𝐈𝐍𝐍𝐄𝐑𝐁𝐋𝐎𝐎𝐌 | paula t. & zé a.

𝗣𝗥𝗢𝗟𝗢𝗚𝗢

comeback de zerrare! após muito tempo me sinto pronta a voltar com essa e finalmente terminar da forma que ela merece, perdi o rumo e trazer novamente é um recomeço assustador.

desconsiderem toda cronologia, canon e as novelas em si, entrem num universo completamente alternativo e de uma junção inexplicável.

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      PAULA se encontrava exausta, impaciente e a um passo de cortar os pulsos na frente dos jornalistas pedindo um pouco de paz.

Não sentia aquela sensação desde quando se entregou por inteiro a empresa por conta da concorrência e o regresso da história que construiu, tudo se tornou o trabalho. Principalmente hoje.

Era o último dia de vida para Cosméticos Terrare, fechando por tempo indeterminado as portas, esperando que fossem abertas novamente. De preferência que fosse em menos de um ano, pois a mulher não sabia o que faria sem aquele lugar que acabava com sua sanidade.

Havia colocado em sua cabeça que fora um castigo da morte.

Mais uma vez decaiu em seus conceitos e parecia que as coisas caiam junto dos seus modos, era inacreditável.

Não aguentava mais toda aquela papelada, essa que não imaginou que veria novamente, só que pelo corte de funcionários elas se incluíram nos dias rotineiros da mulher. Muitas eram contas e dívidas, o que se tornava uma surpresa ver algum comprovante de compras e/ou patrocínios.

Quem ainda queria comprar algo com uma marca na cova?

Sua única cliente fiel – e corajosa – era Maria Marta, esta não largava de mão os cosméticos, independente de fake news ou fim de mundo.

Ainda sim, os rumores derrubavam a Marta, estragando a imagem que veio construindo a anos e não queria mais aquilo para si mesma. Por isso começou a comprar por codinomes ou anonimamente.

Paula a tratava como uma admiradora secreta.

Contudo, resgatando memórias, faziam meses – se não, anos – que a imperatriz não trocava algum assunto com ela, até aquele momento, pois sua caixa de mensagens no visor do carro apitou indicando um novo e-mail e o remetente carregava seu nome.

Bom dia, Paula Terrare,
Nós da Império lhe convocamos para uma reunião de última hora, se não estiver claro isso indica que a queremos hoje mesmo aqui, para conversarmos sobre os boatos relacionados a Cosméticos Terrare. Podemos ter informações dos culpados e seria muito importante vir trocar umas palavras com José Alfredo.
Contamos com sua presença, grata!
Maria Marta.

Deu um tempo a si mesma para formular se responderia aceitando ou apenas voltaria ao monótono e estressante dia de sua insignificante vida nova.

Sabia que se fosse a esquerda voltaria a pauta, mas a direita faria um passado invadir o caos que se encontrava.
Não se imaginava voltando a Império tão cedo, nem tão tarde. Não se via lá de nenhuma forma.

Evitava qualquer contato com pessoas que queriam fazer algum tipo de parceria com você. Carmem e José foram suas exceções. Conviveu momentos interessantes em épocas diferentes com cada um deles.

Mas, ainda sim, não voltaria a nada disso.

Até sentir seu braço pesando e virando o volante para direita, se dando por vencida ao caminho que seu carro ainda conhecia bem.

Doin' Time começava no rádio, trazendo uma dimensão de calmaria para sua cabeça barulhenta, pois a voz aveludada da Lana Del Rey fazia sua visão focar nos prédios idênticos até a entrada da garagem da empresa.