Five

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A noite caiu sem perceber, o grande salão estava com a mesma quantidade de alunos.
Tudo normal, bem, nem tão normal assim.

A mesa da Sonserina estava em um silêncio ensurdecedor, então o salão não estava com a falação que teve nesses apenas dois dias.

A atmosfera do lugar, era bem agradável para quem sentava longe do poço de raiva que vazava de Ariel.

Todos os outros, se concentravam na comida, que não é de suma importância, mas tinha uma aparência apetitosa.
Os elfos iam e vinham com jarros de suco, vinho para os professores e levando pratos de alunos que já terminavam.

— Ariel, não vai comer? — Bianca olhava para a amiga e seu desinteresse aparente na comida.

— Tem coração de dragão, o cheiro dele me faz enjoar.

— Você nem parece enjoada, para de reclamar e come.

— Mattheo, já não está de boa conta você só ter recebido um corte? Vai querer testar a maneira mais fácil de morrer? — Tom encara o fundo da alma do irmão.

Mattheo apenas faz um gesto de mão para o mais velho ficar quieto e volta a comer. Draco, Theodore e Blasio pareciam estar em outro universo, se qualquer um puxasse assunto, não iria bater com o que pensavam.

— Vai desmaiar se não comer.

— Quando eu começar a me preocupar com o que eu como ou faço para ajudar a resolver meus problemas, te pergunto o que seria melhor.

Bianca se sente estática com a resposta fria e insensível da garota que conhecia há anos. Um pedacinho de querer ajudar foi brutalmente tirado, ela só queria o bem dela, mas para teimoso, só outro para ser mais criança e ajustar o comportamento. E a Selwyn não se rebaixaria nesse ponto, ela não era babá de Long, ela não era, não foi e nunca vai ser empregada da mesma.

— Já vou indo. — Ariel se levanta da mesa e vai saindo.

Ela passa pelas portas, descendo as escadas flutuantes e passando pelas paredes de pedras geladas e seguindo caminho pelos milhares de caminhos do labirinto. Ela poderia estar de olhos fechados, mas sempre chegaria no lugar certo. Com a varinha, ela faz o mesmo desenho naquela parede, e, magicamente, as paredes de abriram. Ariel adorava ver aquilo.

A menina entra e se joga no sofá perto da janela do local, os olhos nunca deixavam as criaturas que nadavam lá.

O vidro gelado embaçava com a respiração quente perto dele, a menina olhava tudo aquilo, mas os olhos se prendiam a qualquer coisa que mostrasse uma grande movimentação, ela queria ver a lula, o bicho que vários alunos tinham medo.

— A senhora não comeu, estava ruim?

Os pelos dela se arrepiam, logo virando a cabeça para ver, era o mesmo elfo que levou chá para ela.

— Não é isso, só não costumo comer o que tinha lá... — Ela responde com um sorriso mínimo no rosto.

As criaturas mágicas não tinham nada haver com o cardápio que ela preferia comer, eles faziam o que pediam, e ela odiava o quanto elfos eram escravizados pelos bruxos de elite.

— Espere um minuto, vou buscar algo.

Em um estalar de dedos, ele sumiu. A aparição dele fez Ariel sorrir, não porquê ela estava feliz por ele se preocupar com ela, mas era involuntário, foi apenas um gesto que ela gostaria de receber por qualquer coisa que fizesse, mas isso nunca seria atendido, ela nunca iria receber um sorriso franco da família, tirando o primo dela.

— Trouxe bolo. — A pequena criatura mostra a bandeja com um bolo e com chá. — O chá é de casca de laranja. Espero que não tenha problema em tomar ele...

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