Oie, não esqueçam de votar comentar e de me seguir no wattpad. Boa leitura!
Narrado por Jungkook.
— Dito isso, você não deveria estar transando com o seu professor — Hoseok me disse no final do seu sermão. Eu comecei a rir, pois ele era muito hipócrita.
— Olha só quem fala? Você deu até pro seu dentista, porra — rebati o meu amigo e então ele sorriu. — E eu nem vou relembrar o que rolou com o técnico que apareceu para instalar a sua internet.
— Eu sou bom em dar conselhos, não em segui-los... E você já viu o meu dentista? Qualquer um teria dado pra ele — Hoseok se justificou. E então continuou passando aquilo no meu rosto, senti os seus dedos macios em minha pálpebra. — Tô quase terminando.... — Meu amigo riu e então completou: — Meu Deus, ficou tão lindo... Eu tenho certeza de que você vai odiar.
Porra. Hoseok adorava maquiagem e sempre que marcávamos de ir para abalada juntos, ele me sequestrava para me usar de cobaia. Geralmente costumava ser algo bem básico e natural, ele só passava uma sombra colorida e então jogava um glitter desgraçado que ficava eternamente na minha pele. Assim que ele terminou, fui até o banheiro para me observar no espelho. Estava com um leve sombreamento azul e ele havia passado um pouco de blush nas minhas bochechas, pois estavam mais coradas que o normal. Sentia-me como um palhaço de circo. Detestei. Era colorido demais e não combinava muito comigo.
— Você está melhorando — disse ao retornar para a sala. — Mais uns três anos e acho que você finalmente consegue competir com a sua sobrinha do primário que usa aquela maletinha da Barbie.
Falando em Barbie, eu estava parecendo a porra do Ken.
— Qual o sentido de ser gostoso assim e não ter um brilho no corpo, hein? — ele rebateu enquanto revirava os olhos. — Se eu tivesse um tanquinho como o seu, ia jogar glitter em tudo pra ser a coisa mais brilhante daquela balada.
— Como se você já não fosse. ― Peguei as minhas coisas e então fui até o sofá, onde o Peludinho estava sentado, brincando com o cachorrinho de Hoseok. Abaixei-me para acariciar o pelo sedoso dele, que me orgulhava muito de escovar toda semana enquanto assistia televisão. — Vê se não faz muita bagunça, amigão — disse ao passar a minha mão na cabeça dele. Inclinei-me mais um pouquinho e o trouxe para perto do meu rosto. Como ele havia tomado banho no começo da semana, ainda estava muito cheiroso, todo perfumado. — Papai promete que volta daqui algumas horas.
Não me sentia tão mal em deixá-lo porque no apartamento de Hoseok, ele tinha outro cachorrinho de companhia. Os dois se davam muito bem, então sempre que um de nós precisava dar uma saída mais prolongada, deixávamos na casa do outro. E como morávamos no mesmo bloco, também era bastante fácil. Acariciei-o mais um pouquinho e então me levantei, pois não queria chegar atrasado e deixar Jimin me esperando na entrada do local em que combinamos de nos encontrar.
— Não faz nenhuma piadinha envolvendo o fato de ele ser o meu professor — afirmei, pois não queria que Jimin se sentisse deslocado ou que achasse que estava fazendo algo de errado. — E se você ousar a falar alguma coisa sobre a idade dele, eu acabo com você.
Seria a primeira vez dele numa balada gay e eu queria muito que fosse um momento especial, que Jimin se sentisse acolhido pelo meu amigo e que parasse de pensar que estava velho para esse tipo de coisa.
— Eu nunca vi você assim.
— Assim como? — questionei na defensiva, quando saímos do apartamento dele, indo na direção do elevador.
— Se importando com um cara aleatório que você está comendo — respondeu e eu não podia argumentar muito. Antes de conhecer Jimin, estava sempre marcando encontros aleatórios, relacionando-me constantemente com pessoas que eu sabia que não ficariam na minha vida por mais de uma noite. Então marcamos aquele nosso fatídico encontro e, quando estávamos prestes a transar, recebi uma mensagem da minha mãe me dizendo que a minha irmãzinha havia falecido. Contei a Jimin e ele respondeu com aquela frase bizarra e insensível. Esse mal-entendido fez com que eu abandonasse o aplicativo e que buscasse por interações que não se resumiam a um perfil que mais parecia com um menu de carne.
Não deixei de transar, mas passou a existir uma interação maior antes do ato se consumar, sentia que conhecia melhor as pessoas que levava para a minha cama. Seja pelas minhas redes sociais ou então através da academia que eu frequentava.
