Special Squad - Jikook (livro 3)

Prólogo

Há alguns meses...

JungKook

— Vamos, pessoal!! Hora de sair daqui! — Ouvi Yoongi falar conforme descia do segundo andar do banco.

Tinha acabado de acertar em cheio o tal David, o infeliz que mantinha várias pessoas reféns e que infelizmente encheu o Delegado Kim Seokjin de bombas.

Passei ao lado dele e de Namjoon, que já estava ajoelhado entre suas pernas começando seu trabalho tão difícil.

O delegado parecia desmaiado e Namjoon nem olhava para os lados, estava bastante concentrado.

Yoongi e Taehyung já conduziam pessoas para fora do banco e fui ajudar, vendo os homens se levantando mais rápido e alguns até ajudando as mulheres.

Algumas estavam muito assustadas.

Uma delas, uma senhora, que Taehyung ajudava a andar, tremia muito e me olhou quando passei perto.

— Salve aquele menino, por favor. — Olhei para o canto onde ela apontava e o vi encolhido, com a cabeça enterrada sobre os joelhos que ele abraçava.

O rapaz estava de uniforme, pela sua vestimenta, e custou a me olhar conforme o chamei.

— Ei, precisamos sair daqui. Eu vou te ajudar, confie em mim. — Arranquei os óculos que usava, mas continuei de capacete e balaclava.

O rapaz me encarou, parecia em estado de choque e assim eu constatei que ele só sairia carregado, não conseguiria andar, era nítido.

Olhei em volta e Yoongi levava a última leva de pessoas e retornou, parando ao lado de Namjoon.

— Preciso te tirar rápido daqui, vou ter que te carregar. Confie em mim. — Ele apenas balançou a cabeça concordando.

Quando toquei seu corpo, senti o quanto tremia, mal conseguia manter as mãos paradas.

Como era pequeno e magro, foi muito tranquilo carregá-lo.

Passei rápido com ele por Namjoon, que continuava concentrado, e por Yoongi arrastando Taehyung, que queria ir até o irmão.

— Viu, fica calmo. Estamos na rua já. 

Ο rapaz encarou meus olhos e o medo estampado em seu olhar apertou meu coração.

Odiava essa covardia de bandidos fazerem reféns pessoas que nada tinham a ver com o assunto, mas que eles usavam como bem entendiam.

Muitos ficavam traumatizados para o resto da vida.

— Último civil refém, policial?

— Sim, ele é o último.

O socorrista tentou pegá-lo dos meus braços, mas tive meu pescoço contornado com força.

— Ei, calma. Pode confiar nele. Todos estão aqui para ajudar.

Só depois de dizer isso que pude colocá-lo na maca e mesmo assim ele ficou me olhando até estar dentro da ambulância e as portas serem fechadas.

O carro saiu rápido e vi a área sendo evacuada às pressas.

Yoongi e Taehyung vieram correndo e corri junto com eles, sabendo bem que era a medida de segurança que com certeza foi Namjoon que pediu.

Já a uma distância segura, vimos a bomba detonar e sempre ficava impactado com o poder de destruição dessas coisas.

Só pensava em Namjoon e o delegado lá dentro quando vi parte da lateral do banco vir a baixo.

Olhei para um Taehyung desesperado pelo irmão e pedi a Deus que ambos estivessem vivos e bem.

Depois que toda poeira baixou um pouco, era a hora de irmos em busca deles, essa era sempre a parte mais difícil, o coração sempre ficava na mão.

E foi Taehyung, em cima de um escombro, que gritou pelo irmão e o ouviu.

Ele olhou para nós, sorrindo, e chamou os bombeiros.

Respirei fundo aliviado, só queria ver os dois bem e fora dali.

Essa era a vida que escolhi pra mim, tinha orgulho dela, mas muitas vezes ela me deixava com o coração apertado.

Nessa hora, em meus pensamentos, o rapaz que coloquei na ambulância voltou em minhas lembranças e torcia também, de coração, que ele se recuperasse do trauma e vivesse bem a sua vida.

Quando Namjoon e Seokjin foram retirados com vida, eu sorri e corri para estar com meus amigos, era hora de cuidar dos últimos feridos, um perito em bombas muito foda e um Delegado de bom coração, que quase deu sua vida em prol de outras pessoas.

— Sim, Sargento. Esquadrão Themis em retirada, estamos todos indo para o hospital com Namjoon e o Delegado. — Yoongi terminou de falar com nosso superior e bateu em meu ombro conforme subíamos em nossa SUV.

— Todos os reféns já estão em atendimento? — perguntei a Yoongi. 

— Sim, o Sargento está acompanhando tudo com a outra equipe. Todos estão encaminhados no hospital do centro.

— Perfeito.

Observei a ambulância sair rápido com Namjoon e Seokjin e fomos atrás, deixando que a Polícia Civil agora terminasse todo o serviço na área.

Um outro Delegado já estava no lugar de Seokjin e coordenava tudo.

No fim, tudo tinha dado certo, graças a Deus.