•Capitulo 02•

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Wally Dormiu novamente após aquele sonho estranho que teve. Com muita dificuldade é claro.

Uma coisa que ele nunca contou para Ninguém da vila, nem mesmo seu melhor amigo, é de que ele ainda não havia superado tudo que aconteceu. E ele teme que esses sonhos e a falta de sono sejam um sinal de algo pior.

Foi um cochilo rápido antes que Wally acordasse de novo, mas o que ele viu foi coisas inimagináveis, e outras inacreditáveis.

Ele havia secado seu suor, mas uma leve enxaqueca fez com que ele deitasse novamente. Aos poucos ele foi adormecendo. Quando adormecido, ele sentiu uma brisa fria novamente.

Wally imediatamente abre seus olhos e vê de novo a paisagem silênciosa do lago. Ele se lembrou de seu sonho recente e foge o mais longe possível daquele lago.

Ele correu pelo mato alto em direção a vila. Quando ele chegou ficou surpreso e assustado por ver tudo diferente. O ambiente estava neutro e sem cor.

Wally perdeu o fôlego ao ver as casas da antiga vila, da qual morava ele e seu irmão. Sua antiga casa, a Home, estava no centro, e não estava abandonada. A casa de seus amigos também estavam lá, só que todas estavam em preto e branco.

Foi como se ele tivesse voltado no tempo, e estivesse vendo uma mistura do presente com o passado, onde não há um futuro definido.

De repente o chão começou a tremer. Wally se apoia em uma árvore e se esconde atrás dela. Um som de explosão pôde ser escutado, o que assustou o pobre rapaz amarelo.

Ele viu sua antiga casa se contorcer e se transforma em uma criatura grotesca e aterrorizante. Um brilho verde iluminou o ambiente, enquanto ela soltava um grito medonho e ensurdecedor.

As pessoas começaram a sair de suas casas assustadas com os barulhos. Elas ficaram apavoradas com aquele monstro.
Elas tentaram fugir, mas o poder da casa era muito forte, e puxou as pessoas para dentro dela, as devorando.

Wally não pode deixar de ficar horrorizado consigo mesmo. Saber que aquilo foi culpa dele o atormenta. Depois que a casa matou todos os moradores, ela destruiu todas as outras moradias,  apagando todos os rastros de que havia civilização naquela área.

Depois disso a casa voltou a sua posição original. O Wally do passado saiu de dentro da casa completamente desnorteado.

— O quê... O quê você fez? — Ele murmurava.

O Wally do presente sentiu seu coração apertar e algumas lágrimas salpicar seus olhos.

— O QUE VOCÊ FEZ? POR QUE FEZ ISSO?? EU SÓ QUERIA MEU IRMÃO DE VOLTA. — O Wally do passado gritou, lamentando a perda do irmão e das pessoas.

O Wally do presente se entristeceu ao reviver aquilo mais uma vez. Ele começou a se afastar lentamente.

— Desculpe te fazer passar por isso de novo. — Uma voz calma e famíliar disse logo atrás de Wally.

Aquilo mandou arrepios pelas costas de Wally. Quando ele se virou viu seu irmão falecido. Ou melhor, a sua alma, por causa de seu corpo meio transparente.

— Walter? O que tá acontecendo comigo?
E por quê você tá aqui? Por quê eu estou aqui?

— Eu vou explicar, mas preciso que se acalme. — Walter diz com sua voz aveludada.

— Eu estou calmo. Ultimamente não estou conseguindo dormir bem. Foi você? Você é o responsável?

— Me perdoe por ser tão enigmático, mas foi sim. Você e seus amigos correm um sério perigo. — Walter diz.

— Mas do que está falando? Você está livre e a casa já era. O que mais pode acontecer?

— Você tem que deixar as memórias saírem Wally. Está na hora de voltar ao lar.

— O que quer dizer... Argh!— Wally não terminou de falar com ele pois uma dor de cabeça veio de repente.

Wally abriu os olhos enquanto gemia de dor por causa da dor de cabeça repentina. Ele percebeu o terreno diferente abaixo de seus pés.

— Chegamos Wally. Seja bem vindo ao lar. — Diz Walter.

Wally olha ao lado para ver a assustadora mansão que estava abandonada no meio dessas árvores sinistras.

Várias memórias daquela casa surgiram na mente de Wally, causando mais dores em sua cabeça.

— Por quê estamos aqui? Quer me castigar pelo que fiz? Eu só quis te salvar.

— Eu sei disso. E graças ao novo vizinho, eu estou livre. Mas temo que a paz não vá durar muito tempo.

— Como assim? — Wally pergunta confuso.

— O nosso pai. Ele voltará. Todo o meu poder perdido foi para dentro do corpo dele. E ele voltará com sede por vingança.

— O nosso pai já morreu. Isso nem faz sentido. — Wally resmungou.

— Para o universo nada é sem sentido. É tudo interligado. Para detê-lo, vocês devem descobrir a verdade.

— E o que eu devo fazer agora?

— Você deve acordar Wally. Eles estão esperando. Acorde!

De repente Wally acordou do sonho. Ele pensou rapidamente que era apenas um sonho e que eles estava enlouquecendo, mas o que estava em suas mãos o deixou tenso.

Um pequeno envelope vermelho com uma maçã verde como selo estava nelas. Ele a abriu e ficou perplexo. Logo se arrumou e saiu para encontrar o novo vizinho.

— Descubra a verdade, e viva em paz finalmente...

Olá, meu querido Vizinho | Você em Welcome Home 2Onde histórias criam vida. Descubra agora