₊˚ʚ ᗢ₊˚✧♡Onde: Jão perde seu gatinho de 16 anos e Pedro, seu veterinário, decide dar pra ele um filhote de presente ♡₊˚ʚ ᗢ₊˚✧
Nota: Essa é bem chorosa, só avisando :)
P.o.v. Pedro
Pedro: — Eu sinto muito... — Foi tudo que consegui dizer ao ver aquele homem desabar na minha frente.
Ele nada disse, apenas começou a chorar de soluçar, senti um aperto no peito e, apesar de não ser o tipo de abordagem que eu tinha geralmente com meus clientes, eu o abraço e deixo que ele chore.
Talvez para deixar que minhas próprias lágrimas escorressem sem que ele notasse. Definitivamente não era hora de demonstrar fraqueza, eu era o veterinário, precisava ser forte.
Mas me mantive ao seu lado, afinal eu conhecia aquela dor que ele sentia, como ninguém.
Por minutos intermináveis, ele chorou.
Jão: — Me desculpa, doutor... — Diz entre soluços, se afastado um pouco.
Pedro: — Ei, não se desculpe, tá tudo bem, eu sei que dói perder alguém tão importante.
Jão: — O Tom era tudo que eu tinha, doutor. — Murmura secando as lagrimas.
Pedro: — Sinto muito, João. — Repito, por não saber o que dizer, eu raramente sei o que dizer nessas situações.
Não importa quantas vezes uma coisa dessas seja necessária no meu trabalho, eu nunca vou estar acostumando o suficiente.
Pedro: — Eu vou buscar um copo de água para você. — Digo, porque sinto que é o ele precisa nesse momento.
Vou até nossa pequena cozinha do consultório, encho um copo descartável com água enquanto o copo enche, vou até a cafeteria, mas percebo que não tem mais capsulas.
Malu: — Como ele está? — Malu se aproxima de mim.
Pedro: — Destruído, obviamente. — Digo, mais seco do que gostaria. — Não tem mais café? Acho que seria melhor ele comer alguma coisa, está tão pálido.
Malu: — Porque não leva ele na cafeteria aqui em frente, você também precisa tomar café.
Pedro: — Mas... você da conta de...
Malu: — Eu encerro por aqui, relaxa, já tá quase na hora de fechar mesmo, e... eu sei o quanto isso é sensível para você ainda, Pedro, tá tudo bem.
Me senti um pouco mal de deixar todo o trabalho pra ela, mas Malu sabia que eu ainda me sentia engatilhado, e um café cairia bem.
Em qualquer outra situação seria muito estranho convidar um cliente pra um café, mas ignorei isso.
Pedro: — Aqui. — Entreguei pra ele o copo de água. — Olha, tem uma cafeteria aqui em frente, vamos tomar um café, você tem que comer alguma coisa.
Ele me olha e apenas concorda com a cabeça enquanto bebia a água.
Fomos até a cafeteria e cada um pediu um café, também pedi uns pães de queijo pra gente.
Jão: — Me desculpa por tomar seu tempo, doutor Pedro.
Pedro: — Pode me chamar só de Pedro. — Digo simpático, apesar de gostar do título, não quero que ele me trate com tanta superioridade.
Jão: — Tudo bem, Pedro.
Pedro: — E você não precisa se desculpar por tomar meu tempo, João, eu... entendo bem o que você está sentindo, faz menos de um mês que eu perdi a minha gatinha...
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