Capítulo 10

68 12 8
                                    


Oie

Seguimos? Seguimos.

Tô um pouco desanimada, fim das férias, ansiedade pegando, MAS... aqui vamos nós. 


********


Seu corpo despertou logo depois de sua mente e o sorriso nasceu naturalmente no rosto bonito ao se ver envolto em tanto amor.

Suspirou e abriu os olhos, não estava certo de estar pronto para realmente o fazer.

A certeza só veio quando o fez.

Ele era tão belo que mal conseguia encarar.

Ergueu a mão lentamente e, com o indicador, passou a contornar muito suavemente os traços do rosto que o enamorava. Sobrancelhas grossas, de pelos não tão abundantes; nariz protuberante, mas perfeitamente adornado com a harmonia daquela face; os lábios, fartos e muito beijáveis, levemente entreabertos deixando escapar os leves sussurros do ar sendo expelido por eles enquanto o homem dormia.

Sua mente viajou na possibilidade de como seria tocar seus próprios lábios nos dele e, sem nem perceber, deslizou o polegar sobre os mesmos.

Tomou um susto quando os mesmos se desenharam em um sorriso lateral sacana.

- Gosta do que vê, Pequitito? - Ramiro murmurou rouco.

Acordou no primeiro toque em sua pele, mas não quis desfazer a magia do que estava acontecendo.

No entanto, não conseguiu segurar o sorriso quando abriu os olhos e se deparou com um Kelvin olhando tão fixamente para seus lábios que chegava a estar levemente estrábico.

Os lábios entreabertos do outro lhe indicando o claro e forte desejo em lhe beijar.

O primeiro beijo deles nesta vida.

O coração de Ramiro esmurrou contra o peito.

- Te acordei? - Kelvin sentiu-se envergonhado e retraiu-se, desviando o olhar para qualquer coisa que não fosse os olhos de seu amado, também desviou a mão dos carinhos que distribuía.

- Sim, - sussurrou, buscando aconchegar o namorado contra si até que suas testas pudessem se tocar e ele ficar face a face com o Lupino - mas não existe melhor despertador que você me olhando com tanto sentimento.

- Para! - Sorriu largo e o rosto tomou tons absurdamente adoráveis de vermelho. - Você me pegou desprevenido. - Ergueu a mão e depositou no rosto do preto, acariciando a barba ali existente.

Podia se transformar tranquilamente em uma de suas ações preferidas pela manhã, tarde, noite... pelo resto de sua vida.

- Posso te pegar de outro jeito, se preferir. - Provocar Kelvin sempre fora uma das coisas que sempre gostou, era muito mais forte do que ele.

- Ramiro Neves, você não presta. - Desferiu um tapa contra o ombro do outro.

Continuava vermelho, seguia sorrindo, mas em seu íntimo o desejo em ter aquela boca crescia exponencialmente.

- E você gosta. - Provocou uma vez mais.

Kelvin queria dizer que não, de um jeito muito provocante, mas estaria mentindo de forma descarada.

- Só gosto. - O indicador da mão direita enrolava, distraidamente, um cacho do cabelo de Ramiro.

- Eu te fiz uma pergunta. - Já quase não havia espaço entre eles.

Quando a chuva passarOnde histórias criam vida. Descubra agora