Four

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— Vocês estão aqui para aprender a ciência sutil e a arte exata do preparo de poções. — Snape falava pouco a cima de um sussurro, a sala havia se calado de tal forma, que era imprescindível o silêncio. As únicas pessoas que conseguiram isso, por enquanto foram ele e Minerva. — Como aqui não fazemos gestos tolos, muitos de vocês podem pensar que isto não é magia. Não espero que vocês realmente entendam a beleza de um caldeirão cozinhando em fogo lento, com a fumaça a tremeluzir, o delicado poder dos líquidos que fluem pelas veias humanas e enfeitiçam a mente, confundem os sentidos... Posso ensinar-lhes a engarrafar fama, a cozinhar glória, até a zumbificar, se não forem o bando de cabeças-ocas que geralmente me mandam ensinar.

O silêncio reinava naquela sala, ninguém se atrevia a soltar nem mesmo um suspiro pesado.

Os olhos observando tudo em volta, fazia Ariel parecer um lobo em modo de caça, Pansy estava sentada à sua esquerda e Bianca à sua direita. Draco, Theodore e Mattheo e Blasio sentaram na mesa ao lado.

Bianca fazia cada anotação doida, que sua letra já não estava na melhor forma, Pansy anotava rapidamente, nem olhava para o professor, seus olhos focavam na escrita no papel. Ariel não fazia questão de prestar atenção e nem de anotar.

— Potter! — Severo disse de repente. — O que eu obteria se adicionasse raiz de asfódelo em pó a uma infusão de losna?

A pergunta fez Ariel parar de navegar seus olhos para coisas banais do lugar e prestar atenção no que poderia acontecer, Bianca, com a testa franzida, olhou também. Para ser realista, toda a sala prestava atenção em Potter.

— Não sei professor... — Harry responde, parecia que o garoto não entendeu nem um porcento do que foi perguntado.

Hermione tinha a mão alta, ela sabia a resposta, mas quem dera se Snape iria querer uma resposta vinda dela.

— Tsc, tsc, a fama pelo visto não é tudo. — A boca do professor se contorceu num riso de desdém. — Vamos tentar outra vez, Potter. Se eu lhe pedisse, onde você iria buscar bezoar?

Outra vez a mão da menina não descia do ar.

O trio feminino, junto do quarteto masculino se olharam e seguraram um riso cruel, era óbvio que uma pessoa que fora tendo uma criação trouxa não saberia responder, tirando a Granger, que parecia um livro. Mesmo sendo mestiço.

E novamente Harry negou, não sabendo o que responder.

Ariel não olhava mais, tudo aquilo exigia uma grande quantidade de energia, então ela preferiu voltar a observar a sala.

Os outros pareciam entretidos com as perguntas feitas pelo professor e a falta de conhecimento de Potter.

O tempo passou apressadamente, professor Snape tinha feito várias perguntas ao grifinório e nenhuma se obteve resposta, além de tirar um ponto da Grifinória por conta do mesmo. Os alunos já saiam da sala de poções, subindo as masmorras e iam em direção ao grande salão.

— Que patético, onde já se viu não saber responder coisas básicas? — Pansy fala indignada.

— Ele foi criado por trouxas, os tios se minhas informações estão corretas. — A mais baixa do grupo fala. — Seria estranho ele saber alguma coisa.

— E como a bonita sabe? — O Riddle mais novo pergunta. O corte que a garota fez estava com um curativo, mas nem havia desaparecido a antiga cicatriz.

— Parentes. — Ela responde com desgosto a pergunta da pessoa que roubou sua amiga.

— Tá estressadinha? Dorme que passa.

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