— E terminamos — Hermione fala cansada.
— Graças a Deus — respondo, deitando na grama. Logo Hermione se deita ao meu lado observando o céu.
— Afinal, você ainda não falou sua idade — Hermione comenta, olhando para mim.
— 147 anos — digo, e Hermione fica em choque.
— Como assim você tem 147 anos! — ela exclama, ainda incrédula. — Você tá brincando, né?
— N-não — respondo, um pouco surpresa com a sua reação.
— Mas como isso é possível? — Hermione pergunta, meio indignada.
— Ah, longa história — respondo, olhando para o céu.
— Ainda quero saber dessa história — ela diz, voltando a olhar para o céu, mas agora mais tranquila.
— Mas eu não posso te contar — falo com um sorriso, ainda olhando para o céu.
— Por que não? — ela pergunta, fazendo uma careta séria enquanto continua a olhar para o céu.
— Longa história — repito. Há uns três segundos de silêncio entre nós duas, então rimos.
— Legal, sua vida se resume a longas histórias — ela fala rindo.
— Não é à toa que eu tenho 147 anos — digo, e logo começamos a gargalhar juntas.
— Adorei te conhecer — Hermione diz, ainda rindo e se sentando na grama.
— Eu que deveria dizer isso — respondo, ainda em gargalhadas.
Nós duas paramos de rir e ficamos observando o céu, até que o mesmo garoto ruivo chama Hermione e ela sai, me deixando sozinha.
Olho para o lado e vejo Draco entrando em uma floresta. Fico meio confusa e digo para mim mesma que vou ficar no mesmo lugar observando o sol.
Mas, como sou uma curiosa apaixonada, vou atrás dele sorrateiramente.
Escondo-me atrás de árvores para que ele não consiga me ver. A floresta era linda, mas um pouco assustadora; sinto calafrios, mas não me importo muito com isso.
Até que sinto algo no meu pé e dou um grito, tentando tirar aquilo com a mão. Perco o equilíbrio e caio no chão.
— O que você tá fazendo aqui? — Draco pergunta de longe, me olhando.
— Ué, tô caminhando, não é meio óbvio? — respondo, ainda tentando tirar aquilo do meu pé.
Ele revira os olhos, vindo até mim e ficando de frente para mim. Tira uma varinha do bolso e fala algumas palavras que não entendo. E o negócio some do meu pé.
— Achei que eu ia morrer — digo, respirando fundo.
— Agora saia daqui — ele diz, guardando a varinha e seguindo em frente.
— Ei — falo, levantando do chão e indo até ele. — Aonde você está indo? — pergunto, andando de costas para continuar olhando para ele.
— Não te interessa — ele responde, colocando a mão no meu ombro e me tirando da sua frente.
Olho para trás, vendo-o se afastar.
— Posso ir com você? — pergunto, indo até ele.
— Você parece um carrapato, sabia, garota? — ele diz, ainda andando enquanto eu o acompanho. — Você não tem nada para fazer?
— Pior que não, já fiz tudo o que queria fazer. Na verdade, quase tudo — digo, com um sorriso de canto.
— Então vai fazer o que precisa fazer garota — ele fala irritado.
— Mas eu já tô fazendo o que quero fazer, ou meio que tentando — respondo, olhando para ele enquanto caminhamos.
— Como me irritar? — ele pergunta, virando o rosto para me olhar.
— Não, por que eu iria querer te irritar? — pergunto, sendo óbvia.
— Talvez porque você esteja me irritando? — ele fala, agora olhando para frente.
— Foi mal então — digo, olhando para frente e continuando a caminhar junto com ele.
— Você não vai embora? — ele pergunta, me olhando irritado.
— Pare de pedir para eu ir embora — respondo, ainda olhando para frente. — Sendo que você quer que eu fique — digo, com um olhar de canto para ele com um sorrisinho. E ele não diz mais nada.
Continuamos caminhando, até que chegamos a um lugar com um riacho e vários cogumelos ao redor.
Draco vai até os cogumelos e começa a colhê-los. Eu o observo, até que depois de algum tempo me aproximo.
— O que você vai fazer com esses cogumelos? — pergunto, agachando e colocando os braços em volta das pernas. Mais ele não responde.
— Para uma poção — ele finalmente responde depois de um tempo.
O clima estava meio pesado, não sei o por quê, mas ao mesmo tempo estava leve. O barulho do riacho era agradável e confortável.
— Para que essa poção? — pergunto, olhando para os cogumelos que Draco colhe.
— Trabalho de escola — ele responde sério, ainda colhendo os cogumelos.
— Interessante — digo, sem realmente achar interessante.
Fico de pé novamente e olho para o riacho atrás de nós.
— Você vem sempre aqui? — pergunto, olhando para ele, que balança a cabeça em negação.
Sério, eu estava achando aquilo um puro tédio, mas gostava de passar o tempo com ele.
Até que um gato começa a roçar na minha perna. Eu me agacho para fazer carinho nele.
Sinto alguém se aproximar e ficar ao meu lado. Olho para o lado, é Draco. Ele se agacha e começa a fazer carinho no gato também.
Eu não entendi por que Hermione me disse para não falar com ele. Ele é legal, só se estressa muito fácil.
Ele estava a poucos centímetros de mim, seu rosto próximo ao meu, mas não tão perto. Ele me olha de canto e vira o rosto para mim, fazendo nossos rostos ficarem próximos um do outro.
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Até o próximo capítulo