Oie
Seguimos? Seguimos.
Tô um pouco desanimada, fim das férias, ansiedade pegando, MAS... aqui vamos nós.
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Seu corpo despertou logo depois de sua mente e o sorriso nasceu naturalmente no rosto bonito ao se ver envolto em tanto amor.
Suspirou e abriu os olhos, não estava certo de estar pronto para realmente o fazer.
A certeza só veio quando o fez.
Ele era tão belo que mal conseguia encarar.
Ergueu a mão lentamente e, com o indicador, passou a contornar muito suavemente os traços do rosto que o enamorava. Sobrancelhas grossas, de pelos não tão abundantes; nariz protuberante, mas perfeitamente adornado com a harmonia daquela face; os lábios, fartos e muito beijáveis, levemente entreabertos deixando escapar os leves sussurros do ar sendo expelido por eles enquanto o homem dormia.
Sua mente viajou na possibilidade de como seria tocar seus próprios lábios nos dele e, sem nem perceber, deslizou o polegar sobre os mesmos.
Tomou um susto quando os mesmos se desenharam em um sorriso lateral sacana.
- Gosta do que vê, Pequitito? - Ramiro murmurou rouco.
Acordou no primeiro toque em sua pele, mas não quis desfazer a magia do que estava acontecendo.
No entanto, não conseguiu segurar o sorriso quando abriu os olhos e se deparou com um Kelvin olhando tão fixamente para seus lábios que chegava a estar levemente estrábico.
Os lábios entreabertos do outro lhe indicando o claro e forte desejo em lhe beijar.
O primeiro beijo deles nesta vida.
O coração de Ramiro esmurrou contra o peito.
- Te acordei? - Kelvin sentiu-se envergonhado e retraiu-se, desviando o olhar para qualquer coisa que não fosse os olhos de seu amado, também desviou a mão dos carinhos que distribuía.
- Sim, - sussurrou, buscando aconchegar o namorado contra si até que suas testas pudessem se tocar e ele ficar face a face com o Lupino - mas não existe melhor despertador que você me olhando com tanto sentimento.
- Para! - Sorriu largo e o rosto tomou tons absurdamente adoráveis de vermelho. - Você me pegou desprevenido. - Ergueu a mão e depositou no rosto do preto, acariciando a barba ali existente.
Podia se transformar tranquilamente em uma de suas ações preferidas pela manhã, tarde, noite... pelo resto de sua vida.
- Posso te pegar de outro jeito, se preferir. - Provocar Kelvin sempre fora uma das coisas que sempre gostou, era muito mais forte do que ele.
- Ramiro Neves, você não presta. - Desferiu um tapa contra o ombro do outro.
Continuava vermelho, seguia sorrindo, mas em seu íntimo o desejo em ter aquela boca crescia exponencialmente.
- E você gosta. - Provocou uma vez mais.
Kelvin queria dizer que não, de um jeito muito provocante, mas estaria mentindo de forma descarada.
- Só gosto. - O indicador da mão direita enrolava, distraidamente, um cacho do cabelo de Ramiro.
- Eu te fiz uma pergunta. - Já quase não havia espaço entre eles.
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Quando a chuva passar
FantasyDiante de tanta desgraça o desespero se espalha. O alento há muitos quilômetros de distância. Um sentimento além de qualquer coisa que poderiam crer. Tempo é apenas um número. O segredo precisa ser revelado. Mas a que custo?