5-Ferida profunda

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Kate. Kate!- sussurou o Tony para mim acordando-me.

-Merda Tony que susto. Que foi ?

-Olha, olha!

Era uma família de raposas, a mãe e duas crias, a sol estava apenas a nascer.

Soltei um suspiro de surpresa, não via raposas desde que fomos á Suiça.

Fizemos silêncio. Enquanto apreciavamos o momento.

Passados alguns minutos a família de raposas acabou por se ir embora saindo da autoestrada em direção à floresta.

Então, oque fazemos agora?- perguntou o tony.

-Primeiro deviamos encontrar algum sítio que possa ter comida. Depois vamos diretamente para Prestwood.

-Vamos procurar uma estação de gasolina ou algo do género.

-Eu sou da cidade, sei que seguirmos a autoestrada vamos dar a um posto de gasolina com um motel.

-Isso tem ar de ter alguns infetados.

-Teremos de chegar lá para ver.- disse eu com um sorriso na cara.

Saímos do carro. E arranjámos as nossas mochilas.

O tempo nublado e o vento frio obrigaram-nos a vestir o casaco.

Continuamos o nosso caminho por horas sempre em frente fazendo algumas paragens e enfrentado alguns infetados.

-Devíamos parar aqui.- Disse o Tony com a respiração acelerada.

-Ok, vamos parar aqui junto a estes carros.- Propus.

O caminho estava calmo, devemos ter passado apenas por vinte podres durante o caminho todo.

Sentei-me no capô de um dos carros e tirei a última lata de comida que tinha. Uma lata de atum. Deitei o líquido do enlatado fora e comi o atum como se não comesse alguma coisa há séculos.

O Tony encostou-se ao carro onde eu estava sentada e tirou uma sandes de frango que tinha um ótimo aspeto apesar do pão parecer já duro.

-Onde arranjaste essa maravilha? -Perguntei com água na boca.

-Eu fi-la e está incrível de certeza.- disse o Tony com um ar irónico.- Contenta te com o teu atum.- Riu-se.

-Estúpido.-Sorri.

Ambos comemos o restante da nossa comida e agora teremos mesmo de encontrar algum sítio onde parar e encontrar mais.

-Bem devíamos continuar não ?- Perguntei olhando para o Tony que estava de braços cruzados e olhos fechados encostado ao carro a apreciar a brisa fria.

-Já? Acabamos de chegar, espera mais um pouco.

-Tony, já demorámos demasiado. Estamos aqui há uns 25 minutos.- desse eu agarrando o braço dele para lhe mostrar o relógio.

-Ei ei, ok vamos lá, não é preciso tanta agressividade.

Pusemos as mochilas às costas e continuámos. O sol agora radiante alto no céu fazia o alcatrão aquecer.

-Está a ficar calor, ainda falta muito para o motel? Já dormia bem numa cama real.-Sonhou o Tony em voz alta.

-Calma menina, estamos quase lá, deve ser mesmo ali em frente.- Respondi.

Realmente estava muito calor, porém não podíamos parar.

Continuando à procura do motel, deparamonos com mais alguns infetados. Que matamos, com facilidade.

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