•Capítulo 03•

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(O Seu pensamento)

— Qual são seus planos para hoje, querido? — Barnaby perguntou, ficando a minha frente no balcão.

Eu largo os talheres e deixo eles apoiados sobre o prato com Waffles. Tomo alguns segundos para poder engolir a comida, depois passo a língua pelos dentes e o respondo.

— Estou sem ideias. Mas estava pensando... Faz um ano desde que minha casa foi reformada.

— Sim, eu me lembro disso. Algum problema com ela? — Barnaby perguntou.

— Nenhum. Mas enquanto eu regava algumas flores, percebi que a tinta das paredes de fora está se desfazendo. Não sei o motivo. — Digo.

— É muito estranho. Até por que pintamos a sua casa com uma das melhores tintas que tínhamos aqui. — Barnaby coçou o queixo.

— As paredes estão ficando cinzas. Deve ser só a umidade. — Dou de ombros. — Vou até a loja do Howdy e ver se tem alguma tinta disponível.

— Vou com você se quiser. — Ele se convida.

— Não é grande coisa. Não esquenta com isso. Eu me viro.

— Eu sei. É que é tão bom ter você comigo. Não quero me separar nunca. — Barnaby chega perto.

— É muito bom ficar com você Barnaby. Até por que você sempre me mima e não deixa eu fazer nada. — Sorri torto.

— É claro! — Barnaby pegou meus talheres, cortou um pedaço de Waffle e levou a minha boca. — Cuidar de você é tudo que eu poderia desejar.

— Como você pode ser tão romântico assim? — Digo ainda mastigando.

— É melhor você ir logo. O loja não vai ficar muito tempo aberta. O Howdy quer descansar um pouco. — Barnaby diz.

— Eu vou sim. Obrigado pelo café Barnaby, estava um delícia. — digo.

Me levanto da mesa e levo minha louça até a pia. Depois vou até Barnaby e abro meus braços, para que eu pudesse o envolver em um abraço.

Tão bom sentir seu corpo quente e fofo contra o meu, e poder sentir seu cheiro adocicado e chamuscado. Eu dou um beijo em sua bochecha e logo saio de sua casa.

Fecho a porta atrás de mim e olho para o ambiente. Pude ver Frank fotografando borboletas que pousavam em seu jardim.
Os outros moradores andavam pela vila felizes e de bem com a vida.

Ficar aqui foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado. Aqui eu sou feliz de verdade. É tudo tão belo, tão colorido. É prazeroso.

Uma brisa fria passou por mim enquanto eu caminhava. Era estranho. Aqui em Home quase nunca chovia e muito menos fazia frio. Deve ser uma coisa rara.

Finalmente chego e paro em frente a loja de Howdy.

— Howdy? Você está ai? — Grito por ele, depois que o sino da porta se silencia.

Alguns segundos se passaram e ele não respondeu de volta. Eu me decepciono por ele não estar e me viro para ir embora, mas um som me fez voltar.

— Aonde está indo vizinho? Eu ainda estou aqui. — Howdy diz.

— Howdy. É bom te ver.

— É bom te ver também. — Ele sorri. — Precisa de alguma coisa?

— Sim. Eu gostaria de saber se você tem tinta para parede. — Pergunto a ele.

— Tinta de parede? Hum... Ainda tenho algumas em meu galpão.

— Maravilha!! Eu preciso de uma lata da mesma cor da minha casa. Você acredita que a tinta começou a se desfazer das paredes do lado de fora?

— O quê? Mas a sua casa foi pintada com uma das melhores tintas que eu tinha! — Ele se espanta.

— Eu sei. É muito estranho. Não sei se é a umidade ou algo do tipo. Vou pintar ainda hoje.

— Eu vou levar a lata para você depois. Ai já aproveito e dou uma olhadinha na casa para descobrir o que está acontecendo. — Howdy diz.

— Sério? Obrigada Howdy, não tenho como agradecer. — Sorrio a ele.

— Apenas mantenha esse sorriso no rosto e está tudo certo. — Ele aperta uma de minhas bochechas.

— A propósito. Soube que você vai ficar fechado hoje. Você sempre ajuda todo mundo. Tá tudo bem Howdy?

— Está tudo bem sim, ___________. Só quero ter um tempo para relaxar.  — Ele diz.

— Então eu posso cuidar da casa depois. Fica ai e descansa. — Vou lentamente me afastando.

— Não se preocupe comigo. É coisa simples. Eu vou mesmo assim.

— Tudo bem Howdy. Já que prefere assim. Vou te esperar lá. Tchau Howdy.

— Tchau ________!

Vou me afastando das mercadorias até chegar a porta da frente. O som do sino toca ao sair. Dou uma última olhada no ambiente antes de caminhar em direção a minha casa.

— Vizinho! — Uma voz famíliar me chamou.

Rapidamente olho para trás e vejo Wally, que caminhava tranquilamente em minha direção. Eu paro de caminhar e o espero até chegar a mim.

— Como vai Wally? — Pergunto ao rapaz amarelo.

— Vou bem, obrigado. Como está indo você e meu amigo Barnaby? — Ele sorriu calmo.

— Está indo muito bem. Ele é incrível. — Sinto um rubor.

— Isso é ótimo! Ele é um homem do bem. Aliás, pensei que o Howdy não estaria aberto. — Ele diz.

— Pensei o mesmo. Porém eu o encontrei. Eu vim comprar uma tinta de parede.

— Uma tinta de parede? Vai pintar a sua casa? — Ele perguntou entusiasmado.

— Vou sim. Todas as paredes da minha casa estão se desfazendo e ficando cinzas.

— C-Cinzas? — Suas expressões mudaram.

— Sim, mas provavelmente é só a umidade. Alguma coisa errada Wally? — Pergunto pela cara horrorizada que ele fez.

— Oh vizinho, eu preciso te contar uma coisa muito importante. — Ele suspirou.

— Tudo bem. Vamos lá em casa.

Eu não entendo muito bem a mudança repentina de Wally, mas não me importei muito. Continuei a minha caminhada com Wally ao meu lado.

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⏰ Última atualização: 5 hours ago ⏰

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