demorou mas chegou
Amaya:
Posso sentir uma tempestade em minha mente, como se meu cérebro estivesse sendo repartido em pedacinhos e tentando se montar novamente como um quebra cabeça. Meus olhos estão pesados, tenho dificuldade de mantê-los abertos, mas luto contra isso. Sinto a sola do meu pé gelar quase que instantaneamente, só então noto que estou descalça, andando em um piso brilhante que congelava minha pele.
Então começo a examinar o meu redor. Percebo que estou em um salão gigante, com grandes castiçais vermelhos, paredes carmesim, chão brilhante que congelava meus pés descalços, paredes de mármore pintadas de cor de sangue, uma mesa enorme colocada no centro do local, ao lado de um espelho de brilhar gigantesco. Um grande salão escarlate, sem janelas e sem portas.
Um aperto se instala em meu peito, que parece tão vazio. Me sinto agoniada. Na verdade, não sei dizer o que sinto, e por isso estou agoniada. Um misto de sensações que não sei explicar, não sei o que estava fazendo ali – não sei como fui parar ali – sinto-me vigiada, como se olhos invisíveis estivessem tomando conta de mim, mantendo-me observada. Ainda sinto como se meu cérebro estivesse sendo repartido em pedacinhos e o piso brilhante que congelava minha pele cada vez mais.
Dou um passo involuntário para frente. Parecia que algo controlava meus pés, um imã me puxava em direção a um lugar.
Outro passo, e outro.
O piso brilhante congelava minha pele.
Meu cérebro sendo repartido em pedacinhos.
Mais um passo.
O piso.
Meu cérebro.
Mais um passo. E então eu dou de cara com um grande espelho. Estava mais para um retrato, eu via uma mulher muito parecida comigo, mas não idêntica. Cabelos escuros volumosos, compridos e cacheados, algumas tranças espalhadas por ele. Pele branca, igual a minha, olhos castanhos, como os meus, sobrancelhas grossas, como as minhas. Mas não era eu.
Parecia, mas não era.
Minha cabeça começa a doer mais, a mulher me observava como se me conhecesse. Eu sentia conforto ao vê-la, ela não me passava medo ou desconfiança. Mas estar próxima dela me dava frio, e dor de cabeça.
Fico esperando ela me falar algo, se passam minutos, as vezes minha boca abre, mas não sai nada. Não sei o que dizer, não sei se deveria perguntar algo. Parecendo estar lendo meus pensamentos, ela finalmente fala.
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- 𝗦𝗖𝗔𝗥𝗟𝗘𝗧 𝗕𝗥𝗜𝗗𝗘 Portgas D. Ace
Fanfictionㅤ࣪໑ 𝙤𝙣𝘥𝘦 uma noiva em fuga invade o barco de ace, o comandante da segunda divisão do barba branca. ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ - não linear com os arco𝙨 do mangá - a𝘱𝘦𝘯𝘢𝘴 amaya e alguns outros personagens são de minha autoria, t͟o͟d͟o͟s...