"Stay on the ground until your knees hurt
No more praying, baby, I'ma be your preacher
And I'll keep leading you on."
- Church, Chase Atlantic.
As diferenças do mundo eram claras. Enquanto Jay lutava para sobreviver sendo...
Sejam bem vindos a mais um capítulo e espero muito que gostem!
Beijo no coração de todos! 💚
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Jay Wester pov.
Os domingos, eram os únicos dias da semana, em que eu me ocupava em apenas ser a irmã mais velha de Jasper em tempo integral.
- Ele disse que minha bunda era grande demais. — murmurou Maria enquanto fazia uma pilha de ovos que ela tinha recolhido da casa de sua mãe na manhã passada.
- Acho que ele não quis dizer isso. — comentei separando o pequeno prato de Jasper, que assistia vidrado, um filme de um robô gigante lutador.
Eu não deveria deixá-lo ver esse tipo de coisa, mas ele era um bom garoto, e era muito fofo quando ficava concentrado.
- Nós namoramos há dois anos, ele não devia reclamar disso, ele deveria estar me dando um anel de casamento. — bufou ela, me fazendo rir. – Não ria, eu ainda estou chateada com você.
- Não tenho tempo para sair com seu primo, Maria. — sussurrei sem graça. – Desculpe.
- Ele é médico, cuidaria de você e de Jasper. — sussurrou de volta. – Você precisa sair e namorar de vez em quando, Jay.
- Ninguém quer namorar uma "mãe solteira" que trabalha de segunda a sábado em tempo integral. — sorri levando um prato para Jasper, dando um beijo em seus cabelos escuros.
- Marcos namoraria. — Maria deu de ombros. – Já posso imaginar lindos bebês latinos de olhos verdes correndo por aí.
- Poderia imaginar uma bolsa de estudos para Jasper na faculdade também ? — zombei e ela riu.
- E como foi a inscrição esse ano ?
- Não consegui fazer. — encolhi meus ombros. – Eu não tinha dinheiro pra inscrição e nem tinha roupas para a entrevista.
- Você poderia ter me pedido, nós daríamos um jeito, Jay. — ela parecia chateada. – Você tem vinte anos, Jay, sua vida não pode terminar como camareira e garçonete. — bufou. – Você é genial, olha o tanto de bugigangas que você conserta todos os dias! — apontou para a caixa de eletrodomésticos que eu arrumava para meus vizinhos por alguns trocados. – A faculdade de engenharia é simplesmente pra você.
- A faculdade de engenharia é pra quem pode pagar, May. — sorri sem mostrar os dentes. – Eu preciso sustentar Jasper e pagar o aluguel. — apontei para a pilha de cartas sobre a mesa. – Obrigada por me ajudar, sei que você também está cansada do hospital.
