Capitulo 8

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Acordei de um sonho horrível, completamente assustada. A imagem de meu pai sendo levado me deixava em pânico, incapaz de imaginar viver algo tão terrível. Decidi descer para beber água, ainda sentindo o medo ecoar em cada pensamento. Estava em um castelo cheio de vampiros, mas, ironicamente, meu maior medo era o escuro.

Ao sair do quarto, fui surpreendida por um susto repentino:

— Buh!

Saltei no ar ao ouvir o grito, sem perceber que era Nate me assustando.

— Porra, vai se foder! Que susto do caralho! — gritei, indignada.

Ele começou a gargalhar alto.

— Boquinha suja, Summer. - Nate gargalha.

— Não dorme, não? — perguntei, tentando acalmar meu coração acelerado.

— Tive um pesadelo e não consegui dormir. E você?

— Dormir? — ele começa a rir, contagiada por sua risada.

— Verdade me esqueci.

— Enfim eu estava arrumando uma câmera antiga e ouvi um barulho, então desci para cá.

— Câmera? Eu amo fotografar. Me mostra ela! — minha curiosidade era genuína, ansiosa por algo que não envolvesse medos.

— Claro, vem cá. — Nate me puxou para seu colo e me levou até seu quarto rapidamente, como se eu fosse uma pena em seus braços.

Chegamos no quarto e Nate me colocou com cuidado no chão por causa do meu pé quebrado. Olhei ao redor e notei que a única coisa diferente do meu quarto eram as cortinas azuis.

— Acho que correr rápido é uma boa vantagem em ser vampiro — comentei, tentando quebrar o gelo.

— Realmente — concordou Nate, sorrindo de leve.

Ele pegou a câmera antiga de uma estante adornada com diversos objetos curiosos. Era uma câmera analógica, robusta e cheia de história.

— Olha só, Summer. Essa belezinha aqui já viu muitas histórias — disse ele, com um brilho nos olhos ao segurar a câmera. — Eu gosto do ritual de fotografar com filme. É como capturar momentos em suspensão, sabe?

Curiosa, peguei a câmera com cuidado, sentindo sua textura e peso nos meus dedos. Era diferente das câmeras digitais que estava acostumada a usar, mas tinha um charme e uma aura nostálgica que me cativaram instantaneamente.

— É incrível! Eu nunca usei uma câmera assim. Como funciona?

Nate explicou pacientemente como carregar o filme, ajustar as configurações básicas e disparar a foto. Enquanto ele falava, percebi que sua paixão pela fotografia era genuína, algo que o conectava com o passado de uma maneira única.

Sentei-me na cama e notei ao lado dela um chapéu de polícia.

— É seu? — perguntei, curiosa.

— Sim, usava antes de me transformar — respondeu ele, com um sorriso nostálgico.

— Coloca de novo, vamos fingir que você é humano de novo e vou tirar fotos suas — propus, empolgada com a ideia.

Ele concordou e colocou o chapéu, entrando na brincadeira. Começamos a nos divertir tirando fotos um do outro, explorando ângulos interessantes e poses descontraídas. Nate tinha uma maneira natural de se posicionar para as fotos, revelando uma serenidade que contrastava com sua personalidade divertida.

 Nate tinha uma maneira natural de se posicionar para as fotos, revelando uma serenidade que contrastava com sua personalidade divertida

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No meio da sessão de fotos, Nate se distraiu ao tentar capturar um ângulo diferente de mim e acabou perdendo o equilíbrio. Ele caiu sobre meu corpo na cama, um momento que inicialmente pareceu estranho, mas que logo se transformou em algo mais íntimo e carregado de tensão.

Ficamos parados por um instante, nossos rostos próximos, sentindo a proximidade e a eletricidade entre nós. Era um momento silencioso, onde podíamos ouvir até mesmo nossas respirações aceleradas.

Nossos rostos estavam tão próximos que podíamos sentir a respiração um do outro. A tensão no ar era palpável, carregada de expectativa e algo mais profundo que nenhum de nós tinha explorado completamente até aquele momento. Nate olhou nos meus olhos por um instante, como se buscasse permissão, e então suavemente aproximou seus lábios dos meus.

Foi um beijo delicado no início, como se ambos estivéssemos testando as águas, explorando essa nova dimensão de nossos sentimentos. Seus lábios eram suaves contra os meus, um contraste com a força de sua presença e seu toque seguro. Senti-me envolvida por uma sensação de calor e segurança, como se aquele momento fosse um refúgio no meio de tudo o que estávamos enfrentando.

O beijo se aprofundou naturalmente, se ele tivesse um coração também ele estaria batendo em uníssono enquanto nos entregávamos àquela conexão. Era como se o mundo ao nosso redor desaparecesse, deixando apenas nós dois naquele quarto silencioso do castelo. A intensidade do momento era inegável, uma mistura de desejo contido e uma vulnerabilidade mútua que nos aproximava ainda mais.

Quando finalmente nos separamos, Nate segurou meu rosto entre suas mãos, seu olhar buscando o meu com ternura e admiração.

— Summer... — ele murmurou, sua voz rouca com emoção contida.

Eu sorri, incapaz de encontrar palavras para descrever o que acabáramos de compartilhar. Segurei suas mãos sobre meu rosto e inclinei-me para beijá-lo novamente, dessa vez com um misto de paixão e gratidão por encontrá-lo naquele momento de minha vida.

Coloquei minhas mãos por baixo da sua camiseta na tentativa de tirar, mas ele interrompeu o beijo suavemente.

— Summer... — ele murmurou, seu tom repleto de ternura e preocupação.

— O que foi? Fiz algo de errado? Me desculpa, é minha primeira vez... — murmurei, incerta.

Ele sorriu de lado, acariciando meu rosto com gentileza.

— Não, não é isso. É só que... se continuarmos, posso acabar te machucando, princesa.

— Pode me machucar? — perguntei, olhando-o nos olhos com sinceridade.

Ao ouvir minha resposta, ele fez um sorriso leve, mas carregado de preocupação.

— Você não entende, Summer. A nossa diferença de força é muito grande. Se eu perder o controle, posso... te machucar seriamente, ou até mesmo...

— Tudo bem. Posso só dormir aqui com você então? — sugeri, buscando uma solução que nos mantivesse próximos sem riscos.

Ele assentiu suavemente, acolhendo minha ideia.

— Claro.

Com um suspiro de alívio, deitei minha cabeça em seu peito, eu até poderia ouvir o coração dele se ele batesse. Estar assim com Nate, mesmo que apenas para dormir, trouxe uma sensação reconfortante de proximidade e segurança. Enquanto fechava os olhos, permiti-me mergulhar na paz daquele momento, deixando de lado as preocupações e os medos que ainda ecoavam em minha mente.

No silêncio reconfortante do quarto, cercados pela atmosfera antiga e mágica do castelo, adormecemos juntos, entregues ao abraço reconfortante da noite.

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⏰ Última atualização: Jul 14 ⏰

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