UM

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Está fic não é de minha auditoria, estou fazendo apenas uma tradução.Os créditos são todos de Oceans-Blue.

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House acordou com uma dor incômoda na perna.

Não era nada fora do comum, então ele se virou na cama para tomar um comprimido de Vicodin e, após engoli-lo sem precisar de água, levantou-se.

A dor então o sacudiu de baixo para cima, espalhando-se por seus nervos.

Ele resmungou e esfregou a perna enquanto mancava até o banheiro, olhando-se casualmente no espelho.

Se ele fizesse um grande show cada vez que sentisse dor daquele jeito, teria ficado sem shows para comemorar.

Ele olhou para seu reflexo adormecido e abriu a torneira bruscamente, fazendo com que a água jorrasse por toda parte.

Ele colocou as duas mãos embaixo da torneira e pegou a água, depois jogou-a em sua cara.

Ele balançou a cabeça de um lado para o outro com estremecimento, por mais que as gotas caíssem em seu rosto até deixarem um rastro no chão.

Com um novo aceno de cabeça, ele terminou o “penteado” e voltou para o quarto.

Ele viu as roupas de ontem na cadeira e encolheu os ombros. De qualquer forma, não é como se as pessoas o conhecessem por ser muito arrumado.

Ele subiu e pegou sua bengala. Ele nem se preocupou em tomar café da manhã,Já haveria alguém para servir o café da manhã.

Ele saiu de casa e olhou para fora sorrindo.

Ele se aproximou dela e a acariciou suavemente, passando os dedos ao longo de seu corpo.

Ah, às vezes aquela menininha era a única que realmente o fazia sorrir pela manhã.

Ainda com aquele leve sorriso, House subiu e ligou a moto depois
colocou a bengala em seu lugar.

Ele girou o punho várias vezes, fazendo a motocicleta rugir antes de partir a caminho do hospital.

Quando chegou a Pricetown Placesboro, seu sorriso já havia desaparecido.

As pessoas andavam atarefadas de um lado para o outro, algumas tiveram tempo de parar e trocar algumas palavras e outras apenas balançaram a cabeça e sorriram em saudações apressadas.

House não se preocupou em bufar ou mostrar seu desdém, mas em vez disso adotou uma expressão entediada e caminhou em direção ao elevador.

Pelo canto do olho ele viu como Cuddy vinha em sua direção, provavelmente para impor suas habituais “punições de consulta”, então ele acelerou o passo e apertou apressadamente o botão do elevador. As portas se fecharam, deixando a médica com as palavras na boca, e ele sorriu.
As portas se abriram novamente com um rangido quase imperceptível – se não fosse porque tudo incomodava House – e ele saiu do elevador.

Na sala de diagnóstico paralela ao seu consultório, os médicos estavam impacientes; Treze, Taud, Relentless Bitch e Kutner, além de Foreman.

Este último jogou uma das habituais pastas azuis sobre a mesa e anunciou o caso:

-Mason Griffin, trinta anos, dores insuportáveis ​​há três anos, cinco médicos já o atendeu e nenhum resultado favorável.

House recostou-se na cadeira e olhou para ele com tédio.

-E o que há de tão interessante nisso?

-Você não acha importante que um homem esteja sofrendo há três anos e que ninguém tenha conseguido fazer nada para ajudá-lo? - ele perguntou de volta, erguendo uma sobrancelha.

Foreman observou-o fingir que estava pensando e esperou por sua resposta cínica.

-Bem, não. - ele finalmente falou. -As pessoas sofrem constantemente, é um fato. - todos olharam para ele com reprovação, e então ele suspirou.  -Bem, onde dói?

-Dor geral.- respondeu Taud, ignorando o tom sarcástico de seu chefe. -Seu corpo todo dói, basicamente.

-Basicamente nem sempre é basicamente. Faça-lhe um questionário. - indicou com um aceno de cabeça, ao aproximar-se da porta. - Se quisermos saber como curar alguém, teremos que começar por saber o que querem que curemos.

Com isso ele saiu da sala de diagnóstico e desceu para o refeitório.

Ele olhou em volta na esperança de encontrar alguém para quem levar sua comida e encontrou.

Ele pegou um pacote de batatas e colocou na bandeja do amigo, sem que ele tenha notado sua presença.

-Ele paga.- disse para a vendedora, com um sorriso falso.

Wilson não pôde deixar de se assustar, mas quando viu as batatas em sua bandeja e ouviu a voz, soube imediatamente quem era.

Mesmo assim, olhou para ele com o canto do olho, enquanto tirava a carteira do bolso da calça.

-House.– cumprimentou resignado enquanto pagava o café da manhã.

-Tem mais alguém que faz você pagar pela comida? - ele perguntou fingindo estar intrigado.

Wilson sentou-se e esperou que ele se sentasse na cadeira em frente.

-Não House, não há outro.- ele respondeu.

O referido levou a mão ao peito num gesto de emoção.

-Que coisa boa você me diz, Wilson. Você também é o único.

O moreno não pôde deixar de sorrir com a situação.

-E incomparável.- acrescentou.

-Bem, bem, não vá muito longe. -respondeu House, imitando o sorriso fugaz do amigo.

Wilson deu uma mordida na torrada e fechou os olhos enquanto o pão era esmagado pelo sabor delicioso de presunto e azeite. Quando ele os abriu novamente, descobriu House tomando seu café calmamente. Ele nem se preocupou em ficar chateado e protestar.

-Você nunca vai parar de roubar minha comida, certo?

-Você nunca vai parar de pedir esse café nojento, certo? - ele o imitou com uma careta.

Wilson ergueu a cabeça da bandeja e franziu a testa fingidamente.

-Tenho uma ideia... Não roube minha comida. - finalizou endurecendo o tom de voz.

House não respondeu, mas levantou-se pronto para retornar ao seu escritório e, portanto, ao seu caso.

Ele entregou o copo com o resto do café para Wilson, que estendeu a mão para pegá-lo.

No último momento, House deixou cair o recipiente, fazendo com que o copo batesse na mesa e o líquido espirrasse nas roupas de Wilson.

-Não, isso não vai acontecer.-respondeu ele, e então saiu da sala de jantar.

Wilson o observou se afastar e, sem escolha, suspirou.

APENAS UM PASSOOnde histórias criam vida. Descubra agora