Capítulo 6

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Ao fim de um longo suspiro, Nate se levantou e estendeu a mão para mim.

— Vamos até La Push, tem algo que gosto de fazer quando me sinto triste.

Concordei e ele me levou de carro até lá. Quando chegamos, ele apontou para um penhasco.

— Eu pulo de lá.

— Porra, não sei se tenho coragem e aliás eu ainda sou humana, sabia?

— Eu sei, mas eu vou estar aqui. Pensei em pular primeiro e depois te esperar lá embaixo. E aí, topa?

— Quer saber, vamos.

Conversa mais e subimos até lá. Vi Nate tirando sua camisa e, por um momento, meus olhos caíram até seu abdômen.

— Tarada — ele disse ao perceber aonde estavam meus olhos.

Não não é verdade o que ele disse mas também não é mentira.

Ele terminou de tirar sua roupa e comecei a tirar a minha também, ficando apenas de camiseta e calcinha. Vi seu olhar em mim também.

— Pervertido — Brinquei e vi ele sorrir.

— Pula, vai, já tô morrendo de frio. — Falo.

— Ta bom mocinha e depois você pika em seguida. - Ele grita antes de finalmente pular.

Quando tomei coragem, senti uma presença atrás de mim. Antes que pudesse me virar, ouvi um sussurro gelado em meu ouvido.

— Sentindo-se corajosa, humana?

Meu coração disparou, e virei o rosto lentamente. Lá estava ela, Victoria, com seus olhos vermelhos brilhando com malícia, seus cabelos ruivos ondulando com o vento.

— O que você quer? — minha voz saiu mais trêmula do que eu queria.

Victoria sorriu, um sorriso cruel e cheio de intenção.

— Só um pouco de diversão. — ela disse com sua voz melodiosa e ameaçadora ao mesmo tempo.

Antes que eu pudesse reagir, senti suas mãos geladas em meus ombros, me segurando com uma força imensa. Um pânico indescritível tomou conta de mim.

— Nate! — tentei gritar, mas minha voz foi sufocada pelo medo.

Com um movimento brusco, Victoria me empurrou do penhasco. O mundo virou de cabeça para baixo enquanto eu caía, o vento assobiando nos meus ouvidos e a água se aproximando rapidamente. O impacto foi brutal, a água gelada me tirando o fôlego e me puxando para baixo com uma força implacável.

Lutei para subir à superfície, mas a correnteza era forte. O pânico aumentava enquanto eu tentava, desesperada, respirar. Foi quando senti braços fortes me puxando para cima. Nate. Ele me segurou com firmeza, nadando contra a correnteza até que finalmente alcançamos a superfície. Ofeguei, tentando respirar enquanto ele me mantinha flutuando.

— Summer, estou aqui. Está tudo bem — Nate disse, a preocupação evidente em sua voz.

Ele me puxou para a segurança das rochas, onde eu me deitei, tremendo e molhada, mas viva. Nate se ajoelhou ao meu lado, seu rosto uma máscara de alívio e preocupação.

— Não consigo mexer minha perna. Dói muito — murmurei, tentando segurar as lágrimas.

— Vou te levar até Carlisle — Nate disse firmemente.

Ele me carregou nos braços, a preocupação e o cuidado evidentes em cada movimento. No caminho até o hospital, Nate ficou conversando comigo para me distrair da dor. Nunca tinha visto esse lado dele, tão atencioso e protetor.

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