xadrez

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George é tão esperto! Estávamos conversando com ele e ele parecia entender cada detalhe e respondia com um lindo sorriso sem dentes. Não vejo minha vida sem meu quarto rebento.

de Penelope Bridgerton, para sua cunhada Eloise, um mês depois que George nasceu.

George não falava. Eles sabiam e se conformavam com isso, Georgie não falava e pronto. Ele sabia ler, sabia escrever, apenas não queria falar. Era angustiante, em alguns momentos só queriam saber o que ele sentia, o que queria ou o que ele não queria, mas ele não dizia nada, apenas míseros acenos com a cabeça.

Penelope estava angustiada, passava horas se martirizando, andando de um lado pro outro se perguntando se haviam dito algo que destravou algum bloqueio em George. Colin tentava de outros jeitos, planejou tudo que faria durante a semana com os filhos para desenvolver melhor a fala de George. No momento em questão, estavam caminhando para um piquenique no parque.

Jane saiu correndo em direção a um balanço velho que encontrou, obrigando o irmão a lhe entregar o casaco extra que levou para forrar a madeira velha e suja. Agatha tagarelava sobre algum cavalo diferente que havia visto e Thomas acompanhava Jane na corrida até o balanço, George estava nos braços de Penelope e parecia alheio com a movimentação dos irmãos mais velhos.

Colin esticou o pano, colocou a cesta e espalhou a comida no centro do pano, vez ou outra prestando atenção nas crianças que estavam alheias ao balanço velho. Voltou sua atenção ao mais novo, estava no colo da mãe e prestava atenção nas outras crianças que alimentavam os pombos ali perto, em algum momento George riu para aquilo e Colin se pegou sorrindo.

— Você quer ir lá, Georgie? – Penelope perguntou, olhando para o filho e logo depois para Jane e Thomas discutindo. — Ah meu Deus, Thomas não empurre sua irmã assim!

— Deixe que eu o levo. – Colin ergueu George no colo e ajudou Penelope a se levantar. — Vamos?

George deu um breve aceno de cabeça, seguindo com o seu pai até os pombos para alimentá-los. Quando foi colocado no chão, apoiou-se no joelho de seu pai enquanto observava ele alimentar os animais e logo depois lhe entregar o pão para que fizesse o mesmo. Assim fez, gargalhando logo em seguida e olhando para o pai que sorria.

Virou-se para trás, observando a mãe conversando com os irmãos.

— Já falei que não! Não, vocês não podem levar um pombo para casa, Agatha. – sua irmã deu de ombros, argumentando alguma coisa logo em seguida. — Não importa que a personagem do meu livro tenha um papagaio, querida, nós não vamos ter um pombo de estimação.

— Isso é por que os pombos comem as criancinhas? – Thomas tombou a cabeça para o lado e Penelope coçou a cabeça nervosa.

George arregalou os olhos, olhando para o pai e recuando rapidamente.

— Ah, não! Isso é invenção do seu irmão. – Colin sorriu. — Pombos gostam apenas de um pão quentinho.

Assentiu, mas parou de dar o pão para os pombos e seu pai entendeu que queria voltar. O pegou no colo e o levou de volta para o pano estendido e a confusão com seus irmãos.

— Jane, pare de jogar as sementes no cabelo da sua irmã! – Colin e George soltaram um riso por Penelope ainda não ter conseguido controlá-los. — Certo, pestinhas, se não se comportarem irão passar a tarde na casa de tia Prudence!

E então, os três pestinhas se calaram e fizeram o piquenique extremamente comportados.

...

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