Revenge.

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Aemond Targaryen  X  Fem Tyrell.

Aemond estava em seus aposentos, sentado em sua cama com um olhar severo ocultando qualquer emoção que o mesmo pudesse vir a sentir em seu interior. Seu casamento com S/N Millers, uma bastarda da casa Tyrell, havia sido uma jogada política orquestrada por sua mãe,  Alicent Hightower, por sua sede de vingança e necessidade de aliados ao reinado de seu irmão usurpador. Ele apoiava a causa no início, mas a partir do momento que seu destino foi destruído,  ele não desejava mais fazer parte disso.

Os Tyrell eram essenciais para reforçar a posição dos Verdes na guerra contra a prostituta da rainha dos Pretos, ele sabia disso e esse casamento foi uma forma de garantir uma aliança. S/N era uma jovem de olhos castanhos intensos e penetrantes, com seus cabelos, também castanhos e longos. Ela trazia a beleza da alta jardinagem de seus ancestrais Tyrell, mas a marca da sua bastardia a seguia como sombra. Para Aemond, ela era um constante lembrete da sua falta de escolha e um símbolo de tudo que ele mais desprezava: fraqueza e subordinação.

Desde o início, seu casamento foi repleto de conflitos. Qualquer simples interação dos dois, se transformava em gritos e insultos, deferidos por Aemond, é claro.

- Você é um Targaryen, um príncipe,  já eu não sou nada Aemond, me usaram apenas para firmar um casamento onde o objetivo era se livrar de minha pessoa. Eu sei o que pensa de mim, na verdade você sempre foi bem claro! - gritou S/N, em mais uma das inúmeras discussões diárias.  O Palácio todo já estavam acostumados com esses acontecimentos.

- Isso! É isso que você é, uma bastarda que nunca deveria ter pisado aqui! Você não é digna de ser minha esposa, muito menos de carregar um filho meu. - retrucou Aemond com veneno na voz.

Cada palavra era um golpe em S/N, e a atingia como uma arma afiada.

Certa noite, após mais uma de suas discussões,  dessa vez uma das mais intensas, Aemond saiu do Palácio e foi para a Rua da Seda, onde Alys Rivers, sua amante o aguardava. Alys era tudo o que S/N não era: segura de si, sensual e implacável. Com ela, Aemond encontrava uma fuga temporária de suas frustrações e uma reafirmação de seu controle.

Enquanto estava com Alys, um mensageiro chegou correndo, pálido e sem fôlego.

- Meu príncipe!  O Palácio está sob ataque! Parece que seu tio enviou pessoas para matar sua esposa, meu senhor.

Aemond sentiu o mundo desabar sob seus pés.  Apesar de toda raiva que sentia por S/N, ela carregava seu filho, o sangue Targaryen, ele não poderia permitir que ninguém os colocassem em risco. O príncipe saiu as pressas, com sua capa esvoaçando ao vento e com o coração batendo descompassado.

Chegando ao Palácio, encontrou guardas mortos e portas arrombadas. Subiu as escadas de três em três degraus, rezando aos sete e suplicando para chegar a tempo. Ao entrar nos aposentos de S/N, o horror o atingiu em cheio. Ela estava no chão, coberta por muito sangue, mas ainda viva. Seus olhos, antes tão cheios de vida e ódio,  agora estava turvos, em consequência da dor que sentia.

- Aemond... - S/N sussurrou, com sua voz fraca e entrecortada. Sua barriga estava cortada, e o sangue escorria pela sua pele pálida. O bebê não estava mais ali, havia sido retirado, ou melhor, arrancado. - Eles o levaram... nosso filho. - ela dizia chorando.

Aemond ajoelhou-se ao lado dela, com as mãos tremendo ao tocar o rosto frio de sua esposa.

- S/N, eu... eu sinto muito. - Ele sussurrou com sua voz carregada pelo terror e dor que estava sentindo. - Eu deveria ter te protegido. Eu falhei com você... e com nosso filho.

Ela tentou sorrir, mas a dor que estava sentindo era enorme.

- Me promete que irá atrás dele... por favor, não o abandone com aqueles cruéis. - ela murmurou fraca.  - Aemond, eu tô com medo. - foi a última coisa que ela sussurrou antes de seus olhos fecharem por completo e a vida se esvair pelo seu corpo.

Aemond a segurou em seus braços e lágrimas, das quais ele nunca imaginou que derramaria, começou a escorrer de seus olhos. Ele ficou ali, com ela, enquanto seu corpo foi perdendo todo o calor e o quarto iria se tornando silencioso e cada vez mais frio. O remorso o corroía. Cada briga, cada insulto, parecia agora uma faca cravada em seu coração.

- Eu... eu deveria ter sido um marido melhor. Eu sabia que eles haviam te vendido para a minha mãe, mas mesmo assim nunca reconhecia que você sofria com isso tanto quanto eu. - Ele sussurrou com a voz embargada. - Eu sabia que você me amava,  mesmo eu sendo um monstro, você me amava. Eu deveria ter te valorizado. Te protegido.

E com um novo propósito ardendo em seus olhos, ele se levantou, colocando o corpo de S/N gentilmente em sua cama.

- Eu vou buscar nosso filho S/N, eles vão pagar por isso. - Ele prometeu com a voz fria e resoluta. - Todos eles. Por você,  por nosso filho. Eu vou me vingar.

Naquela noite, algo mudou em Aemond. A dor de perder sua esposa e ter seu filho arrancado de si, transformou-se em uma chama implacável de vingança. E ele não descansará até que Daemon Targaryen e todos responsáveis pela morte de S/N, pagassem com sangue. A guerra contra Rhaenyra ganhara uma nova dimensão,  agora pessoal. Cada golpe que ele desferisse, seria uma homenagem à sua falecida esposa, um tributo do amor que ele nunca soube corresponder.

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