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《Pete Pov》

Eu estava encostado na porta do quarto, com os braços cruzados e um beicinho estampado no rosto. Observei em silêncio enquanto Vegas dobrava roupas e organizava tudo cuidadosamente na mala. 

A luz suave do fim de tarde entrava pela janela, iluminando seus cabelos e destacando seu perfil concentrado. Eu queria dizer algo, qualquer coisa que o fizesse parar e reconsiderar, mas as palavras não vinham. O que dizer quando tudo o que eu queria era que ele ficasse? Eu sabia que aquela noite ele pegaria um avião de volta para Los Angeles, deixando um vazio insuportável no meu peito.

Vegas levantou o olhar por um momento e nossos olhos se encontraram. Ele me deu um sorriso breve, tentando, talvez, aliviar a tensão, mas só conseguiu fazer meu beicinho se aprofundar ainda mais. 

Passamos o dia inteiro transando, como se quiséssemos compensar o tempo que passaríamos separados. Nossos corpos se conheceram novamente em cada toque, cada beijo, cada suspiro. Agora, meu coração estava apertado ao vê-lo se preparar para ir embora. 

‐ Você está bem? – Ele perguntou.

‐ Não. 

Vegas fechou a mala e se aproximou de mim. Sentou-se na beirada da cama e passou os dedos pelo meu cabelo, um gesto de carinho que quase me fez desmoronar. 

‐ Eu volto logo, my love. – Ele disse suavemente, mas as palavras pareciam insuficientes diante da dor que eu sentia.

Eu segurei sua mão, puxando-o para mais perto, querendo prolongar aquele momento. 

‐ Vou sentir sua falta. – Murmurei, minha voz rouca. 

Vegas se inclinou e me beijou, um beijo lento e profundo. Quando ele se afastou, seus olhos estavam brilhando com a mesma saudade antecipada que eu sentia. 

‐ My love, você vai ficar bem, huh? – Ele sussurrou, beijando minha bochecha. – Vamos conversar todos os dias, fazer ligações. Não se preocupe, tentarei arranjar mais dias para visitá-lo.

‐ Não quero que você vá. – Murmurei, abraçando-o e roçando meu nariz em seu pescoço, sentindo o cheiro do meu sabonete de bebê.

‐ Amor, eu também não quero ir, mas tenho faculdade. Você também tem a sua faculdade e ainda tem os vídeos da DIP para gravar.

‐ Odeio morar longe de você.

Vegas suspirou, apertando-me contra seu corpo por um momento mais longo. Eu podia sentir seu coração batendo contra o meu, em um ritmo que parecia sincronizado com a tristeza que nos envolvia.

‐ Eu sei, amor. Também odeio isso. Mas vamos conseguir, juntos. Somos fortes. – Disse ele, acariciando meu cabelo.

Eu me afastei um pouco, apenas o suficiente para olhar em seus olhos. 

‐ Eu vou te esperar, Vegas. Cada dia, cada segundo. Vou contar os dias até você voltar.

Ele sorriu, um sorriso triste, mas genuíno.

‐ E eu vou contar cada minuto até estar de volta nos seus braços.

Vegas se inclinou para me beijar novamente, e naquele momento, o tempo parecia parar. Foi um beijo cheio de promessas, de esperança, de amor.

A campainha tocou, e eu fui atender. Porsche, que já morava comigo, estava ao meu lado. Quando abri a porta, fui recebido por uma onda de calor e energia. Kinn, Time, Tay, Off, Gun, Arm, Pol e Macau, o irmão de Vegas, estavam todos lá, com sorrisos e abraços prontos.

‐ Ei, Pete! – Exclamou Kinn, puxando-me para um abraço apertado. – Sabemos que esses momentos são difíceis, mas estamos aqui para animar você.

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