Capítulo 5 - Outra fogueira

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Palavras: 2795

Uma multidão de pessoas gritando: "Por favor, por favor!". uma imensa bagunça. Estava escuro, haviam guardas com crianças no colo, crianças que eles haviam recebido dos pais delas. Eu estava no colo da minha mãe, ela era a única que se recusava a entregar seus filhos, no caso, filha. Um guarda chega e me arranca do colo dela.

Alguns segundos depois estou em uma helicóptero, com outras crianças, havia uma mulher adulta lá, ruiva, além dos guardas. Ela olha para mim e diz:

- Ele vai ficar feliz por termos encontrado você.   

O guarda me coloca em um dos acentos, prende meu sinto e vai até o piloto. Olho em volta. Pela abertura do helicóptero, vi outros levantando voo, longe. Naquele helicóptero haviam três outras crianças. Uma menina, e dois meninos. Pareciam ter uns 5 ano, menos a menina, ela tinha uns 4. eu devia ter essa idade também.

A menina estava dormindo no banco. Um dos meninos, o loiro, estava tentando se soltar e o outro, que estava do lado da mulher ruiva, eu conhecia ele, era meu amigo. Ele me viu e gritou:

- Hazel, o que está acontecendo?

-Eu não sei Thomas, eu não sei! - Eu respondi, tão perdida quanto ele.

O cenário muda.

De repente estou mais velha. Thomas está parado em minha frente, segurando alguns tubos de ensaios. Há um vidro nos separando.

- Thomas, o que está fazendo?

- Não se preocupe, só estou analisando umas amostras. 

- E por que está fazendo isso aqui? As amostras são minhas, não são?

- Só, por favor, não deixe eles mais irritados. Acho que qualquer coisa que você falar que os irrite, vai fazer eles te mandarem para lá. Depois do que você fez.

- É claro que vão me mandar pra lá, ou é isso ou eles me matam. Não tem muito o que fazer, não vou trabalhar para eles e sei demais sobre o C.R.U.E.L.


Meu olhos começam a abrir lentamente. Começo a tomar consciência de que estou acordada. Nunca tinha visto aquela parte do sonho. Esquece isso Hazel, é só um sonho. Tenho que ir trabalhar.

O sol já havia nascido. Estava claro e não havia nenhuma nuvem no céu. Passei na cozinha para pegar uma banana de café da manhã e, enquanto comia, a caminho da enfermaria, lembrei do dia de ontem.

Hoje não era um dia qualquer, não, não era. Hoje era o dia seguinte a ontem. E ontem, ontem eu beijei Newt. Ontem ele me beijou. Mais de uma vez. E tudo o que eu consigo pensar agora é em beija-lo de novo, mas eu não posso, não agora. Agora eu tenho que ir para a enfermaria e arrumar tudo lá.

Fui até meu trabalho e percebi que não havia gelo, quando Clint apareceu avisei a ele que eu estava indo pegar um pouco e deixei ele cuidando das coisas.

Chegando na floresta eu percebi algo que não tinha percebido antes. Como ela era bonita, não no sentido de aparência, mas no cheiro, no barulho. Era possível ouvir os pássaros cantando do topo das árvores. A água correndo no riacho. O cheiro da floresta.

De repente sinto um olhar sobre mim. Saio de meu transe e olho para trás. Newt estava encostado em uma árvore olhando fixamente para mim.

- Há quanto tempo está me observando? - Pergunto, curiosa.

- Todo o tempo que você ficou parada, olhando para o nada. Então, acho que uns sete minutos.

Com essa fala ele conseguiu arrancar um sorriso de mim. 7 minutos? Isso é bastante tempo.

Surviving - Maze RunnerOnde histórias criam vida. Descubra agora