SETE

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House ficou fora de foco o resto do dia.

Sua mente sempre acabava levando-o para Wilson, para o que havia acontecido e o que isso significava.

Após a conversa, Wilson cedeu e retribuiu o abraço. Isso significava que ele estava disposto a tentar? Ele queria algo sério com Wilson? Ele era capaz de manter um relacionamento? Ele decidiu que era melhor não fazer tantas perguntas e ver o que estava acontecendo.

Ele voltou à realidade ao perceber que toda a equipe estava olhando para ele, como se esperasse sua resposta.

-Não vou dizer nada. - respondeu ele, levantando as mãos como se não estivesse completamente perdido - vocês são os médicos dele. Vocês podem fazer todos os exames que quiserem, consultar outros médicos, tanto faz. Se o paciente sobreviver, será graças a vocês. Se ele morrer também. Não vou segurar a mão de vocês pra sempre.

Os quatro médicos que disputavam o cargo saíram da sala sem questionar, maravilhados com a oportunidade que House lhes dava. Agora eles estariam sozinhos, finalmente. A responsabilidade foi enorme e a emoção foi grande.

Porém, um de seus médicos ficou com ele na sala, franzindo a testa para ele.

-Em que estava pensando ?

House parou de examinar o chão e olhou para Foreman.

-Acho que não te entendo. - respondeu ele, erguendo uma sobrancelha.

-Você acha que vou aceitar que você simplesmente deixou eles fazerem o que quiser? Você voltou todo diferente, tenho certeza que nem sabe o nome do paciente.

-E quando eu sei? - ele disse ironicamente.

Foreman cruzou os braços.

-Eu conheço você, sei o que estou dizendo.De qualquer forma, eu não me importo. Mas se o paciente morrer por deixar seus passarinhos cutucá-lo e colocar todo tipo de coisa em suas veias, não será minha culpa.

House endureceu o olhar e olhou para ele.

-Algo mais ?

Foreman suspirou, exausto.

-Como cada um aqui faz o que quiser, eu vou descer e fazer uma pergunta ao Wilson, caso não precise de mim.

House saiu de seu mundo assim que ouviu o nome do amigo e endireitou-se na cadeira, atento.

-Quem está morrendo agora?

Foreman olhou para ele com desdém por sua falta de insensibilidade e entregou-lhe o exame.

-É de um médico com quem trabalhei antes de vir para cá. Ele me pediu um favor.

House olhou para eles contra a luz e acenou com a cabeça após sua explicação.

-OK.

Foreman observou enquanto ele se levantava e caminhava em direção à porta com as provas.

-Onde você está indo?

House se virou e respondeu sarcasticamente:

-Vou mostrá-los ao Wilson. Você tem quatro passarinhos para controlar, então não me sinto culpado.

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Wilson tinha acabado de preencher a papelada quando House entrou em seu escritório.

Ela levantou a cabeça e olhou para ele brevemente, antes de continuar a juntar os papéis e colocá-los na pasta correspondente na gaveta da escrivaninha onde horas antes ele chorava por causa do amigo.

-O que está acontecendo? - Ele perguntou, olhando em seus olhos, determinado a não deixar o que havia acontecido o envergonhar.

House estremeceu ao descobrir isso,
Seu olhar não causou a mesma sensação de alguns meses atrás.

APENAS UM PASSOOnde histórias criam vida. Descubra agora