Gabriella
Gabriella devia estar olhando para Malphas há muito tempo porque ele começou a sorrir irritantemente com seus ombros largos, mas relaxados. O que eram uma distração.
— Eu não entendo, — ela murmurou, franzindo as sobrancelhas.
O sorriso malicioso de Malphas desapareceu. Ele tinha uma expressão sombria no rosto ao responder.
— Aquele menino costumava ser o braço direito de Lúcifer antes de mim. E parece que ele está planejando algo para recuperar seu título.
Ela considerou isso por um momento. É claro que ainda haveria competição pela posição. Mas isso a fez pensar: e se aquele garoto pudesse realmente ajudá-la? E se ele também conhecer um caminho para os níveis mais profundos do inferno?
— Nem pense nisso. — O tom firme de Malphas continha um aviso. Não era amigável. Gabriella sorriu inocentemente para ele. — Eu sei o que você está pensando. Eu não vou deixar você fazer isso.
— Por que não? — ela perguntou maliciosamente.
Ele não respondeu a princípio. Ele parecia refletir sobre as coisas em sua cabeça e, enquanto estava ocupado com seus pensamentos, Gabriella não pôde deixar de notar seu cabelo escuro bagunçado; estava espalhado em direções diferentes, e Gabriella teve que parar de pensar nisso para evitar o contato direto com o próprio demônio que estava atualmente tendo um dilema.
— Ele joga sujo. Você não o encontrará novamente, vou me certificar disso, — ele disse com sua voz ameaçadoramente ameaçadora.
Gabriella riu.
— Do que está rindo?
— Você esqueceu? Eu sou um arcanjo. Você tem uma maldição. Você tem meu beijo. Você não pode me impedir, Malphas. — Ela sorriu bobamente para ele e sabia que o estava irritando. Gabriella estava observando seus punhos cerrados e mandíbula travada – essa era sua assinatura: sou-o-braço-direito-de-Lúcifer-MORRA!
Malphas se levantou, suas asas bem abertas, e então se impôs sobre Gabriella. Ela ficou surpresa e confusa. As asas de Malphas a cobriram, suas penas acariciando sua pele como se ela fosse frágil. Ela não pôde evitar estremecer. Tudo o que ela queria fazer era se inclinar e deixar isso consumi-la.
Ela percebeu que eram asas amaldiçoadas, seria problemático se ela fosse pega por elas.
— Você ainda é ingênua, anjinha. — Ele olhou para ela com intensidade, absorvendo cada parte de seu corpo e Gabriella lutou com as ondas de emoções que vinham dele.
Era impossível para um demônio sentir alguma coisa.
Um dos poderes das asas amaldiçoadas era que, uma vez tocada, transmitia os sentimentos, emoções e pensamentos de seu usuário: que era Malphas.
Gabriella sentiu seu desejo. Ela sentiu sua raiva. Ela sabia que isso estava lhe dando prazer – todas as asas dele tocando sua pele.
O conceito das asas era muito complexo. Por mais que fosse amaldiçoada, tudo em contato direcionava a mensagem de um para o outro, ou seja, Malphas também conseguia sentir seus sentimentos e emoções. Como os demônios não se importam com a vida humana e não têm emoções, as asas amaldiçoadas servem como condutor.
Os anjos estavam cheios de sentimentos, e as asas amaldiçoadas se apegam a qualquer fonte de emoções. As asas só poderiam obedecer ao seu mestre quando terminasse de se alimentar das emoções de Gabriella.
Por conta disso, Malphas não pode mais ser considerado puro mal, como se apresentava antes.
Ele agora estava misturado com algo angelical. . . algo que veio de Gabriella.
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Desejo Imortal
Fantasíaem andamento, sem revisão. Sinopse não oficial - Eu sou um demônio. Um demônio. Eu não amo. Eu destruo. E se você não for embora agora, eu vou destruir você, pois não posso amar um anjo. - Eu sou um arcanjo. Um anjo. Eu amo. E...