a sua atenção. Algo dentro do chá parecia... piscar? Aquilo só era ilusão ou... Não, aquilo era uma bomba. Com os olhos arregalados rapidamente Muzan larga a xícara no chão o que faz o suficiente para a bomba ser acionada.

—SEUS FILHOS DA PUTA!

A última coisa que ele pensou assim que o grande estrago começasse.
___________________________________________

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jul 19 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

•Doce Sofrimento Obsessivo• [BL/Doukaza🔞]Onde histórias criam vida. Descubra agora