Bônus!

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Se havia uma palavra para definir a pequena Jieun, era "mimada", a garota era simplesmente a paixão de toda a Krypteria, além de ser a protegida do próprio Oráculo, e Renjun não poupava esforços e nem suas habilidades para fazê-la sorrir sempre, a amava de todo o coração e a alfinha correspondia genuinamente ao sentimento do oráculo.

Na tarde de sábado, Yunho e Seonghwa haviam saído para aliviarem seus lobos, correndo pelas colinas que ficavam a poucos quilômetros da casa do lago, enquanto a pequena ficava sob os cuidados de Renjun.

O oráculo estava à beira da água, com a garotinha de seis anos em seu colo, enquanto o ser místico de cabelos brancos, fazia das águas, surgirem belas imagens, subindo lago acima, enquanto contava a ela a história chinesa sobre os quatro dragões.

- Então os quatro dragões ficaram presos entre as grandes montanhas, mas não desistiram de seu amor pelos seres humanos, e assim se transformaram nos quatro grandes rios. O dragão negro se tornou Heilongjian, o dragão amarelo se tornou Huanghe, o dragão longo se tornou o Changjiang e o dragão perolado se tornou Zhujiang. – Renjun acabou por contar sua história, fazendo as imagens de água descerem lentamente para o lago.

- Junnie! Por que você tem o cabelo branquinho assim? – Questionou a pequena alfa enquanto passava os dedinhos por entre as mechas longas do rapaz.

- Bom, eu nasci assim, princesa! – Contou à pequena e não demorou em fazê-la deitar em seu colo e então tocou a pontinha do nariz da garota, a fazendo rir. – Do mesmo jeitinho que você nasceu com esse narizinho fofo!

Antes que pudesse falar algo mais, o oráculo e a garota voltaram os rostos na direção das árvores logo a frente.

- São os papais, Junnie! – Exclamou animada, levantando-se rapidamente, enquanto pulava animada em volta do oráculo, observando os pais ainda em forma lupina, se aproximando.

- Conseguiu senti-los vindo, princesa? – Perguntou enquanto a garotinha assentia freneticamente. – Você realmente não nega a sua origem alfa, como o seu pai Yunho.

Assim que chegou perto o suficiente, Seonghwa não hesitou em usar sua longa língua de lobo para lamber a garotinha que buscava abraçar seu focinho.

- Podem ir se trocar, eu fico com a Jieun enquanto se vestem. – Renjun disse, recebendo um aceno de cabeça do lobo alfa.

Ambos saíram em direção de casa, então a garotinha voltou a se jogar no colo do oráculo que apenas riu e a segurou.

Não demorou para que ambos tornassem a voltar, sentando-se junto dos dois já presentes.

Rapidamente Jieun correu até os pais, não sabendo sobre qual deles se jogava primeiro, ganhando beijos e abraços dos dois.

- Obrigado por cuidar dela mais uma vez, Junnie-ah. – Yunho agradeceu, ganhando um aceno do oráculo, este que não via problema algum em acompanhar a garotinha sempre que pudesse.

- Como foi seu dia, meu amor? – Seonghwa perguntou enquanto acarinhava os cabelos de sua filha.

- Foi muito legal, papai! O Junnie fez um monte de dragões na água e contou a história deles pra mim! – Disse animada, fazendo Seonghwa rir com tamanha intensidade na animação dela.

- Ele fez tudo isso por você, princesa? O Junnie gosta muito de você! – Yunho quem dissera daquela vez, fazendo cócegas na barriga da pequena.

- Junnie-ah, sei que você tem uma vida ocupada, suas obrigações com a alcateia, mas realmente, obrigado por tudo o que tem feito por nós e por Jieun nesses sete anos em que estamos juntos. – Seonghwa agradeceu novamente, havia sinceridade em seu tom de voz e uma verdade incontestável em seus olhos, Renjun havia sido uma peça fundamental em suas vidas desde o começo, sempre os protegendo e zelando, jamais faltando com um dos três.

- Eu sempre soube que ela viria, e sempre soube que seria assim, eu precisava protegê-los, para que ela viesse, foi o presente que os deuses deram para vocês, e como oráculo, eu precisava fazer, mas essa sensação de dever foi apenas quando eu não a conhecia, quando não conhecia você, nem o Yunho. Eu realmente sinto que encontrei o meu propósito de vida. – Renjun disse, enquanto estendia sua mão ao ar, deixando que a linda borboleta azul pousasse sobre sua palma, a levando direto para a garotinha, permitindo que ela pudesse ter o animalzinho em suas pequenas mãos.

- Você sempre foi importante pra nós, vai ser sempre, Junnie! – Yunho disse, se sentindo emocionado, apesar de alfa, o rapaz costumava demonstrar emoções com muita facilidade, diferente de seu ômega, que era mais reservado.

- Eu tenho que ir, ainda preciso coletar algumas ervas na floresta antes que escureça totalmente. Não se esqueçam de comer a torta de frutas silvestres que a Jiji e eu fizemos. – Renjun riu, gabando-se de seus dotes culinários e de sua linda ajudante.

Despediu-se de Yunho e Seonghwa com o costumeiro selinho e um beijo doce nos cabelos da garotinha. E sempre como vinha, ele partiu por entre as árvores, deixando o ar com seu doce aroma.

- Acha que ele vai aceitar ser o padrinho da Jiji? – Seonghwa questionou enquanto via sua filha entretida com a borboleta.

Yunho riu antes de assentir com a cabeça e mover os cabelos de sua filha para retirá-los da testa.

- É como perguntar para um peixe se ele precisa da água, meu amor. – Yunho se aproximou e então beijou os lábios do marido, um selinho rápido e que não passou despercebido pela pequena.

- Eca! O paizinho beijou o papai! – Colocou a língua para fora, fazendo um som de nojo.

- Mas o Junnie pode e nós não, meu amor?! – Seonghwa questionou para a pequena.

- Sim, papai! Ele é o Oláculo! – Disse com sua vozinha infantil e ainda embolada.

- Oráculo, princesa, o tio Junnie é o oráculo. – Yunho falou devagar para a pequena compreender e repetir.

- E só por isso ele pode, meu amor? – Seonghwa tornou a perguntar para sua filha.

- Não papai, é que o tio Junnie é bonito! Ele é MUITO bonito! – A pequena colocou ênfase na palavra.

- E nós não somos? – Yunho questionou indignado.

- Vocês são, papais...

- Ufa, já estava achando que somos feios! – Seonghwa dramatizou.

- ... Mas o tio Junnie é mais! – A garotinha disse sincera.

Foi impossível não rir com o jeitinho da pequena alfa, ela realmente tinha o gênio de Seonghwa, ainda que falasse com a voz calma como a de Yunho, era mesmo a mistura perfeita dos dois aquela alfinha.

Casamento Desarranjado || yunhwa ver.Onde histórias criam vida. Descubra agora