O cheiro de um novo lugar

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Os dias restantes aos quais ainda ficariam na casa, foram um completo silêncio, Seonghwa se recusava a falar com o alfa, que por sua vez, tentava se aproximar e era duramente ignorado pelo ômega, que estava lhe dando um gelo, ainda zangado por tê-lo feito passar por tamanha vontade.

A marca em seu pescoço, do chupão bem dado, ainda estava um tanto vívida, e isso era o que lhe irritava mais, já que não podia se livrar dela por conta própria. Então tinha que suportar vê-la toda vez que ia se banhar ou que passava em frente a alguma superfície espelhada.

Naquela manhã, as malas do ômega seriam trazidas por seus pais e seu irmão, que também se despediriam, uma vez que, naquela mesma manhã, o novo casal partiria para a nova residência, a qual se encontrava nas terras da alcateia Krypteria.

Mais uma vez, Seonghwa ignorou o chamado do alfa, passando reto por ele, Yunho tentou não rir tão alto, se limitando a soprar suavemente um ensaio de riso, ele ainda estava bravo, e por isso, podia-se dizer, "eu queria e você não me deu o que eu esperava", o alfa via como algo bom, no fim das contas.

Ouviram o barulho do carro estacionando do lado de fora, e claro, o ômega tomou a frente para ir abrir a porta, encontrando seus pais e seu irmão logo ali. Yunho chegou em seguida, cumprimentando seus sogros e cunhado.

- E então garotos, estão prontos? – Mingi questionou, apertando suavemente o ombro do genro.

- Sim senhor Mingi, estamos mais do que prontos! – Yunho disse, num meio sorriso, olhando seu ômega direto nos olhos, este que exalava uma aura pesada, como se quisesse ainda lhe dar uns bons tapas.

- Ah o que é isso, Yunho! Agora você é da família, não precisa chamar o Mingi e eu de senhor Mingi, Senhor Hongjoong, pode nos chamar de pai, certo?! – O ômega mais velho sorriu de um jeitinho incrivelmente adorável, algo típico de si.

- Claro pai. – Yunho disse, num tom que pingava cinismo, este sentimento sendo percebido pelo outro ômega, que tensionou o maxilar, segurando-se para não apertar o pescoço do outro por ser tão sonso.

- Woah Seonghwa, o que é isso no seu pescoço?! – Jongho perguntou, segurando um leve riso, tinha um palpite para o que seria.

Antes que o ômega respondesse, seu pai igualmente ômega, tocou o pescoço do filho, analisando a pele marcada.

- Filho, o que houve! Está com alergia, algum bicho te mordeu? – Disse Hongjoong, não percebendo de onde a marca era proveniente, já que ele imaginava que o filho e seu marido possivelmente nem deviam dormir juntos.

- Só se o bicho for um que tem mais ou menos 1.86 de altura e se chama Yunho, papai. – Jongho cruzou os braços, cutucando a parte interna da bochecha com a língua, fingindo uma tosse.

Yunho riu, piscando cúmplice com o cunhado, fazendo seu ômega sentir vontade de cavar uma cova ali mesmo, para jogá-lo dentro.

Seonghwa apertou as mãos em punho, e quando pronto para retrucar aqueles dois idiotas, ouviu a voz de seu pai alfa.

- Vejo que estão se dando bem! Isso deixa eu e seu pai menos preocupados, Hwa. – Disse com um tom doce, que desarmou o pequeno ômega, ganhando de seu pai, um afago nos cabelos.

- Eu vou sentir tanta saudade. – Hongjoong disse emotivo, fungando suavemente para não chorar.

- Ah papai, eu também vou, você sabe, mas agora é diferente, eu vou poder vir, e você vai também, não é como nos dias ruins. – Disse o ômega mais novo, consolando seu pai, e compartindo com ele, um abraço apertado.

Seu outro pai se juntou ao contato, apertando aos dois, dando um beijo no topo da cabeça do filho, desejando-lhe boa sorte e que tomasse cuidado.

- Ei moleque, vem cá, eu vou sentir falta de você seu peste. – Puxou o irmão para um abraço, apertando-o suavemente. – Treina bastante no vídeo game quando não estiver estudando, não pula o muro da escola e vê se arruma um ômega legal, você tá ficando velho e encalhado já. E principalmente, quando tiver um tempo, vai lá pra gente se ver. – Se afastou do alfa mais jovem, bagunçando-lhe os fios.

Casamento Desarranjado || yunhwa ver.Onde histórias criam vida. Descubra agora