oie
sim, eu não ia deixar de postar essa hoje tambem hahahah
Consegui escrever? Não, pois a outra fic tomou conta da minha cabeça, mas calma... vai da tudo certo hahahha
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- Eu realmente não esperava chegar aqui em meio à uma guerra, Maury. - Kelvin corria, mas uma vez, para salvar sua vida.
"Não deveria mais estar acontecendo, já fazem tantos anos..."
Kelvin, tomado de um sentimento de traição, indignou-se com o comentário daquele que já era parte de si há tanto tempo.
- Como assim "já faz tanto tempo"? - Praticamente gritou. - Acho que já passou da hora de me falar a verdade, não acha?
"Não é hora pra te explicar isso, primeiro precisamos de abrigo."
- Ah! mas você vai me explicar bem direitinho isso, estamos no mesmo corpo, compartilhando a mesma mente e temos tempo suficiente para me explicar o porquê estou correndo como o diabo foge da cruz. - Atirou-se em um buraco. - Quem são essas criaturas bizonhas? - Sussurrou, mas ainda cheio de mágoa.
Desde que desembarcou no aeroporto, onde esperava ver seu namorado o recepcionando, sentiu-se observado. Quando conseguiu um veículo que o levaria até onde Ramiro morava, foi surpreendido por um acidente na entrada do vilarejo e precisou prosseguir a pé.
Deveria ter desconfiado que aquilo tudo não estava andando bem, mas também nunca imaginou o que encontraria ali.
Kelvin correu desembestado pela mata, pois logo depois do empecilho no caminho fora atacado por algo que não saberia dizer do que se tratava, mas que Amaury nomeou como "abutres caçadores de alma".
Eram literalmente abutres, mas espertos demais para serem apenas aves e, aparentemente, só Kelvin conseguia enxergá-los enquanto ainda estava na cidade.
Tão logo desceu do carro, parecia ter ultrapassado um portal, onde as criaturas se tornaram reais demais.
Parecia estar em um pesadelo ou dentro da história de um livro de fantasia.
"É real, garoto. Isso está longe de ser fantasia. Fique quieto e eles não vão nos perceber aqui."
Amaury sussurrou.
"TA! Agora me conta."
Kelvin estava abaixado, respirando o mais lento que conseguia, coberto por folhagens densas e, praticamente pisando sobre si, os abutres caminhavam lentamente à procura dele.
"Xiu!"
Precisou se segurar para não gritar em voz alta.
"Tu não faz 'xiu' pra mim!"
Praticamente sentiu Amaury comandar seu corpo e o esmagar mais ainda contra o chão.
"Eles podem ouvir nossa conversa, Kelvin!"
Sussurrou quase inaudível, mesmo para quem compartilhava a mesma mente, mas estava bem claro o quão sem paciência estava ficando. Se Kelvin pudesse vê-lo, imaginou que o mesmo falasse entredentes.
Os olhos cor de mel do rapaz arregalaram-se como nunca antes. Uma das enormes aves parou bem em sua frente, um milímetro para o lado e a mesma pisaria em seus dedos.
Quando o animal ergueu a pata, Kelvin puxou a mão muito lentamente, mas fora descoberto mesmo assim. Com um grito animalesco, a ave sobrepôs seu corpo e foi por muito pouco que não conseguiu atingir seu peito com o bico protuberante.
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Quando a chuva passar
FantasyDiante de tanta desgraça o desespero se espalha. O alento há muitos quilômetros de distância. Um sentimento além de qualquer coisa que poderiam crer. Tempo é apenas um número. O segredo precisa ser revelado. Mas a que custo?