Hellena era uma jovem comum, família humilde, a famosa menina do subúrbio carioca, que precisa trabalhar para vencer, muitas decepções amorosas e problemas familiares.
Gabriel é um jogador de time grande, venceu através do futebol e hoje vive entr...
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Meu nome é Hellena, Hellena Baldini, eu tenho meus vinte e poucos anos, moro no subúrbio do rio de Janeiro, tenho uma família um tanto que problemática, o que resultou em uma jovem bem problemática.
Talvez vocês estejam esperando um romance, uma história de amor, mas levando em consideração a vida que eu tenho, bem difícil viu?
Eu tive pouquíssimo contato com o afeto, o amor, não sei demonstrar carinho, nem tão pouco expressar emoções que não sejam raiva e medo. Tive relacionamentos péssimos, me envolvi tanto tempo com um idiota que no fundo acho que qualquer outro homem é igual a ele. Sabe aqueles cara do sorriso bonito, da piadinha na ponta da língua, é, aqueles de beleza mediana, que te contam uma piada e quando você percebe esta pelada na cama dele? Esse ai mesmo.
Ja tem uns anos que me livrei, mas ainda me assombra saber que eu realmente me deixei viver com alguém que não demonstrava nenhum tipo de responsabilidade afetiva. Jovens, vai entender.
Enfim, eu perdi tanto tampo achando que a vida era festa, balada, amores rasos, noites vazias, que hoje eu prefiro o conforto da minha casa e um vinho barato, aqueles que vendem em supermercados.
Eu gosto de deitar na minha cama, com esse vinho de quinta em uma taça linda, assistir a mesma série pela milésima vez, é claro que eu tenho a vida amorosa fudida, eu poderia simplesmente amar Stefan e torcer para ele ficar com Elena, mas não, Damon tem meu coração, até mesmo meu pescoço se ele quiser.
Hoje é sexta à noite, estou na janela do meu quarto, em um AP que fica localizado em umas das comunidades mais perigosas do Rio de Janeiro, Jacarezinho, pensando e se uma bala perdida me atingir agora ? Estou aqui olhando as pessoas beberem, curtirem seu início de final de semana, jogarem papo fora, tem uns coroas jogando baralho, vou adicionar isso na minha lista mental, aprender a jogar baralho, deve ser legal, eles jogam todos os dias.
Da minha janela eu vejo uma pizzaria, salão de uma trancista, dois bares, do meu quarto escuto a minha mãe, que ja bebeu quase um fardo inteiro de cerveja, cantarolar de forma errada uma musica do Zeca pagodinho;
Quero presentear A minha linda donzela Não é prata nem é ouro É uma coisa bem singela.
Eu moro com a minha mãe e a gente não se dá nada bem, ela fala muito e eu sou totalmente calada, ela ama casa cheia, ou odeio visita, ela fala alto, eu amo silêncio, ela é muito pegajosa e amorosa, eu odeio demonstração de afeto. Ela queria que eu fosse igual a ela, que entra-se para faculdade de psicologia, ela não fez mas era seu sonho e queria que fosse o meu, eu fui la e me inscrevi para Direito, queria que gostasse mais de conversar e desabafar com ela, não aceita que temos personalidades diferente, nem que eu tenha opinião própria. O meu pai é totalmente diferente, so que ele mora com meu irmão, acho que fiquei com a parte mais difícil, já que a minha mãe é do tipo que está sempre certa e todos os outros estão errados.
Uma vez ela me disse que gostaria que meu irmão mais velho tivesse vivo e eu tivesse ido no lugar dele, pesado né ? Mas eu superei.
Eu sei que devem estar se perguntando, o que eu estou fazendo no mesmo teto? Toda vez que eu penso em ir embora, algo acontece, ja é a segunda vez que ela para em hospital e é internada, a primeira não precisou operar, a mais recente operação as pressas, no final ela so tem a pessoa que mais põe para baixo, eu.
Não é por falta de dinheiro, eu tenho um emprego, conseguiria me manter, mas eu não consigo largar ela, mesmo ela me fazendo mal.
- Hellena, me ajuda a achar aquela música da Marilia Mendonça. - Olho para a porta do quarto que agora está aberta, com a mulher com cara de cansada escorando nela. Sério, só Jesus, é horrível ser a pessoa sóbria e ter que aturar gente bêbada.
Mas é assim que finalizo minha sexta feira, depois de trabalhar, ter que aturar aula de um professor que ainda não sei se amo ou odeio, mas que me diverte com suas aulas, eu volto pra casa, triste, sabendo que nada de bom vai acontecer. So mais um dia normal.
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Eu realmente estou nervosa e aflita em postar essa fic, mas espero que gostem, tem sido especial escrevê-la
