00' prólogo

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JADE FONSECA

Crescer em volta de homens, não é fácil, mas também, não é a pior coisa do mundo

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Crescer em volta de homens, não é fácil, mas também, não é a pior coisa do mundo.

Aos meus onze anos, eu fui mandada para a casa da minha tia, Andréia, que praticamente é minha mãe.

Foi ela que me ensinou tudo sobre a vida, e sobre ser mulher, e ainda me deu de presente um irmão, Breno, com certeza meu primo é a razão do meu viver.

Eu não me lembro direito como tudo aconteceu, eu só me lembro de me apaixonar pelo rap, de ver Brennuz crescer na cena cada vez mais, de fazer amigos incríveis, de assistir a evolução de todos que eu amo, de começar a colar em várias batalhas por semana, eu me lembro de amar a cultura desde sempre.

Eu também me lembro de ver meu primo em uma maca de hospital, perdendo a oportunidade da vida dele, não podendo realizar seu sonho, por conta de uma pneumonia.

Mas eu me lembro muito mais de ver ele se recuperar e voltar para as batalhas, dar a volta por cima e reconquistar seu espaço.

Agora, já com vinte e cinco anos na cara, estou cursando meu último ano na faculdade de psicologia, e ao mesmo tempo, faço alguns trabalhos como modelo, para manter meu apartamento e as contas pagas.

Mesmo assim, não perco uma oportunidade de ir assistir batalha, qualquer que seja, aonde seja, se eu ver alguém mandando um versado, estarei lá, é isso que manteve meu irmão de pé, e é o que me mantém também.

Eu não sei como, mas acabei fazendo uma amiga virtual, na época da quarentena, e até hoje somos amigas, Maria Luiza mora no Rio de Janeiro, infelizmente, ainda não tive as condições de viajar e visitar ela, mas cada dia que passa, eu sinto que nosso encontro se aproxima mais.

— Eai branquela, vai ficar chapando aí ou vai jogar com nois'? — esse é o Barreto, o que acabou de me tirar do meu transe, ele é um dos meus melhores amigos, esse cara tem uma energia surreal.

— Pode nem pensar mais! — reclamei, me sentando e pegando o controle do videogame.

— E desde quando você pensa, cabeçuda? — ah, esse é o Jotapê.

— Se fode Leonardo! — o mostrei o dedo, logo me concentrando no jogo de luta com Barreto.

— Chegamo'! — meu primo anunciou, entrando no apartamento de Jotapê juntamente com sua namorada, Nathalia.

— Nat! — larguei o controle e corri até a cacheada, a abraçando fortemente.

Desde que Nat e Breno começaram a sair, eu e ela viramos unha e carne, com certeza a garota é a minha melhor amiga.

— Oi Jadoca! — beijou minha bochecha, me apertando em seus braços.

— Caraio', a Jade é mó' talarica né? — Doprê aparece na sala, com um baseado na boca.

— Não posso mais abraçar minha namorada? — questionei, saindo dos braços de Nat.

— Ihhhh, tá chapano' fiota. — cruzou os braços, cheio de marra.

Eu sorri e caminhei até o de trancas vermelhas, o abraçando fortemente pelo pescoço.

Eu, Barreto e Jotapê éramos como três crianças encapetadas.

Eu e Breno juntos ou só alopramos, ou temos as conversas mais sérias do mundo.

E eu e Doprê? Caso complicado.

Deus, como eu queria a Malu aqui comigo, ela iria amar participar dessa rotina maluca.

notas finais;

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notas finais;

01 — vcs sabem né? ta pequeno pq é o prólogo.

02 — essa aqui promete, não esqueçam de passar na estória da luhqrd que está conectada com essa.

03 — se quer mais, não se esqueça de votar e comentar!

𝐌𝐈𝐃𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓 𝐑𝐀𝐈𝐍, guri mcOnde histórias criam vida. Descubra agora