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《Vegas Pov》


Faz alguns dias que Pete e eu não temos conversas longas, nos limitando a um simples oi. Esse silêncio está começando a me afetar, provocando meu mau humor diário. Entendo que meu namorado é ocupado, com suas responsabilidades em Bangkok, enquanto eu estou em Los Angeles, lidando com a diferença de horários. Apesar disso, a falta de atenção e carinho me deixa sentindo isolado e esquecido. Sinto que nossa conexão está se perdendo, e isso me angustia profundamente.

Além de querer ele por perto, sentindo seu abraço e compartilhando nosso carinho, ainda preciso lidar com a sua ausência virtual. Cada mensagem não respondida e cada chamada perdida aumentam a sensação de solidão que já sinto pela distância física.

Essa situação me deixava triste, angustiado, ansioso e desanimado. Sentia um aperto sufocante em meu peito, como se todo o sangue do meu corpo subisse para os meus olhos, transformando-se em longas e doloridas lágrimas. Era uma dor que me consumia por dentro, deixando-me à beira do desespero. 

Cocei meus olhos enquanto me sentava na cama após um longo cochilo da tarde, ainda sentindo o peso da saudade em meu coração. Mais cedo, Agustín havia me convidado para um jogo de futebol, uma atividade que eu normalmente adoraria. No entanto, a tristeza que me envolvia tornou impossível aceitar seu convite.

Ouvi o som da campainha preenchendo meus apartamento, resultando-me um resmungo de preguiça e sem animação algum de socializar com quem lá seja. Encostei meus pés no chão e caminhei em direção a minha porta, abrindo-a e indo até a sala. Suspirei antes de abri-la. 

Senti meu coração bater forte contra o peito ao ver a pequena silhueta à minha frente. Seu largo sorriso de covinhas e os olhos que se fechavam em formato de meia lua pareciam um sonho. Minhas mãos coçaram meus olhos, como se precisassem confirmar que não era uma miragem. Pete, meu namorado, estava ali, bem na minha frente.

Pete riu ao perceber meu choque, dando um passo à frente para me envolver em um abraço apertado. O calor de seu corpo contra o meu era um alívio, dissipando a solidão e a tristeza. Segurei-o com força, sentindo cada músculo relaxar à medida que sua presença preenchia o vazio em meu coração.

‐ Surpresa. – Ele murmurou contra meu cabelo, e pude ouvir o sorriso em sua voz.

‐ Como... como você conseguiu vir? – Eu finalmente consegui perguntar, ainda incrédulo.

Pete se afastou ligeiramente, o suficiente para olhar em meus olhos. 

‐ Consegui um tempo livre e sabia que precisava te ver. Não podia mais suportar a ideia de me sentir assim, tão distante de você. 

Suas palavras trouxeram um nó à minha garganta, e mais uma vez, senti as lágrimas ameaçando cair. Mas dessa vez, eram lágrimas de alívio, de felicidade. Eu o puxei para dentro, fechando a porta atrás de nós, e não pude evitar um sorriso.

‐ Eu senti tanto a sua falta. – Confessei, minha voz tremendo. – Senti como se estivesse perdendo você.

Pete acariciou meu rosto, seus polegares limpando uma lágrima solitária que escapou. 

‐ Eu também senti sua falta, muita falta.

Sentamos no sofá, nossos corpos ainda colados, como se nenhum de nós quisesse perder um segundo da presença do outro. Começamos a conversar, a colocar em dia todos os momentos que havíamos perdido. 

‐ Eu não teria conseguido sem a ajuda do Agustín. – Pete revelou, sorrindo. – Ele me ajudou a organizar tudo e me trouxe até aqui. Trabalhei muito nesses meses na DIP, fazendo vídeos, danças, tudo o que podia para garantir essas duas semanas com você. Estava morrendo de saudades.

Via Bluetooth - VEGASPETEOnde histórias criam vida. Descubra agora