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Já era noite e eu apenas ficava observando os garotos para lá e para cá se arrumando para ir a tal boate. Eu já estava ficando com raiva novamente porque Oakley me deixaria e mais raiva ainda porque ele transaria com outras.

Fui até o se quarto batendo perna e abri a porta, Oakley estava apenas de cueca.

- Eu quero ir. - Falei.

- Mas que porra, Milena. De novo? Já disse que não.

- Eu não quero ficar sozinha. - Disse cruzando os braços.

- Deus está entre nós. - Ele disse vestindo as calças.

- Por favor. - Disse chegando mais perto e dando leves beijos em seu peitoral nu, logo fui para os seus lábios. - Se você quiser eu finjo que nem te conheço.

- Ah, claro. Você vai chegar comigo, mas nem me conhece. Boa hein, Milena. - Ele debochou.

- Eu não quero que você fique com outras. - Abri o jogo, ele me olhou e riu.

- Mas eu vou. - Ele disse implicante. - Você já me teve demais.

- Ok, Cench. Mas você que sabe... Ou deixa eu ir, ou esquece isso. - Falei o prensando em mim violentamente, mordendo seus lábios e pondo suas mãos em minha bunda, vi seus olhos se perderem, ele avançou a fim de prolongar aquilo, mas eu não deixei.

Saí do quarto, óbvio que Oakley não se comoveria, ele tinha a mulher que queria e eu era apenas mais um brinquedinho. Voltei para a sala e liguei a televisão colocando em um programa qualquer. Meu celular tocou novamente, era meu pai, eu ainda estava puta da cara com tudo. Porém, preferi atender, pois lembrei-me do que Oakley havia dito sobre ele colocar a polícia atrás de mim.

- Alô. - Disse indiferente.

- Milena, pelo o amor de Deus, diz onde você está. Volta para a casa, por favor.

- Para que? Para você me mandar pro Texas? Não. Eu estou muito bem.

- Mili... - Desliguei em sua cara e respirei fundo, foi doloroso.

Tinha uma chamada de Nath, talvez ela já estivesse a par de toda a situação, mas não liguei de volta, em breve marcaria um encontro com ela e lhe contaria tudo, eu precisava dela e sei que nessa situação ela me apoiaria.

- E aí, como eu estou? - Ryan disse aparecendo na sala e dando um giro, mostrando sua roupa, ele estava realmente um gato.

- Tá legal. - Eu disse fazendo pouco caso.

- Só legal? - Ele perguntou com descontentamento.

- Ok, você está super gostoso.

- Ah papai, agora eu gostei. - Ele disse risonho.

- Que putaria é essa aqui? - Oakley surgiu do nada, parecia estar com ciúmes do elogio que eu fiz a Ryan.

- Que putaria? - Perguntei.

- "Você está super gostoso." - Ele disse me imitando.

- Mas Ryan está uma delicia mesmo, agora você... Hm... Deixe-me ver... Mesma coisa de sempre. - Amava irritar Oakley, Ryan deu dois tapinhas nas costas de Cee e saiu rindo.

- Ah é? - Cench disse. - Eu ia deixar você ir, mas você não quer sair com alguém que está a mesma coisa de sempre. - Dei um pulo do sofá ao ouvir aquilo.

- O que? Quem disse isso? - Me fiz de boba. - Você está lindo, gostoso, maravilhoso, Ryan não é nada perto de você.

- Eu ouvi isso, hein. - Ryan gritou e eu levei as mãos a boca. Oakley riu.

𝐏𝐎𝐒𝐒𝐄𝐒𝐒𝐈𝐕𝐄 - 𝑪𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂𝒍 𝒄𝒆𝒆 Onde histórias criam vida. Descubra agora