P.o.v. Jão
Chegou o tão aclamado Dia dos Namorados, e também o dia de sair com meus amigos para um show que só vai casal.Agradecia a deus por Pedro ter topado meu plano doido, porque seria horrível ouvir todas aquelas músicas românticas sem ninguém do meu lado.
Só mesmo meu melhor amigo para topar ser meu namorado por apenas um dia.
Depois de revirar os olhos pela quinta vez ao ver mais um casal postando uma fotinha fofa com textinho, eu guardei o celular na bolsa e saí, indo em direção à casa do meu namorado honorário. Nós iríamos juntos até o local onde encontraríamos o resto do grupo para ir ao show.
No caminho, eu passei por um monte de lojas com as decorações mais bregas do mundo, com flores e balões de coração para todos os lados.
E ignorando todos os meus princípios, eu comprei um buquê de rosas superfaturado, para não chegar na casa de Pedro com as mãos vazias.
Eu ia ser seu namorado por um dia, certo, precisava fazer jus.
Bati na porta dele, que abriu com o maior sorriso do mundo.
Pedro: — Bom dia, baby.
Jão: — Bom dia, lindo, bem... é para você... — Entreguei o buquê para ele.
O sorriso que ele deu fez valer cada centavo que eu paguei naquelas rosas.
Pedro: — Nossa, que lindas! — Ele entrou e eu entrei atrás dele.
Jão: — Sabe, não é porque vou ser seu namorado só por hoje que eu não vou ser um falso namorado decente, né? — Brinco rindo.
Enquanto ele colocava as rosas gentilmente sobre a mesa, reparei nele, Pedro sempre foi lindo, mas naquela tarde ele estava estonteante.
Pedro: — Você está se saindo bem nisso. — Ele ri. — Eu comprei para você. — Entrega uma caixa de chocolates.
Jão: — Meus favoritos... — Sorrio.
Pedro: — Eu sei. — Ele sorri de volta. — Fiquei em dúvida se te entregava ou não, tava com medo de você me achar muito exagerado.
Jão: — Você, exagerado? Quem te trouxe as rosas fui eu. — Brinco, torcendo para ele entender a referência.
Pedro: — Você roubou elas? — Ele riu.
Meu coração se aquiesceu.
Jão: — Não, mas deu vontade porque meu deus como é caro comprar flor no Dia dos Namorados. — Rio, me aproximando dele. — Por isso eu não trouxe mil. — Seguro sua cintura.
Pedro: — Eu te perdoo, meu exagerado. — Diz colocando os braços em volta do meu pescoço.
Jão: — Inclusive posso estar jogado aos seus pés se você quiser...
Pedro: — Eu nunca ouvi uma frase com mais duplo sentido na vida — Ele ri, aproximando mais o rosto do meu.
Jão: — Interprete como quiser, baby — sussurro contra seus lábios, em seguida deixo um selinho neles.
Pedro: — Ah, Jão... — Ele murmura, deixa mais um selinho na minha boca, em seguida e se afasta, e me olha de cima a baixo, com um sorriso nos lábios que eu não me lembro de já ter presenciado. — Você está bonito...
Jão: — Gostou? Retoquei até o cabelo para te ver.
Pedro: — Tá lindão, loiro.
Jão: — Você também está lindo, vai ser uma honra poder ter do meu lado hoje.