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Sábado, pleno sábado eu tive que acordar cedo e ir buscar meu carro, que larguei no maracanã, tenho que buscar, porque amanhã tem jogo do fluminense, Biel deu carona para mim e para o Fabinho

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Sábado, pleno sábado eu tive que acordar cedo e ir buscar meu carro, que larguei no maracanã, tenho que buscar, porque amanhã tem jogo do fluminense, Biel deu carona para mim e para o Fabinho.

Estava chegando próximo a estação de São Cristóvão, quando uma doida apareceu bem no meio da rua, tentei frear, mas não deu tempo, puta que pariu, qual o problema dessa garota? Eu com a vida toda fudida, agora vou responder por homicídio, so me faltava essa.

Sai do carro, enquanto Fabinho ligava para ambulância eu estava ali parado olhando a menina, ela é uma preta, com a pele tão linda que brilha contra o sol, um brilho diferente, tem cabelo cacheados, o olho parece um tanto que puxados, a boca bem desenhada, é bonita, bem bonita para uma suicida.

Deus eu só quero que essa menina esteja viva, por favor.

Porra, mexeu

- Ei você está bem? Fabinho acho que está acordando, está viva.

Fabinho chamou a ambulância, vou acompanhar essa doida até o hospital que fica aqui perto, espero que isso não saia em nenhum site de fofoca, não to podendo mais nada negativo na minha imagem, mas também não quero que essa doida ache que eu a atropelei e larguei de qualquer forma, sem nem dá um apoio, já pensou ela da entrevista para o Leo dias ? Quero não.

Por sorte o Quinta Do'r fica logo aqui do lado, assim que a ambulância chegou, pedi para que levassem ela para la e os acompanhei, não foi assim que eu imaginei meu sábado não.

A medica pediu alguns exames, consegui entrar no quarto depois de preencher a ficha da menina com a identidade que estava na capa do celular dela, Hellena.

—Oi, você está bem? — Os olhos que estavam vidrados na janela do quarto agora me encaram, preto, bem preto, bonito e assustado. - Eu peguei sua identidade e fiz sua ficha, aqui ó.

—Eu não posso ficar aqui, não tenho dinheiro pra pagar por isso, meu celular, ele está com você?

— Fica tranquila, eu vou pagar o hospital e, bom, seu celular, foi com Deus, onde você estava com a cabeça de atravessar aquela rua se existe uma passarela? Você poderia ter morrido, sabia? E eu estaria respondendo pelo seu suicídio.— O olhar assustado deu lugar para um olhar com medo, um pedido de desculpa talvez, fiquei até mal agora.

— Você quer avisar a alguém que está aqui? Tem alguém que possa vir te buscar? — A minha parte eu ja fiz, só preciso ir embora, ta bem, ta viva, tudo certo

— Na verdade, eu só preciso avisara a Anna, ela deve estar surtando com meu sumiço, e para ir embora eu do meu jeito, obrigada.

Só concordei e entreguei o celular na mão dela, ela tem um brilho no olhar, só que ao mesmo tempo parece tudo tão vazio.

A medica chegou liberando Hellena, peguei meu celular de volta e pude ver a mensagem para tal Anna, pelo meu instagram.

Anna, é Hellena, eu fui atropelada, mas estou bem. Acho que estou sem celular, o Gabigol me trouxe para o hospital, já fiz os exames e estamos aguardando a medica me liberar, como sei que vai me perturbar, só estou com um pouco de dor de cabeça e dor nas pernas, mas nada demais. Não fala para ninguém que esse perfil te mandou mensagem, quando eu ganhar alta pegarei um ônibus para casa e assim que chegar arrumo um jeito de te mandar mensagem, tchau.

Algumas coisas me chamaram atenção, ela me conhece, mas não fez nenhum tipo de alvoroço, pediu para amiga não falar que "Eu" mandei a mensagem, e ela vai embora de ônibus, pelo jeito vou ter que deixar a suicida em casa, o menina para da trabalho .

O Lado bomOnde histórias criam vida. Descubra agora