Capítulo 1

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Nota da autora:

OLÁ MEU POVOOOO ✨
Para quem não me conhece, sou a Triz e amo criar fanfics e ler livros🥰 além de postar/ ver TikTok sobre os dois

Espero que você goste dessa minha nova fanfic, por favor comente sempre que eu amo ler os comentários da reação de vocês durante os acontecimentos!!!

PARA QUEM JÁ É DE CASA, VOCÊS PEDIRAM TANTO QUE EU VOLTEI!!!!
aaaaaaaaaaaaaaaa, me digam que vocês não me abandonaram 🥹

Preciso muito de alguém pra me ajudar a fazer uma capa legal pra essa história, eu perdi o contato da menina que fez as minhas outras kkkkkkkkk

É isso! Por favor espero que vcs gostem, comentem e me ajudem a construir uma nova história 🩷

| Kenma Kozume
Eu conheci Tetsuro Kuroo quando éramos crianças, muito antes de toda essa confusão acontecer. E apesar de toda a dor, sofrimento e literalmente começar uma guerra com Bokuto para resgatá-lo de Kei Tsukishima, eu não mudaria nada do que aconteceu.

Essa é a nossa história, e eu quero deixar registrado como ele conseguiu se tornar a pessoa pela qual eu me apaixonei perdidamente a ponto de sacrificar tudo para salvá-lo.

Já adianto que eu não fui muito sensível no começo, nunca soube lidar bem com pessoas e talvez tenha sido babaca com Kuroo algumas vezes quando ele confessou seus sentimentos por mim.

Tudo começou no jardim de infância, quando um pirralho de cabelos pretos espetados começou a frequentar a mesma escola que eu. Devíamos ter 6 ou 7 anos na época. Eu não tinha amigos, odiava metade das pessoas naquele lugar e apenas observava tudo e todos ao meu redor.

Lembro-me de reparar no meu futuro marido desde o seu primeiro dia, mas nessa época eu não pensava em garotos, ou garotas, ou em qualquer coisa que não fosse meu videogame e ficar acordado de madrugada. Eu só pensava no que aquele garoto tinha, como ele conseguia estar sempre fazendo piadas e conversando com todo mundo. Kuroo era uma incógnita para mim, desde sua altura acima da média até como todos gostavam de ficar perto dele. Parecia fácil, como se ele nem precisasse se esforçar e todos fariam de tudo para agradá-lo.

Lembro-me da sua risada.

Sua risada era bem idiota, o que me fez pensar que ele parecia mesmo legal.

Um dia, eu estava no parque, em uma tentativa da minha mãe de me incentivar a brincar com outras crianças, quando algo que mudou nossas vidas aconteceu: nossas mães se conheceram e se adoraram no mesmo instante, forçando nossa aproximação instantânea.

Encarei a pessoa que eu costumava só observar de longe, reparando que seu cabelo era bem espetado para uma criança.

Ele usava gel?

-Você é o Kenma, né? - Ele perguntou colocando as mãos no bolso. - Somos da mesma sala, sabia?

Concordei com a cabeça.

-Eu sou Kuroo. - Ele continuou falando de forma tranquila. - Eu sento...

-Eu sei quem você é. - Disse como se fosse óbvio, porque era.

-Vamos ser amigos então. - Kuroo ignorou minha grosseria e sorriu empolgado.

-Você já tem muitos amigos.

Algo brilhou confuso entre seus olhos, suas sobrancelhas se juntaram pensativas enquanto ele me analisava.

-Mas quero ser seu amigo. - Ele respondeu.

Franzi as sobrancelhas também, não acostumado com a simplicidade das coisas, e apenas fiquei quieto. Observei ele estreitar os olhos e olhar em volta, analisando o ambiente.

-O que você gosta de brincar? - Ele me questionou.

Olhei para o parquinho com tédio, quase esboçando uma feição de cansaço só de pensar em sair correndo por aí igual um maluco, como todos estavam fazendo. Pensei nas coisas que gostava de fazer, mas quase nada me veio à mente.

-Jogar pedrinhas? - Falei receoso, pensando se ele iria gostar também.

-Que legal! - Ele se iluminou e pegou minha mão enquanto me puxava até o outro lado. - Vamos ver quem joga mais longe? Ou você prefere treinar pontaria?

Observei sua mão me guiando, com o pressentimento de que as coisas seriam assim dali para frente, que eu não conseguiria me livrar daquele garoto tão fácil.

E assim foi por longos anos, fomos crescendo juntos, e com o tempo me acostumei a tê-lo sempre por perto. Kuroo aparecia sem avisar na minha casa, tentando me convencer a brincar lá fora e ficar menos tempo jogando dentro do quarto. Nos dias que ele não conseguia, não parecia se importar de ficar me observando jogar durante horas.

Até na escola, onde ele tinha várias pessoas sempre ao seu redor, ele continuava me seguindo e fazendo questão de me incluir em tudo que fazia. Inclusive, não me pergunte como, ele me convenceu a jogar vôlei depois da aula. O que era um saco, além de cansativo, tinha sempre muita gente por perto.

Mas até que não era tão ruim quando jogávamos só nós dois depois que a quadra fechava.

-Kenma, você fez o trabalho de matemática? - Sua voz surgiu do outro lado do meu quarto, me obrigando a afastar os fones de ouvido e respondê-lo apenas com uma careta.

-Sei que você tira 10 nas provas, mas não adianta muito se fica com zero nos trabalhos. - Ele seguiu seu sermão, enquanto tirava os cadernos da mochila. - Você está ferrado no Ensino Médio.

-Depois eu faço. - Resmunguei voltando a atenção para o meu jogo.

-Você ainda está jogando esse negócio? - Kuroo revirou os olhos, se sentando do meu lado para ver a tela da televisão. - Quantas fases tem isso?

-50 -Disse com os olhos na tela. - Faltam 35.

-Entendi, parece difícil. - Ele disse sincero, analisando a partida por um tempo. - Sabe... O técnico viu a gente jogando na aula hoje, e disse que temos chance de sermos titulares em breve.

-Titulares participam de mais partidas, Kuroo. - Resmunguei já sabendo onde ele queria chegar.

-Eu sei, iríamos finalmente poder jogar contra as outras escolas! - O moreno se empolgou, fazendo a cama se remexer, atrapalhando meu jogo. - Imagina só? Ouvi dizer que o levantador estressadinho do Kitagawa Daiichi foi para o Karasuno esse ano! Podíamos finalmente ter um rival.

-Você já me arrasta para aquela quadra 3 vezes por semana. - Rangi os dentes, desistindo de vez do meu jogo. - Nem morto que vou participar de mais jogos.

-Me recuso a jogar sem você, sabe disso, né?

Encarei Kuroo com tédio, enquanto suas íris escuras brilhavam desafiadoras.

-É um desperdício do seu talento, você será capitão esse ano. - Taquei uma almofada na sua carinha convencida, tentando me livrar daquela conversa e voltar pro meu jogo.

-Você que vive desperdiçando seus talentos, Kenma Kozume. - Ele segurou a mesma no ar, me ameaçando jogar de volta. - Você é incrível com computadores, mas passa o dia jogando no seu trequinho. É um dos melhores do nosso time, mas odeia treinar e participar dos amistosos. - Ele me encarou. - Seu levantamento é essencial pra nossa vitória, sabe disso não sabe?

Bufei irritado, odiando sua insistência no assunto.

-Eu vou pensar, tá legal? - disse entredentes.

Before A War For YouOnde histórias criam vida. Descubra agora