MIKE
Estou ficando mal acostumada. Alastair sempre passa no apartamento à noite para preparar o meu chá e quando pode dorme no quarto ao lado para vigiar o meu sono e se certificar de que não vou ter um pesadelo. Realmente, tenho acordado revigorada, o que não acontecia antes. É como se uma Mikaela tivesse renascido das cinzas, estou mais disposta, bem-humorada e me concentrando nas lições com mais facilidade.
Fiquei tão leve que nem mesmo Alexei consegue me tirar do sério desde que retornou da sua viagem à Ucrânia, visitando o apartamento esporadicamente para se certificar de que a nova equipe de segurança está fazendo um bom trabalho. Ele resolveu aumentar o número de seguranças que me mantêm sob vigia e sei que isso não pode ser um bom sinal. Devo manter os olhos nele para tentar descobrir algo e ao mesmo tempo desviar da sua peçonha em toda e qualquer oportunidade. Não posso permitir que crave suas presas em mim todas as vezes que estiver entediado e ocioso, à procura de diversão.
Tenho aceitado a terapia no dia e horário dos meus antigos encontros com Alexei, enfiando-a goela abaixo por Alastair que faz questão de me levar ao consultório do Dr. Dawson, teoricamente um local livre das câmeras que me assombram. Ele implorou de joelhos, sem exageros, e isso amoleceu meu coração, então concordei e finjo estar tendo algum progresso quando na verdade só encaro Harvey por uma hora inteira sem dizer nada. Que ele desista por conta própria de cavar essa merda de buraco, porque da minha boca não vai ouvir nada, nenhum deslize. Não confio nele.
Hoje é três de julho e sei que amanhã é feriado nacional (pouco me importo), também sei que Alastair está em outro estado por alguns dias resolvendo pendências que não me dizem respeito. Estou no centro de treinamento no último andar do prédio, treinando sozinha alguns golpes em um saco de luta, aproveitando o final da tarde do meu sábado depois de passar algumas horas analisando a investigação do sumiço da carga dos italianos. Estamos estagnados e isso não é nada bom. Alastair pressionou a tal gangue latina e encontrou o total de zero pistas porque não foi eles, Ally me garantiu. Suada, paro para observar meu reflexo no espelho, admirando o quão meus músculos tonificaram, o peso saudável que preenche minhas bochechas que há semanas eram fundas, cadavéricas. Meu corpo está incrível, pouca flacidez e curvas. Dou uma empinada e analiso meu bumbum sob a legging que está cada vez mais redondo. Mikaela, sua grande gostosa. Continue assim.
— Mike. — Um pigarreio segue meu nome e eu giro o corpo em meus calcanhares, enrijecendo-o ao lançar meu olhar para Alexei. Puxo forte o ar, me deparando com esse homem de jaqueta de couro perigoso como o dono do inferno, sensual e de prontidão para me pegar desprevenida, sorrateiro e articuloso. Um homem que está vestido para derreter o meu cérebro e o que me sobrou de bom senso, me roubando o ar e corando minhas bochechas como se eu fosse uma adolescente virgem e inocente. Eu não estava esperando encontrá-lo, muito menos com ele assim.
— Sim? — Começo a desfazer a bandagem da mão direita, mantendo os olhos nos seus.
— Amanhã é quatro de julho. É tradição de alguns amigos no dia três fazer uma reunião em Palmdale e quero estar presente. Tem que vir junto, Ninfetinha, porque preciso manter os olhos em você daqui para frente. — Junto as sobrancelhas e pisco assimilando suas palavras, reparando em quão autoritário Alexei é capaz de ser quando está disposto, e ele sempre está.
— A situação ficou tão feia assim? — Prossigo para a bandagem da mão esquerda, tentando demonstrar indiferença ao jogar um verde, preciso descobrir o que está acontecendo. — Para você precisar me arrastar para uma festinha, senhor?
— Não usaria essa palavra, definitivamente não é uma festinha. — Alexei cruza os braços, merda, ele está tão atraente com o novo corte de cabelo, bem batido e as laterais em degradê mostrando tatuagens em seu couro cabeludo que devem ter sido bem dolorosas de fazer. Não é qualquer homem que fica bem com esse corte, não mesmo, e ele está ainda mais bonito, a barba por fazer e o pequeno brinco de argola em uma de suas orelhas reforçando o quão irresistível ele pode ser quando quer, as tatuagens engolidas por sua roupa prontas para colocarem de joelhos qualquer uma disposta a descobri-las.
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CONFESS YOUR SINS - Um dark romance de Stephanie Hopper
Romance☠️🥀🖤DARK ROMANCE|+18|PLÁGIO É CRIME|AGE GAP|LINGUAGEM IMPRÓPRIA|VIOLÊNCIA EXPLÍCITA|TEMAS SENSÍVEIS Minha vida era um vazio escuro que me consumia. Eu definhava nas mãos do meu pai enquanto ele explorava o meu corpo para ganhar a vida. Observava a...