— Ele não é um cara aleatório... — rebati depois de um momento em silêncio. — Eu sei que isso é clichê e que você vai me achar emocionado demais, mas as vezes é como se nos conhecêssemos há muito tempo... Temos
uma conexão estranha que eu não sei explicar. E não notei isso apenas com o nosso sexo maravilhoso, com os nossos corpos se encaixando perfeitamente, como se fossem feitos sob medida. Ou pelas conversas que duraram uma madrugada toda, com algumas reflexões que passaram semanas em minha mente. Eu notava no silêncio. Em momentos que estávamos juntos e nenhuma palavra precisava ser dita, em que apenas a nossa companhia bastava.
Quando conversávamos por olhares, como se estivéssemos lendo a mente um do outro. Em que sorrisos e expressões sintetizavam absolutamente tudo o que estávamos sentindo, algo que monólogo algum seria capaz de transmitir. Eu sempre fui um homem muito extrovertido. Quando se tratava de interações com a maior parte das pessoas, encarava o silêncio como sendo algo constrangedor, uma coisa que precisava ser evitada a todo custo.
Então, sentia que estava sempre falando ou fazendo alguma piada, como se a minha obrigação fosse distrair aquela pessoa do fato de que ela não me conhecia tão bem assim. Contudo, com quem eu possuía muita intimidade, o silêncio se tornava algo libertador e quando alguma coisa deixava a minha boca, era realmente importante.
Com jimin, isso foi algo muito natural. Estávamos sempre nos provocando, mas tinham momentos em que apenas nos observávamos em silêncio. Apenas dois homens extremamente diferentes, mas que, por algum motivo, pareciam se completar de alguma forma.
— Eu acredito — ele respondeu com um sorriso. — Até porque foi parecido com o que rolou com a gente, não é? Tirando o fato de que eu jamais transaria com você.
Isso sempre foi algo muito engraçado, pois tínhamos uma idade parecida e eu achava Hoseok um homem bonito, mas nunca existiu nada minimamente sexual em nossa relação. Gostávamos das mesmas coisas, mas de maneiras muito diferentes. Éramos dois homens gays e tínhamos uma atração bem característica por homens mais velhos, o que era bem engraçado. Mas enquanto eu possuía
uma postura mais dominante, Hoseok assumia uma posição mais passiva. E de certa forma, buscávamos o oposto nesses homens.
— Até porque você é cheio de frescura e eu não tenho tanta paciência assim — debochei, realmente não mentindo. Hoseok gostava de ser tratado como um príncipe, sendo cuidado a todo instante. — Sou um cara prático e gosto de pessoas práticas também... Por mim, todo mundo já devia foder logo no primeiro encontro... Aí você já sabe em quem vale a pena investir e em quem não.
Talvez essa fosse uma das coisas que me atraíam tanto em homens mais velhos. Eram pessoas mais maduras e independentes, que não buscavam por um cuidado excessivo da minha parte. Não esperavam muito de mim e isso era incrível, pois não me sentia pressionado. Eu gostava muito de dar e receber carinho, entretanto, odiar me sentir a babá de alguém.
— Pra isso aí rolar comigo, eu tenho que estar muito desesperado — meu amigo respondeu. — Gosto quando nos conhecemos com mais calma... Eu preciso criar um laço, ainda que seja algo superficial.
Diria que comigo o laço só seria criado depois que eu metesse com força e gozasse muito, mas o motorista de aplicativo que chamamos apareceu e acabou matando a conversa. Como sabíamos que ficaríamos bêbados, não gostávamos de ir para a balada dirigindo, porque alguém sempre tinha que se sacrificar e deixar de aproveitar para que não morrêssemos no meio do caminho.
Eu estava usando uma regata branca e uma bermuda jeans. Hoseok estava mais produzido, vestindo uma regata arrastão preta, que era bem transparente e cheia de furinhos, juntamente com uma calça jeans azul clarinha com alguns detalhes rasgados. Assim que chegamos, mandei uma mensagem avisando Jimin e, em poucos minutos, ele nos encontrou. Meu professor estava usando uma calça social e uma camisa rosa. ele parecia bastante deslocado e assustado, ironicamente como se fosse uma criança durante o primeiro dia de aula...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Fatal Trouble Act³: Jikook
FanfictionApós o fim de seu casamento, Jimin, um professor universitário, decide explorar sua bissexualidade. Em uma dessas aventuras, ele conhece Jungkook, um jovem irresistível e muito dominante. O que prometia ser uma noite excitante rapidamente se transfo...