𝐃𝐚𝐞𝐫𝐲𝐨𝐧 𝐕𝐞𝐥𝐚𝐫𝐲𝐨𝐧 primeiro filho de Rhaenyra Targaryen.
O príncipe Daeryon possui uma natureza única, desde a infância, ele e 𝐀𝐞𝐦𝐨𝐧𝐝 são inseparáveis, compartilhando rivalidade, aventuras e segredos.
No entanto, à medida que cres...
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Daeryon sentia o peso de cada passo enquanto caminhava pelo corredor iluminado por tochas tremeluzentes. O nariz latejava com uma dor intensa, o gosto metálico do sangue ainda presente na boca.
O ar parecia denso, carregado pelo eco dos murmúrios abafados e das passadas lentas. Os tapetes ricos, bordados com os emblemas de dragões, amorteciam o som de seus pés, mas não o alívio da dor que pulsava a cada movimento.
Quando finalmente alcançou a porta de seus aposentos, Daeryon percebeu a figura imponente de Criston Cole, que estava em vigília. Os olhos de Criston se estreitaram ao ver o estado do jovem príncipe. Sem dizer uma palavra, ele deu um passo à frente, a preocupação estampada em cada linha de seu rosto endurecido pelo tempo e pelas batalhas.
- Príncipe, o que aconteceu? - perguntou Criston, a voz grave carregada de um tom paternal que ele raramente deixava transparecer.
Daeryon levantou o olhar, a raiva e a dor misturadas em seus olhos azuis. - Aemond... - murmurou ele, sua voz vacilante. - Tivemos uma desavença.
Criston se aproximou ainda mais, examinando o ferimento de Daeryon com um olhar clínico, embora seu coração estivesse apertado pela visão de príncipe. Apesar da relação distante e conturbada, Criston nunca deixara de se preocupar com o jovem príncipe.
- Vamos, deixe-me ajudar. - disse Criston, sua mão firme, mas gentil, pousando no ombro de Daeryon. - Precisamos chamar o Meistre para cuidar disso.
Daeryon hesitou por um momento, ele sabia que Criston e ele nunca teriam sido muito próximos mas a gentileza dele parecia levemente genuína, dava para ver a teimosia característica dos Targaryen brilhando em seus olhos. Mas a dor era excruciante, e ele sabia que precisava de cuidados. Com um suspiro resignado, ele assentiu.
Criston abriu a porta do quarto de Daeryon e o ajudou a entrar, guiando-o até a cadeira mais próxima. - Sente-se, vou buscar o Meistre. - disse ele, mas antes de sair, olhou para Daeryon com uma expressão que misturava preocupação e uma emoção mais profunda, quase paternal. - Vai ficar tudo bem.
Enquanto esperava, Daeryon fechou os olhos por um momento, sentindo a dor pulsar em seu nariz e cabeça. O confronto com Aemond ressoava em sua mente, as palavras amargas e os golpes trocados. Quando finalmente abriu os olhos, Criston já retornava com o Meistre a reboque, a expressão de alívio e determinação visível em seu semblante.
O Meistre rapidamente começou a tratar o ferimento de Daeryon, aplicando ervas para estancar o sangue e um unguento para aliviar a dor. Criston permaneceu ao lado do jovem príncipe, observando cada movimento com atenção, seu coração pesado com uma preocupação silenciosa.
Quando o tratamento terminou, o Meistre fez uma reverência e se retirou, deixando Daeryon e Criston a sós. Criston se aproximou novamente, sua voz baixa e séria.
- Você cresceu.. esta um homem agora. - disse ele, suas palavras carregadas de um sentimento que Daeryon ainda não podia compreender totalmente. - Não se preocupe, seu nariz melhorará rapidamente.
