Capítulo 4

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Depois de me despedir do meu pai, peguei minhas chaves e decidi ir dar uma volta de carro. A necessidade de clarear minha mente me impulsionou a seguir em direção à floresta próxima, lembrando-me do encontro com Edward no limite daquelas árvores.

Estacionei meu carro em um ponto conhecido e adentrei a floresta, caminhando entre as árvores altas e os raios de sol filtrados pelas folhas. O ambiente era tranquilo, mas uma inquietação persistia em mim. Meu coração batia mais rápido à medida que avançava, a esperança de encontrar Edward novamente impulsionando meus passos.

— Edward? — Chamei em voz baixa, olhando ao redor com expectativa.

O silêncio da floresta era quase ensurdecedor, apenas o som das folhas farfalhando com a brisa suave preenchia o ar. Caminhei mais adiante, observando atentamente cada movimento e som.

Então, uma figura se moveu à minha frente. Meu coração deu um salto, mas quando me aproximei, percebi que era apenas um coelho correndo entre as árvores. Uma mistura de decepção e alívio se misturou dentro de mim.

— Talvez meu pai esteja certo. Talvez seja apenas minha mente brincando comigo. — Murmurei para mim mesma, sentindo um nó se formar na garganta.

Me virei para voltar ao carro, resignada a deixar Edward para trás e focar no presente. Mas antes que eu pudesse dar um passo, um movimento capturou minha atenção novamente. Uma figura estava parada entre as árvores à frente, imóvel como uma estátua, meus deus é assim que começa um filme de terror.

Ela tinha longos cabelos ruivos cacheados e estava vestida com roupas que pareciam antigas e elegantes, contrastando com o ambiente natural da floresta.

— Quem é você? — Perguntei, minha voz quase se perdendo na brisa.

A mulher não respondeu. Ela simplesmente me observou com olhos intensos, sua expressão um misto de curiosidade e algo mais difícil de identificar.

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, a mulher desceu da árvore com agilidade, aterrissando graciosamente no chão à minha frente.

— Você parece perdida, humana. — Ela disse, seu tom sereno agora tingido com um leve desdém.

Instintivamente, dei um passo para trás, sentindo uma onda de medo se formar dentro de mim.

— Quem... quem é você? O que você quer? — Perguntei, lutando para manter minha voz firme.

A mulher sorriu, revelando dentes afiados e olhos que brilhavam com uma intensidade quase predatória.

— Meu nome é Victoria. Fiquei curiosa para saber quem é a nova pessoa que anda com os Cullens. — Ela disse, avançando na minha direção com passos lentos e deliberados.

O pânico tomou conta de mim. Virei-me e corri o mais rápido que pude pela floresta, galhos arranhando meu rosto enquanto eu tentava encontrar uma saída. A respiração da Victoria ecoava atrás de mim, cada vez mais perto.

Então, o chão desapareceu sob meus pés. Tropecei em uma raiz exposta e caí de cabeça contra uma pedra pontiaguda. A dor explodiu em minha cabeça, e tudo ficou escuro.

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Acordei com uma dor latejante na cabeça, e ao abrir os olhos, vi Nate, Jasper, Alice e um homem loiro que parecia um médico me observando com expressões preocupadas.

— Ótimo! — Alice exclamou aliviada.

— Ai, meu Deus, eu não morri? — Perguntei, tentando me situar.

— Morreu, e acordou no inferno — Nate respondeu sarcasticamente, fazendo-me perceber que estava viva.

— Como vocês me acharam? — Perguntei, confusa.

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