IMAGINES - Aemond Targaryen

The Missing Child

Aemond Targaryen X S/N Targaryen

No auge da guerra civil conhecida como a Dança dos Dragões, Westeros estava em chamas, dividido entre os Verdes, apoiadores de Aegon II, e os Negros, leais a Rhaenyra. Os Hightowers, defensores fervorosos dos Verdes, reforçavam suas defesas na Fortaleza Vermelha, atentos a qualquer sinal de ataque inimigo. O céu frequentemente estava encoberto pelos dragões, cujo voo incutia medo nos habitantes da capital.

Em um dia nublado, enquanto os Verdes planejavam suas próximas manobras de guerra na sala do Trono da Fortaleza Vermelha, uma figura misteriosa se aproximou dos portões. Seus cabelos castanhos, com uma única mecha prateada brilhando como prata polida, reluziam sob a luz do sol. Seus olhos, um verde e o outro roxo, refletiam uma beleza sobrenatural, cativando todos que a viam.

Os guardas hesitaram ao vê-la, incertos sobre sua identidade. A mulher, no entanto, avançou com passos decididos, sua presença irradiando uma autoridade inquestionável. Ouvindo a movimentação lá fora, os verdes, Aegon II saiu do Palácio acompanhado de sua mãe Alicent, seu irmão Aemond, sua irmã-esposa Helaena e o guarda juramentado Sir. Criston, saíram para ver o que estava acontecendo.

Aegon II, de pé ao lado de sua mãe, ergueu uma sobrancelha e sorriu com desdém.

- Quem é você, mulher? - ele perguntou, sua voz carregada de sarcasmo e arrogância.

Ela o olhou firmemente, sua postura ereta e confiante.

- Onde estão Viserys e Daemon? - perguntou, com uma mistura de confusão e autoridade na voz.

O silêncio caiu pesado. A menção dos nomes dos príncipes Targaryen fez os presentes murmurarem entre si, sussurros carregados de dúvida e medo. Alicent estreitou os olhos em confusão, observando a mulher com crescente desconfiança.

Aegon II riu alto, um riso que ecoou pelo espaço aberto, ressoando com desprezo.

- Viserys? Creio que esteja atrasada. Viserys está morto, assim como deveria estar há muito tempo - zombou ele. - Aquele velho tolo! Passou a vida em uma névoa de sonhos e ilusões, incapaz de governar com a mão firme que este reino precisava. E agora, eu sou o rei. Guardas, prendam-na! Ela deve ser uma espiã de Rhaenyra!

- Rhaenyra... - a mulher sussurrou.

Os guardas avançaram rapidamente para prendê-la, mas antes que pudessem tocar na mulher, rugidos ensurdecedores sacudiu os jardins. Do céu claro, três dragões imensos desceram, pousando com fúria ao redor do palácio. O maior deles, um dragão negro de proporções aterradoras, avançou, suas escamas reluzindo à luz das chamas que emanavam de sua boca. Era o Cannibal, o mais temido de todos os dragões, conhecido por sua ferocidade implacável e sede de sangue. Aemond se viu impressionado, o dragão que diziam ser um mito estava ali, diante de seu olho.

Mas logo, percebendo o perigo, Aemond deu um passo à frente, com os olhos fixos na mulher.

- Vhagar! - ele gritou em valyriano, a língua antiga dos dragões.

No horizonte, Vhagar apareceu, suas asas gigantescas cortando o céu. Com um rosnado profundo, Vhagar desceu lentamente e pousou perto da mulher, suas enormes asas criando uma sombra ameaçadora sobre todos. A grande dragonesa, normalmente tão feroz e obediente a Aemond, parecia submissa na presença daquela mulher.

- Vhagar, Dracarys! (Vhagar, queime!) - ordenou Aemond, sua voz firme e autoritária.

Mas Vhagar não se moveu. Em vez disso, a dragonesa inclinou a cabeça ligeiramente, como se reconhecesse a autoridade da mulher misteriosa.

Os Hightowers e seus aliados recuaram em pânico, o medo estampado em seus rostos. A presença dos dragões transformou o clima dos jardins em puro terror. A mulher permaneceu imperturbável, seus olhos brilhando com um poder antigo e misterioso.

Alicent deu um passo à frente, tentando esconder sua apreensão.

- Quem é você, e por que os dragões a obedecem? - perguntou ela com sua voz tentando manter a compostura.

A mulher deu um passo à frente, sua figura dominando o espaço com uma autoridade inegável.

- O sangue do dragão corre forte e puro em minhas veias. Eles reconhecem o verdadeiro poder e a verdadeira linhagem. Muito me indigna você não se recordar, Alicent - respondeu a mulher, sua voz como um comando dos céus.

Alicent sussurrou, mal acreditando no que via.

- S/N...

A mulher sorriu, um sorriso macabro, que não tocava seus olhos.

- Me reconheceu agora, vadia verde?

Os Hightowers estavam sem palavras, tentando decifrar a identidade dessa enigmática figura. Quem poderia controlar dragões com tamanha autoridade? A dúvida pairava no ar, mas uma coisa era certa: a presença dela mudaria o curso da guerra de maneiras que ninguém poderia prever. Aemond e Criston retiraram suas espadas, prontos para qualquer possível ataque a qual viesse daquela mulher.

- Eu voltarei, para buscar sua cabeça... Usurpador.

Com um gesto da mão, a mulher fez o Cannibal e Vhagar recuarem, mas seus olhos nunca deixaram os de Aegon II. Ela havia lançado a semente do medo e do caos, e os Hightowers agora compreendiam que o poder dos dragões estava longe de ser completamente domado. A guerra, antes caótica e sangrenta, estava prestes a se tornar ainda mais imprevisível com essa nova jogadora no tabuleiro.

No entanto, antes que qualquer um pudesse reagir, a mulher se virou para os seus 3 dragões. Com um assobio agudo, ela montou graciosamente no Cannibal, cujas escamas negras brilhavam ao sol. Os dragões obedeceram prontamente, cada um alçando voo em um espetáculo majestoso e amedrontador de asas batendo e rugidos.

Os filhos de Alicent, perplexos com o que testemunharam, se voltaram para sua mãe em busca de respostas.

- Quem é essa mulher? - perguntou Aemond, com os olhos fixos no céu onde os dragões desapareciam.

Alicent respirou fundo, escolhendo suas palavras com cuidado enquanto recordava um passado que ela preferia esquecer.

- Ela é S/N Targaryen, irmã mais nova de Daemon e Viserys - respondeu Alicent com voz firme, mas carregada de memórias sombrias. - Quando casei com Viserys, S/N, que tinha 16 anos na época, foi enviada para longe de Porto Real, por possuir um temperamento forte. Quando tentou retornar, anos atrás, para ver seus irmãos e a sobrinha, os guardas a impediram, dizendo que o rei não queria mais uma louca no Palácio. Rumores se espalharam de que ela era uma bruxa. As pessoas acreditaram, e S/N foi presa nas masmorras dos Baratheons. Ela desapareceu após isso, até agora.

Os filhos de Alicent trocaram olhares, absorvendo a revelação. S/N Targaryen, uma figura há muito considerada uma lenda sombria, havia retornado com um poder que desafiava todas as expectativas. Agora, com o retorno dos dragões ao seu comando, o destino de Westeros parecia mais incerto do que nunca.

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